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Bonequinho da Globo aplaude Primavera com Minha Mãe

Em se tratando de show business, não tem como fugir da Globo. Se o danado do bonequinho não aplaudir, o filme encontra mais dificuldades para ser exibido no país . Ainda mais quando se trata de um filme fora do circuito de holliwood. Essa é a “realpolitik” do mercado de entretenimento. Por isso, é com […]

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Em se tratando de show business, não tem como fugir da Globo. Se o danado do bonequinho não aplaudir, o filme encontra mais dificuldades para ser exibido no país . Ainda mais quando se trata de um filme fora do circuito de holliwood. Essa é a “realpolitik” do mercado de entretenimento.

Por isso, é com grande felicidade que me deparo com esses rasgados elogios ao filme Primavera com Minha Mãe, além das palmas do bonequinho.

Foi um dos filmes mais vistos na França em 2012, e indicado a quatro César (o Oscar francês). O filme é distribuído no Brasil pela Tucuman Distribuidora de Filmes.

Em clima de inverno da vida

Por Susana Schild, para o Rio Show, Globo.

15:40h | 31.out.2013

Com a delicada teia de afetos de “Mademoiselle Chambon”, Stéphane Brizé passou à linha de frente dos novos diretores franceses. Sua sensível abordagem de conflitos da classe média se repete em “Uma primavera com minha mãe”, indicado a quatro César: ator (Vincent Lindon), atriz (Hélène Vincent), direção, e roteiro original (Florence Vignon/Brizé).

Em cidadezinha do interior, um caminhoneiro quarentão deixa a prisão por transporte de drogas e retorna à casa da mãe, uma austera senhora, controladora das pequenas e grandes questões do cotidiano. A relação é travada, e demonstrações de afeto são permitidas apenas com a cadela e com um vizinho de fidelidade a toda prova. Um trabalho insatisfatório e uma nova namorada (Emmanuelle Seigner) resultam frustrantes para o ex-presidiário. Ao descobrir um documento de morte assistida assinado pela mãe, a conturba relação enfrentará sua última prova.

Com tema próximo ao consagrado “Amor”, de Michael Haneke, “Qualques heures de printemps” (no original) se divide em dois tempos: antes e depois de vir à tona a determinação de uma mulher em controlar não apenas a própria vida (e talvez a do filho) mas a morte. Reuniões com representantes da clínica têm um tom quase documental, provocando uma ruptura no clima intimista. Com excelentes interpretações, valorização de silêncios e pequenos gestos, Stéphane Brizé construiu um filme triste e reflexivo sobre um tema que ganha espaço.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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