Na manhã deste sábado, 22, o ex-presidente Lula (PT) falou sobre o centenário do líder trabalhista Leonel Brizola (PDT), comemorado hoje.
Na postagem, o ex-presidente fez questão de lembrar o papel de destaque do trabalhista na campanha da legalidade, em 1961. O movimento garantiu a posse do então de João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros.
Nas palavras de Lula, lideranças como Brizola não morrem, pois “suas ideias estão nas nossas mentes e nos nossos corações”. Ainda segundo o ex-presidente, o líder do PDT faz falta ao Brasil.
“Hoje, Brizola faria 100 anos. Brizola fez muito pela democracia e educação dos brasileiros. E hoje faz falta ao Brasil. Mas pessoas como ele não morrem. Suas ideias seguem vivas nos nossos corações e mentes”, escreveu Lula.
Netho
25/01/2022 - 20h00
Leonel Brizola definiu Lula e o PT melhor do que ninguém:
“LULA É A ESQUERDA QUE A DIREITA GOSTA”.
Netho
25/01/2022 - 19h59
Leonel Brizola definiu Lula e o PT melhor do que ninguém:
“O PT É UMA GALINHA, QUE CACAREJA PARA A ESQUERDA E PÕE OVOS PARA A DIREITA”.
Paulo
23/01/2022 - 22h40
Reconhecimento póstumo, com certeza, pra quem, como eu, viveu aqueles dias, e viu Lula desdenhar Brizola e o PDT (que deveria ser PTB, por justiça)…
Bassam
23/01/2022 - 22h31
Em 1989 Lula era o único que perdia no segundo turno para Collor…. mesmo assim não aceitou ser vice de Brizola!!! Ou mesmo de Covas, pois Brizola estava aberto …. é assim….Lula atrapalha o país desde sempre
Francisco*
23/01/2022 - 13h14
De fato brasileiro, não há como não saudar, com intensa saudade e absoluto reconhecimento, no centenário de nascimento, o imortal político, Leonel de Moura Brizola, e é isso que faz Lula e todos nós que acreditamos no Brasil justo e soberano, deveríamos fazer, no mínimo, em respeito a tão decisiva, coerente e corajosa figura, entre as Maiores da nossa história.
Como também não há lembrar-se de Brizola (“Quando vocês tiverem dúvidas quanto a que posição tomar diante de qualquer situação, atentem… Se a Rede Globo for a favor, somos contra. Se for contra, somos a favor!”) sem o intenso Darcy Ribeiro por perto (“Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu.”) e em especial de sua verve, em particular contra provocadores, como em minha memória a do inesquecível trecho de entrevista ao Roda Viva, no qual atropela o então midiático provocador mor da classe dominante, Lenildo Tabosa Pessoa.
https://www.youtube.com/watch?v=WtqJL0J0IoY
PS: Incrível que o manjado esperneante, levante da tumba onde escafedera-se esgotado o oráculo da não correspondência com os fatos, ao acontecerem, para despejar em comentário excertos do passado de Brizola, superficiais e fora do contexto, onde a cronologia mais recente mostra, em 1998, Brizola na chapa com Lula, fato substancial que ignora (torcendo para que todos ignorem) para poder validar sua convicção e assim sustentar a contumaz narrativa, em moda nesse mundo paralelo e medíocre que compulsoriamente compartilhamos. Patético!
ARY BOREL DE AGUIAR NETO
23/01/2022 - 05h29
Quanta diferença!
Enquanto Ciro rosna Lula vai amealhando apoio e simpatia.
Paulo
22/01/2022 - 23h27
” ‘Hoje, Brizola faria 100 anos. Brizola fez muito pela democracia e educação dos brasileiros. E hoje faz falta ao Brasil. Mas pessoas como ele não morrem. Suas ideias seguem vivas nos nossos corações e mentes’, escreveu Lula.” Pois é, mas na época não era bem assim…Brizola era um pelego, ou pouco mais que isso, para o petismo. Mas Lula tem razão, em parte. Não só Brizola faz falta, mas toda a geração que lhe foi contemporânea. A perda é monumental…
Netho
22/01/2022 - 19h56
Brizola sempre esteve coberto de razão em relação a Lula e o PT. O PT e Lula nunca negociaram posição ou cederam em situação ou condição que pudessem ameaçar seus protagonismo e hegemonia. Lula nunca foi de esquerda, desde que agitava as massas do ABC. Tanto que Brizola declarou: “O PT É UMA GALINHA, que CACAREJA para a ESQUERDA mas põe os ovos para a DIREITA”. E arrematou: “O PT é a Esquerda que a Direita gosta”.
Sá Pinho
25/01/2022 - 14h37
Como comentaria, tempo depois, “não seria fascinante fazer agora a elite brasileira engolir o Lula, este sapo barbudo?”, e assim fez, apoiando-o sem reservas no segundo turno, em 1989, sem ir sequer para Cruzinha, quanto mais para Paris, não conseguindo por pouco fazer valer o intento pretendido.
