O ex-ministro do governo FHC e ex-presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça Barros, avalia que o Banco Central, sob o comando de Roberto Campos Neto, não tem como sustentar a defesa de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano.
“Quero ver o Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central] sustentar o discurso de não se mover este ano na redução de juros com a acomodação da inflação do IPCA, inflação no atacado zerada, um R$ [real] que vai se valorizar mais ainda com o fluxo atual de capitais estrangeiros e uma recessão que já está instalada”, escreveu no Twitter.
“Será que o BC vai errar uma terceira vez por ser absurdamente fiel ao rígido protocolo do nosso sistema de metas de inflação? Ele errou na Selic a 2% ao ano e quando veio o choque externo de preços no atacado não ter tornado mais flexível a meta de inflação”, emenda.
Alexandre Neres
11/04/2023 - 22h21
Senhor Edson, Luiz, acho que o senhor já deve ter percebido que sou extremamente cuidadoso com as palavras. Como todo mundo, posso me expressar mal de vez em quando, mas não sou leviano.
Quando eu citei o Persio Arida, não foi para colocá-lo na mesma linha do Lara Resende ou do Stiglitz, por exemplo, já que ele não rompeu com esse fiscalismo exacerbado. Eu li uma matéria no Valor de um bom jornalista que atestou que Arida era a favor da queda dos juros este ano. Se bem que, apesar de ser formado em economia, curiosamente parece que o senhor desconhece o jornal Valor Econômico, do Grupo Globo, especializado na área. O senhor fez até uma gracinha com o editor Pedro Cafardo.
De todo modo, achei uma matéria no Diário do Comércio no início deste ano:
“Em entrevista ao blog do Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP) no fim de janeiro, o economista Persio Arida, ex-presidente do BC, também disse acreditar em um movimento de corte nos juros.
“Diferentemente de outros analistas, penso que o próximo movimento do Banco Central deva ser na direção de iniciar um ciclo de baixa da taxa de juros. E por vários motivos: atividade econômica está fraquejando, temos uma crise de crédito latente e o real vem se valorizando”, afirmou.
Ao Brazil Journal, ele depois esclareceu que não tinha opinião sobre o momento mais propício para reduzir a Selic, mas reforçou a ideia central do argumento. “Os sinais de desaceleração econômica me parecem muito claros, e cabe ao Banco Central o papel de estabilizar a economia”, disse. Procurado pela Folha, Persio preferiu não fazer comentários adicionais.”
EdsonLuíz.
11/04/2023 - 21h17
Vocês petistas fundamentalistas deveriam parar de se ocupar de mim e gastar energia explicando as tragédias que fermentaram entre 2007e2014/2015 na economia.
Um marco da “Nova Matriz Econômica” sob Lula/Dilma foi justamente…. baixar a taxa de juros no grito e gastar, porque “gasto é vida”.
▪Consequência: quando não foi mais possível falsificar o orçamento para esconder a crise econômica, a taxa básica de juros subiu como foguete, assim como a inflação, o desemprego, o déficit… e tudo o mais desabou. Só a consequência sobre o PIB no período 2014a2016, até o estrago econômico de Lula/Dilma ser contido por algumas reformas como a trabalhista e a previdenciária, e pelo estabelecimento da emergente âncora da meta de gastos, agora superada, a perda do PIB foi de acumulados 8,6%.
Aí gritam contra as reformas! Agora o PT não está no poder? Revertam as reformas!
Vocês do PT destroem tudo e junto buscam destruir os adversários, em vez de responder com argumentos.
EdsonLuíz.
11/04/2023 - 20h33
Arida não concorda com esses caras não!
Vamos lá:
▪Sabe aquela coisa de “desenvolvimentistas”.
Pois é: o Serra, o Mendonça de Barros, o Carlos Lessa, um tanto o Lara Resende (um bom provocador teórico) e Maria da Conceição Tavares são “desenvolvimentistas”..
E no governo do Fernando Henrique havia a equipe econômica de fato responsável pelas políticas: o Malan, o Blacher, Edmar Bacha, Armínio Fraga, e muitos no apoio, bem jovens: Marcos Lisboa, Joaquin Levi.
Dos que trabalharam com política econômica e não com planejamento econômico no governo Fernando Henrique, fora André Lara, nenhum vai repetir o que “desenvolvimentistas” pedem. Até porque eles não têm onde mostrar como exemplo do que pedem.
O Mendonça de Barros, enquanto ministro do governo Fernando Henrique, devia ser ouvido sobre comunicação, não sobre economia.
Alexandre Neres
11/04/2023 - 17h27
Esses caras todos falam isso é porque não acompanham as palestras do Prof. Dr. Edson Luiz aqui no Portal O Cafezinho.
Quem eles pensam que são? Stiglitz? Krugman? Só porque receberam o Nobel? Lara Resende? Mendonça de Barros? Arida? Esses caras todos não estão com nada. E daí se nossa taxa de juros escorchante é campeã mundial? (E pensar que o senhor Edson Luiz disse que time bom é o Flamengo. Quaquaraquaquá! Saudações tricolores!)
Aposto que nos botecos da praia na Santa Catarina do Sudeste, se comunicando diretamente com os milicianos, a turba toda só quer ouvir a arenga do Prof. Dr. Edson Luiz. Só dá ele!