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Brasil assina mais de 20 acordos de cooperação em missão empresarial em Pequim

Negociações contribuirão para fortalecer ainda mais as relações bilaterais com a China Publicado em 29/03/2023 Apex Brasil — Durante importante agenda com mais de 30 setores estratégicos da economia brasileira, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) formalizou parceria com a aceleradora Venture Cup China e com a Beijing Hycore Innovation. Além […]

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Divulgação

Negociações contribuirão para fortalecer ainda mais as relações bilaterais com a China

Publicado em 29/03/2023

Apex Brasil — Durante importante agenda com mais de 30 setores estratégicos da economia brasileira, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) formalizou parceria com a aceleradora Venture Cup China e com a Beijing Hycore Innovation. Além destes, empresas brasileiras como BMV global, Vale, Suzano, entre outras assinaram acordos também para fomentar inovação, sustentabilidade e mais parceria em diferentes setores da economia brasileira e chinesa.

Tradicional parceira da ApexBrasil, a Venture Cup realiza há três edições a semana de inovação com a Agência, além de programa de softlanding para ajudar empresas nacionais na chegada ao mercado chinês. Neste âmbito, o acordo com a Beijing Innovation foi para formalizar instrumento de cooperação com o objetivo de apoiar startups brasileiras a estabelecer negócios com a China, no contexto da competição de empreendedorismo e evento global HICOOL 2023.

As assinaturas ocorreram durante a realização do Seminário Econômico Brasil-China, evento organizado pela ApexBrasil, com apoio do governo federal, do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e uma ampla rede de parceiros. A plateia reuniu autoridades do Brasil e da China, bem como empresários de ambos os países.

Como agência de promoção de exportações e investimentos, tendo como missão estratégica também a promoção de imagem do Brasil no exterior, a ApexBrasil avalia que o sucesso desta missão empresarial se reflete também na quantidade de acordos assinados que contribuirão para fortalecer ainda mais as relações entre o Brasil e a China.

Parceiro

A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos em território brasileiro. Em 2022, a corrente de comércio atingiu recorde de US$ 150,5 bilhões, com exportações brasileiras de US$ 89,7 bilhões e importações de US$ 60,7 bilhões.

Em 2021, a China foi o oitavo maior investidor (e primeiro da Ásia) no Brasil, à frente do Japão, da Coreia do Sul e da Índia. O estoque de investimento estrangeiro direto (IED) da China no Brasil cresceu US$ 7,1 bilhões em 2021, aumento de 31% em relação a 2020. Já o estoque de IED brasileiro na China aumentou 114% entre 2012 e 2021, reforçando a crescente importância do país asiático como destino da internacionalização das empresas brasileiras.

Veja a íntegra dos acordos abaixo:

– A Comexport realiza acordo com a Furui para a venda de produtos e soluções da empresa no mercado brasileiro.
– Motrice Soluções em Energia e China Gansu International Corporation for Economic and Technical Cooperation Co., ltd. (CGICO) firmam memorando na área de Energias Renováveis, com foco na importação e execução de serviços e investimentos.
– A Sinomec e a Sete Partners firmam parceria nas áreas de energia renovável, agricultura e outros setores
– A empresa brasileira BMV global constitui 2 acordos com empresas chinesas para a comercialização de créditos de biodiversidade. Um com a HRH (Chongqing), para promover o comércio e serviço sustentável, e lançamento da plataforma de comércio de crédito de biodiversidade entre a China e o Brasil. E o segundo acordo com a HRH Pharmaceutical, adquirindo o crédito de biodiversidade como mecanismo de compensação do seu impacto ambiental, e a obtenção do selo de boas práticas ESG – selo BMV de sustentabilidade.
– A APEXBRASIL e a Venture Cup China formalizaram parceria para apoiar startups brasileiras a desenvolverem negócios na China, bem como organizar, conjuntamente, a semana da inovação, que terá foco em soluções ligadas à economia verde e de baixo carbono, à sustentabilidade aplicada ao agronegócio e à digitalização.
– A Suzano assina 3 acordos com parceiras chinesas. 1) O primeiro com a COSCO, para a construção de 5 navios de transporte de celulose e produtos de base biológica, incluindo contrato de transporte de longo-prazo. 2) O segundo, um MoU com o grupo China Forestry Group, para colaboração em materiais de base biológica e carbono e investimentos e P&D. 3) E o terceiro, o anúncio do lançamento do Innovability Hub, na Cidade da Ciência de Zhangjiang, em Xangai.
– A Vale celebra 7 acordos com parceiros chineses. 1) Um com a Universidade Tsinghua para intercâmbio de conhecimento técnico; 2) O segundo com a Central South University (CSU) para pesquisas científicas em siderurgia de baixo carbono; 3) Um terceiro acordo com a XCMG para desenvolvimento da primeira motoniveladora zero emissão do mundo, com porte exclusivo para atividade de mineração com a empresa XCMG. Se bem-sucedido, o projeto permitirá a migração de toda frota de motoniveladoras da Vale nos próximos anos; 4) Um quarto Acordo de Cooperação será assinado com a Baoshan Iron & Steel (empresa do grupo Baowu) para a produção de biocarvão e suas aplicações, visando soluções de descarbonização na indústria siderúrgica; 5 e 6) A Vale firma dois acordos com instituições bancárias chinesas: um com o Industrial and Commercial Bank of China (o ICBC) e o Bank of China, para cooperação financeira envolvendo linhas de credito abrangentes para mineracao no Brasil e para grandes projetos ao redor do mundo, além de outras parcerias financeiras, especialmente cooperação financeira verde, fortalecendo projetos de energia verde. 7) A Vale Indonésia assinou, ainda, um sétimo acordo de investimento em projeto com a Tisco (grupo Baowu) e a Xinhai para a construção de uma planta de processamento de níquel RKEF e outras instalações de apoio. O projeto, com potencial de baixo carbono, utilizará energia alimentada a gás.
– O Banco BOCOM BBM anuncia sua adesão ao CIPS (China Interbank Payment System), que é a alternativa chinesa ao Swift. A expectativa é a redução dos custos de transações comerciais com o câmbio direto entre BRL e RMB. O banco será o primeiro participante direto desse sistema na América do Sul.
– A sucursal brasileira do Industrial and Commercial Bank of China (Brazil) passa a atuar como banco de compensação do RMB no Brasil. As reduções das restrições ao uso do RMB objetiva promover ainda mais o comércio bilateral e facilitar investimentos com o RMB.
– A Odebrecht Engenharia e Construção, a Power China e a Sete Partners firmam parceria para trazer soluções conjuntas a projetos de infraestrutura no Brasil.
– A Sete Partners e a Tianjing Food Group se associam para a criação de uma empresa binacional, visando ampliar investimentos na cadeia agrícola brasileira em diversas áreas, inclusive logística.
– A APEXBRASIL e a Beijing Hycore Innovation assinaram instrumento de cooperação com o objetivo de apoiar startups brasileiras a estabelecer negócios com a China, no contexto da competição de empreendedorismo e evento global HICOOL 2023.

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EdsonLuíz.

31/03/2023 - 10h59

Eu penso as relações externas de um país assim::(aqui embaixo, trecho copiado e colado do mesmo ripost que está mais lá embaixo, e do qual este jagunço petista reclama).

▪”As relações diplomáticas e comerciais inteiras devem ser sempre pragmáticas, sem viés ideológico, com apenas uma exceção:: qualquer política deve se submeter à cultura de seu povo. A cultura brasileira é fortemente por afirmar a democracia. Ainda é! Privilegiar ditaduras contraria a cultura de nosso povo.

Sem evitar relações por diferenças culturais, é preciso coerência à nossa cultura e a como o Brasil se insere no mundo.”.

O jaguncinho pró-dataduras pulou este trecho!

O meu ripost inteiro apenas reflete. Não estou lá na mesa falando pra Lula o que ele deve fazer. E é bom que autoritários se conscientizem de que eu sou brasileiro, estou em um país que ainda é livre e posso pensar e expressar o que eu quiser sobre o meu país.

Posso pensar com minha formação e predileção pela esquerda, posso adotar bons pensamentos da direita, posso funcionar como quiser e não sofrer abusos de jagunços políticos populistas que se dizem de esquerda e suas limitações de formação política e cultural e seus vícios morais e éticos.

Se eu estivesse lá com Lula, falaria para ele orientar o representante diplomático brasileiro que estava sentado ao lado do representante da Ucrânia a se levantar quando o ucraniano pediu um minuto de silêncio aos assassinados por Putin e todos se levantaram, menos os representantes do Brasil e da China.

Ninguém está falando para o Brasil parar de comprar e vender para a China. Nem os EEUU pararão:: os EEUU compram e vendem até para Cuba. Recentemente, tem uns dois meses, após um furação bem sério, Cuba solocitou a tecnologia norte-americana de lidar com estes fenômenos e a equipe e equipamentos americano está em Cuba até hoje. Os Estados Unidos são os maiores fornecedores de carne de frango e 2° em arroz.para Cuba, por exemplo, só não sendo o 1° porque boa parte do comércio de Cuba não é com dinheiro, mas com escambo.