Anos depois compôs com Lula a chapa que concorreu a presidência, em 1998, como vice, e ainda hoje brizolistas históricos fecham com o ‘sapo barbudo’ e o PT, que fecham com o trabalhismo de Getúlio, Jango e Brizola, há muito, em natural evolução política, afinal, se até Pokémon evolui nesse mundo atual, por que tu, realejo nato, insiste em não entrar na vibe da evolução, alargando o repertório?
Realejo, se o Mundo gira e a Lusitana roda, porque manter-se estacado patinando em maionese vencida no século passado? Faça como Pokémon, evolua.
Sandra rota
22/01/2022 - 17h51
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/israel-apura-programa-espiao/
Uma coisa é certa: veio de Israel mesmo o software de espionagem que está sendo usado pelo gabinete do ódio para espionar blogs e blogueiros progressistas, demais opositores e, inclusive aliados, já que não confiam em ninguém.
Neste sentido, todos devem ficar atentos com as comunicações por celulares, WhatstApp, redes sociais e até telefones fixos.
Se cuidem. A turma não é mole não…
Sandra rota
22/01/2022 - 17h43
https://www.brasil247.com/geral/propaganda-antecipada-e-ilegal-traz-fotos-de-bolsonaro-e-roberto-jeffrerson-lado-a-lado
Espero que esse tipo de foto esteja bem registrado e arquivado. Se é que vocês me entendem..
Alexandre Neres
22/01/2022 - 13h44
Eis trecho do livro do jornalista Luís Costa Pinto sobre a lição de Brizola a Ciro, que não teve a humildade de aprender, a ponto de destratar jornalistas, tal qual o bozo, servindo o Prof. Castañon de meganha que partiu para as vias de fato contra o autor ontem no lançamento da candidatura:
“Em quatro dias, depois das declarações estapafúrdias sobre o papel de Patrícia Pillar, Ciro Gomes havia perdido seis pontos percentuais de intenções de votos entre eleitoras mulheres em todo o Brasil – caindo de 25% para 19%. José Serra, por sua vez, ganhara os mesmos seis pontos e passara de 15% para 21%. A partir dali e por mais um mês, a campanha do candidato do PPS viveu pequenos momentos de grandes desencontros e, para mim, pelo menos um grande encontro.
No dia 2 de outubro, última quarta-feira antes do primeiro turno da eleição, tínhamos entregado os pontos. Não havia mais chance de qualquer virada de última hora contra José Serra, do PSDB, capaz de forçar um segundo turno entre Ciro e Lula do PT. O petista venceria quaisquer adversários nos ensaios de segundo turno. A meta de todos passou a ser, portanto, sair com honrosos 12% a 15% dos votos e ficar em terceiro lugar na disputa.
No dia seguinte ocorreria o último debate entre os quatro candidatos melhor posicionados – pela ordem, Lula, Serra, Ciro e Garotinho – na TV Globo. Sem agenda eficaz de campanha, Ciro ficou no Rio. Estava um pouco deprimido. Tomei café no hotel, na Avenida Atlântica, e fui encontrá-lo na casa de Patrícia Pillar. Esperei bastante, cerca de uma hora e meia, até ser recebido. O candidato estava numa sessão de relaxamento.
– Tem compromisso para o almoço? – perguntou quando me viu.
– Não – respondi. – Mas, agora que bate onze horas. Quer almoçar já?
– Venha almoçar comigo e com o Brizola.
Imaginei que seria um compromisso político. Fizemos o tempo passar ligando para alguns colunistas e editores de jornais, finalizando os tópicos centrais do debate do dia seguinte. Antes de uma da tarde saímos em direção a Copacabana, onde morava o ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Ao chegar ao prédio dele, numa esquina da Atlântica, estranhei a ausência de outras pessoas ou lideranças políticas. Tocamos a campainha. Pouco menos de um minuto depois, de calça jeans e calçando meias sem sapatos, camisa quadriculada em tons de azul, uma faca na mão e um pano de prato sobre o ombro, o engenheiro Leonel Brizola abriu a porta.
– Entrem. Estou só, é folga da moça que me ajuda – convidou. – Seremos só nós três. Vamos comer na cozinha mesmo. Estou terminando de cozinhar… rabada com agrião. Gostam?
Respondemos automaticamente que sim. E, mesmo que não gostássemos, as respostas não seriam diferentes. Ciro ficou conversando algo em torno de culinária e de cozinhas regionais. Eu aproveitei para observar ao redor. Não tinha dúvida do privilégio absoluto que era estar ali, na casa dele, no outono de um dos maiores políticos da História brasileira, salgando as feridas de uma campanha eleitoral em que amadurecia na derrota.
Brizola pôs uma garrafa de vinho, rótulo uruguaio, sobre a mesa retangular da pequena copa e nos avisou que era um Tannat. Mas, se quiséssemos, mudaríamos a uva. Não ousamos fazê-lo, claro. O velho lobo de tantas crises e tantas eleições não admitiu ajuda. Enquanto provava o caldo da rabada para saber se deveria colocar mais pimenta, ou não, reservava os maços de agrião. Avisou que o acompanhamento seria apenas pão.
