George Washington de Oliveira Sousa é o nome do bolsonarista que foi preso por tentar explodir um caminhão de combustível em uma rua próxima ao Aeroporto de Brasília, nesta véspera de Natal.
Em seu depoimento à polícia, o terrorista de extrema direita disse que elaborou um plano “com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das forças armadas e a decretação de estado de sítio para impedir a instauração do comunismo no Brasil”.
“Seria uma tragédia jamais vista”, segundo o diretor da Polícia Civil do DF. A tragédia só não aconteceu porque o motorista do caminhão percebeu que uma caixa fora largada no interior do veículo e acionou a polícia.
O plano tinha outra fase, segundo o terrorista detido: instalar “uma bomba na subestação de energia em Taguatinga para provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos que levaria à decretação do estado de sítio”.
Está claro o roteiro, portanto: a ideia era fomentar o caos para que Bolsonaro decretasse estado de sítio, o que justificaria a entrada em cena do Exército, para quem sabe impedir a posse de Lula e manter Bolsonaro no poder por sabe-se-lá quanto tempo.
É terrorismo golpista de extrema direita na veia, tentado e confessado – e ainda assim os grandes veículos de mídia não usam a óbvia expressão “extrema direita” em suas matérias sobre o caso, provavelmente para não queimar o filme do campo ideológico ao qual pertencem. Uma atitude canalha, para dizer o mínimo.
O golpismo e o armamentismo, duas das pautas preferidas da gestão de Bolsonaro, estão na raiz do quase atentado. Não se fomenta um movimento golpista impunemente – ainda mais quando você está no cargo político supremo do país, o de presidente.
O atentado terrorista frustrado é responsabilidade direta, portanto, de Jair Bolsonaro.
O próprio terrorista afirmou à polícia que adquiriu seu arsenal de armas (pistolas, revólveres, fuzis, carabinas e munições) motivado pelas “palavras do presidente Bolsonaro, que sempre enfatizava a importância do armamento civil dizendo o seguinte: ‘Um povo armado jamais será escravizado'”.
Duas questões merecem ser discutidas nesse momento.
A primeira é acerca da segurança para a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Flávio Dino, que será o novo ministro da Justiça, foi no ponto ao escrever que “os graves acontecimentos de ontem em Brasília comprovam que os tais acampamentos “patriotas” viraram incubadoras de terroristas”.
Acontece que o QG do Exércio em Brasília onde os bolsonaristas permanecem acampados fica a poucos quilômetros do local onde será a cerimônia de posse. Estas incubadoras de terroristas vão continuar operando, sob o beneplácito do Exército, do Ministério Público e do Judiciário? Vão esperar que uma tragédia se consume para agir com efetividade?
A segunda questão é que o extremismo bolsonarista continuará nas ruas, assombrando o país, por algum tempo. O quanto de tempo dependerá da qualidade do enfrentamento que os setores democráticos do país estão dispostos a fazer.
É preciso atacar o terrorismo bolsonarista em todas as frentes.
Na frente ideológica os atores políticos, jornalistas e pessoas influentes no debate público deveriam trabalhar diariamente para expor a violência da extrema direita o máximo possível. Isolar o bolsonarismo até reduzi-lo a uma porcentagem insignificante da população é uma tarefa histórica que se impõe a todos nós neste momento.
O governo Lula será parte fundamental dessa ofensiva, pois uma melhora consistente na vida da população deixará evidente, para os que ainda não perceberam, o quão desastroso foi o governo Bolsonaro. Especial atenção deverá ser dada às nomeações para o STF: coragem para enfrentar o fascismo e comprometimento com as causas populares são requisitos básicos para as futuras escolhas. Dados os acontecimentos dos últimos anos, é quase desnecessário dizer que Lula não tem mais o direito de errar.
O novo governo precisa também agir com inteligência e efetividade na questão das armas. Revogar os decretos de Bolsonaro e recolher o máximo de armas possível em mãos de civis é uma tarefa civilizatória e questão de segurança nacional.
É preciso, ainda, ir para cima dos terroristas materialmente. Punir os responsáveis pelas agitações golpistas, sejam financiadores ou tresloucados que fecham estradas e acampam em quarteis, é urgente.
Uma tentativa de atentado terrorista em Brasília, a poucos dias da posse de Lula, é grave demais. A resposta precisa ser rápida e à altura.
Os memes dos ‘patriotas’ foram engraçados, mas a fase da palhaçada (com todo respeito aos palhaços) já passou. Agora, e nos próximos anos, é guerra contra o terrorismo de extrema direita.