A questão não é se isolar. Mas a China e a Rússia, nas últimas décadas, prosperaram um tanto e conseguiram retirar da miséria parte de seu povo por aplicarem o Capitalismo e manterem respeito à Órdem do mundo livre, mesmo sendo elas autoritárias.

Acontece que a conjuntura está mudando e há custo em o mundo livre, em um seminário internacional de defesa da democracia e dos direitos humanos, soltar um documento de condenação dos abusos a esses valores na Ucrânia por ditaduras e o Brasil se negar a assinar.

O Brasil tem muito mais a ganhar se deixar o pragmatismo dos profissionais do Itamarati funcionar, e como funcionários brasileiros eles mantêm coerência com a cultura e os valores brasileiros, do que impor novamente uma política ideológica ao Itamarati. Bolsonaro também fez o que Lula faz e a política externa de Bolsonaro também foi ideológica.

Alexandre Neres

31/03/2023 - 00h26

Não tenho um pingo de saco para udenista hipócrita.

Quem foi eleito tem o seu modo de governar e a política externa agora é ativa e altiva. O Brasil vai dialogar com o mundo inteiro, com o seu tradicional soft power.

Quem perdeu ou é um isentão, tem que se curvar ao resultado das urnas (ou não, pois há uma turba que apoia o 8J de forma velada), mas até o mundo mineral aqui no portal já sabe que o senhor Edson Luiz faz o jogo da extrema-direita e inda se dá ao luxo de querer cagar regra para o governo legitimamente eleito.

Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso sabe que comprar briga com a China nesta quadra é um suicídio geopolítico.

Enquanto os Isteites estão em franca decadência, oferecendo a bagatela de 50 milhões de dólares para a Amazônia, nossa relação com a China vai bem, obrigado. Quando Lulinha for lá, vai estrondar! Estaremos no Belt &Road! Viva a Nova Rota da Seda!

A tese desenvolvida pelo capacho é estapafúrdia, pra variar. Só wishful thinking!

Senhor Edson Luiz, solicito por obséquio que se manifeste sobre as ditaduras sanguinárias e misóginas da Arábia Saudita, Emirados Árabes e Egito, todas aliadas do Ocidente que até hoje quer vestir o manto anacrônico de povo eleito em detrimento dos demais.

EdsonLuíz.

30/03/2023 - 17h22

Nestes tempos é necessário cuidado em como o Brasil vai ser visto quando em companhia da China.

A China está escalando enfrentamento para solapar a Órdem Político-Jurídica Econômica e Ideológica e criando tensões sem retorno com a União Europeia, com os Estados Unidos, o Japão e com todo o mundo livre.

Crescentemente, as relações de qualquer país com a China de XiJiping e com a Rússia de Vladimir Putin serão determinantes para a qualidade das relações com a comunidade democrática mundial.

As relações diplomáticas e comerciais inteiras devem ser sempre pragmáticas, sem viés ideológico, com apenas uma exceção:: qualquer política deve se submeter à cultura de seu povo. A cultura brasileira é fortemente por afirmar a democracia. Ainda é! Privilegiar ditaduras contraria a cultura de nosso povo.

Sem evitar relações por diferenças culturais, é preciso coerência à nossa cultura e a como o Brasil se insere no mundo.

Ou é isso mesmo o que querem as forças que estão privilegiando as relações do Brasil com ditaduras e outros autoritários:: se ligar àqueles que ameaçam a democracia e as liberdades?

Ontem, na Cúpula Pela Democracia, evento promovido por parceiros para discutir as liberdades e direitos humanos no mundo, o Brasil se recusou a assinar o documento de condenação da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Eu nunca tive ilusões de nenhum compromisso de Lula e de Bolsonaro com a democracia. Quando o 2° turno trouxe a escolha entre Lula e Bolsonaro, eu não vi nenhum sentido em estar em um país democrático, querer a democracia e escolher entre um desses dois candidatos. Votei em Branco no 2° turno das eleições presidenciais de 2022.

Fiz questão de comparecer à urna, participar do processo democrático para referendá-lo, mas votei em branco.

Se eu já não conhecesse as credenciais antidemocráticas de Lula e Bolsonaro, me bastava eles já estarem prestando apoio, os dois, a Vladimir Putin, no caso da Ucrânia, em total desrespeito às leis internacionais.

Se nos aliarmos às ditaduras, perderemos o mercado do mundo democrático, perderemos o intercâmbio, perderemos a parceria científica e perderemos a … d.e.m.o.c.r.a.c.i.a.

E não ganharemos nada: ficaremos vendendo soja e minério de ferro e comprando deles suas bugigangas e quinquilharias.

Ou alguém acha que um país que até hoje não tem uma vacina para resolver o problema da Covid tem tecnologia importante para resolver alguma coisa?

Edson Luiz Pianca.


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