– Meus amigos – começou a palestrar com o timbre gauchesco que se converteu em sua marca característica. – E não é que o sapo barbudo vai vencer? – disse aquilo e sorriu, referindo-se à piada que soltara em 1989, quando disputou palmo a palmo contra Lula a passagem ao segundo turno para enfrentar Collor. – Teremos um governo do PT, mas, não será um governo de esquerda exatamente como pensamos que podia ser, ousado; também não será um desastre como nossos adversários torcem, acusando-o de atrapalhado. Lula não tem nada de comunista, de extremista. Vai engolir a todos. Fique próximo dele, Ciro. Seja o primeiro a dar apoio incondicional a ele para o segundo turno – aconselhou.
– Não sei se é o melhor para mim, governador. Estou muito machucado pelo tanto que apanhei – respondeu o cearense.
– Esqueça isso. Vocês têm a mesma raiz, são do mesmo solo. Cresceram no mesmo terreno. Durante muito tempo insisti no erro de exigir posicionamentos do Jango que ele não podia assumir. Ficamos afastados por causa disso. Nossos adversários são as elites, o atraso, o Brasil conservador e arcaico defendido pela mídia, sobretudo pela Rede Globo. Se você tivesse chegado até aqui com chances de derrotar Lula, a Globo estaria com você como apóia Serra. Não fique atrás de Garotinho, e esse é o seu desafio. Cuidado com o Garotinho. Ele vai terminar inventando alguma história para dizer que você desistirá no último dia para apoiá-lo.
– Sem chance! – protestou Ciro.
– Sei disso. Mas ele dirá. O objetivo é desgastar você. Dou um conselho: seja o primeiro dos vencidos a apoiar Lula. Isso será muito importante na sua trajetória para o futuro. E você pode ser a voz ponderada alertando-o contra a Globo.
Eu acompanhava a conversa enquanto destrinchava os ossinhos do rabo do boi, separando carne e gordura e reservando o resto. O agrião fora posto na panela no momento preciso – nem antes da hora, o que o deixaria amargo e excessivamente murcho, nem depois, evitando que ficasse excessivamente crocante e travoso. Havia xícaras com as quais podíamos beber apenas o caldo formado durante o lento cozimento do prato principal.
– É para sentir o sabor exato do cozido. Os estancieiros uruguaios fazem assim. E no frio, ajuda a aquecer – explicou Brizola. Desde então, adotei como hábito pessoal beber caldos durante almoços ou jantares com carnes ensopadas ou mesmo com feijão. – Comida tem de reconfortar, não só alimentar – ainda ensinou.
Servi-me de mais uma taça de vinho. Esvaziei a primeira garrafa. O ex-governador perguntou se Ciro mudaria a uva. Negativa aceita, ele me pediu para abrir uma segunda garrafa do ótimo Tannat do Uruguai. Apurei o ouvido.
– Cuide para não errar mais em declarações sobre a Patrícia Pillar. No dia seguinte, é ela quem estará com você. O resto, some: só perseguem o poder. Não se intimide com essas pancadas. Elas são feitas para intimidá-lo – seguiu aconselhando Brizola.
– Sei disso, governador. Foi uma grande trapaça que fizeram comigo.
– Ciro, Ciro: se não há trapaça, não há política. A história da humanidade e a vida de cada um de nós é uma coleção de trapaças. O segredo é a forma como as superamos e quão vivo estaremos para contar a nossa versão.
Seguiram-se digressões sobre o caráter de Anthony Garotinho, sobre o erro que Brizola admitia ter cometido ao se conservar distante de Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco deposto e perseguido pela ditadura militar, exilado entre 1964 e 1979.
– Juntos, teríamos vencido o Fernando Collor em 1989 e o Lula e o PT teriam amadurecido melhor – disse ele. Ainda lamentou a forma como Ciro fora triturado no Jornal Nacional depois da declaração sobre Patrícia Pillar.
– Até ali, a Globo tinha dúvidas sobre a viabilidade de apoiar Serra ou você. Naquele episódio, emboscaram-no na esquina e atiraram. Só tinham uma forma de fazer o serviço: bem feito. Destruíram você, para evitar riscos de uma volta por cima.
Ciro Gomes encheu os olhos d’água e mudou de assunto. Servi três xícaras de café que Brizola tinha acabado de coar. Olhei o relógio redondo, azul, sobre o portal da copa. Faltavam cinco minutos para três horas. Chegara a nossa hora. Teríamos de fazer, ainda, um media training para o debate do dia seguinte.
– Estarei sempre aqui. Tenha-me como um amigo – disse o ex-governador gaúcho e fluminense, tocando carinhosamente as costas de Ciro e conduzindo-o até a porta.”
Trecho do capítulo 2 (“Reencarnações”) do volume 3 de Trapaça – Saga Política no Universo Paralelo Brasileiro, que está no prelo e em produção pela Geração Editorial. Será lançado em março de 2022.
https://www.brasil247.com/blog/seja-o-primeiro-dos-vencidos-a-apoiar-lula-disse-brizola-a-ciro-em-2002-sera-importante-na-sua-trajetoria-para-o-futuro?amp
Kleiton
22/01/2022 - 13h08
Fez mesmo, o Brasil é um exemplo de democracia e educação….kkkkkkk