WWagner Indigo
26/12/2022 - 10h52
Solte uma ” barata” na festa , e veremos os Fracos e os Fortes !!!
A Posse tem que ser mantida , e estarei lá , de dia , de noite, sob chuva ou sol !!!
Não vai desta vez que subirei em cadeiras, ou darei gritinhos histéricos . A Vitória
foi alcançada , e não vai ser ” pracinhas” ou baderneiros , que me farão perder a Festa !!!
Querem partir prá briga? Que venham ….vamos ver quem se dá bem , ou mal .
Não vai ser um Xibungo qualquer que me fará perder a Festa !!!
Willy
26/12/2022 - 10h44
A Constituiçào é de todos os brasileiro prezasno Pedrinho do Toddy, nao é de quem ganha as eleiçoes, e a democracia nao é o que passa na sua cabeça e o resto é fascismo…
Faça um pequeno esforço mental, custa fadiga mas é “degratis”.
Edu
26/12/2022 - 10h14
Bozoloides antipetistas são seres escrotos, individualistas ao extremo, muitos psicopatas e narcisistas perigosos, orgulhosos da própria estupidez, ignorância, desumanidade, falta de hombridade e orgulho em ser um tremendo filho de uma puta rampeira.
Não foi o BOSTAnaro quem fez os vermes saírem do esgoto. Foi o contrário.
Caso a família miciana assassina resolvesse voltar atrás, os bozoloides seriam capazes de matá-los. (claro que a familicia não faria isso).
No mais, temos as moscas varejistas que aparecem aqui com suas ideias grotescas, pra perturbar. Somente.
Felippe
26/12/2022 - 09h24
Pergunta para certos veículos da mídia: a classificação terrorismo tem a ver com a origem dos autores ou com as características do ato em si?
João Ferreira Bastos
25/12/2022 - 22h46
Bolsonaristas são criminosos que se dividem em facções:
Terroristas
Pedófilos
Canibais
Vagabundos
Sonegadores
Agressores de mulheres
Homofóbicos
Traidores da patria
Assassinos
Etc
Etc
Etc
Zulu
25/12/2022 - 22h38
Abaixa o “fascio” Pedrinho, tá muito exaltado…
Saulo
25/12/2022 - 22h34
Atrás de cada comunistoide tem ditadirzinho mirim com vontade de impor a própria opinião para todo mundo.
O Senhor Alexandre de Moraes com seu comportamento completamente autoritario, arbitrario e plenamente nazistoide está deixando muitas pessoas com as costas quentes se sentn
Um desse é um porco recém nomeado por um lavador de dinheiro a futuro Ministro da justiça, o outro é o fascistello bananeiro que vem de reboque papagaiando babaquices autoritárias como se mandasse em álgo.
Galinzé
25/12/2022 - 22h30
A constituição não deveria ser moldada por nenhum juiz aos próprios eventuais propósitos políticos como acontece agora e como está pregando o autor (com clara pinta autoritaria/comunistoide) deste texto para adultos Infantiloides.
A politização da constituição como acontece há um bom tempo no Brasil é um câncer da democracia…mas que seja Pedro Breier a escrever estás asneiras surpreende zero pessoas.
Paulo
25/12/2022 - 21h47
“Especial atenção deverá ser dada às nomeações para o STF: coragem para enfrentar o fascismo e comprometimento com as causas populares são requisitos básicos para as futuras escolhas.”
Pedro, essa sua frase me assusta. É a politização explícita da escolha de magistrados da mais alta Corte do país. Que diferença haverá em relação aos métodos bolsonaristas até aqui empregados no aparelhamento do Estado e das Cortes superiores, no Governo Lula, se essa for a diretriz adotada? Só o beneficiário (que será quem indica) poderá dizer se foi bom ou não, se tal ou qual indicado é confiável ou não?
Pedro Breier
26/12/2022 - 15h05
Oi Paulo.
Na verdade o combate ao fascismo é essencial pra defender a Constituição de 88 – que é exatamente a tarefa dos ministros do Supremo. A nossa Constituição também é bastante avançada nas questões sociais, por isso um ministro do STF, se quiser garantir a aplicação dos princípios e normas constitucionais, deve estar afinado com as causas populares. Estas causas estão presentes na Constituição e precisam ser efetivadas, e é aí que entra o papel do Supremo. O problema das indicações anteriores do Lula é que os nomeados muitas vezes agiram contra a Constituição e a favor dos grupos de pressão que bem conhecemos: mídia, setor financeiro, grandes empresários etc.
Abraço.