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Quaest abre as pesquisas do ano com vitória de Lula no primeiro turno

Segundo Robert Dahl, um dos principais teóricos de democracia do Ocidente, “aquilo em que acreditamos influencia não só o que queremos que aconteça, mas também o que efetivamente pensamos que acontece”. A frase consta do capítulo “As crenças de ativistas políticos”, de seu clássico Poliarquia, um dos livros que pretendo usar no enfrentamento deste que […]

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Segundo Robert Dahl, um dos principais teóricos de democracia do Ocidente, “aquilo em que acreditamos influencia não só o que queremos que aconteça, mas também o que efetivamente pensamos que acontece”.

A frase consta do capítulo “As crenças de ativistas políticos”, de seu clássico Poliarquia, um dos livros que pretendo usar no enfrentamento deste que será um dos anos mais determinantes de nossa geração.

As eleições de 2022, queiram ou não aqueles que temem as consequências políticas de uma polarização deste tipo, serão um plesbiscito sobre tudo que vivemos e sofremos desde o golpe de 2016.

Passemos à análise da primeira pesquisa do ano, feita pela Quaest, instituto dirigido pelo cientista político Felipe Nunes, e que vem divulgando relatórios mensais desde julho de 2021.  A íntegra do relatório pode ser baixada aqui.

É também a primeira cujos dados foram inteiramente abertos, até por conta da legislação eleitoral, incluindo seus custos.

Com 2 mil entrevistas presenciais realizadas entre os dias 6 e 9 de janeiro, a sondagem custou exatamente R$ 252.214,82, pagos pelo banco Genial Investimento, conforme nota fiscal disponibilizada no site do TSE.

A propósito, os responsáveis pela pesquisa Genial/ Quaest fizeram uma live nesta terça para explicar os números:

Comecemos pelos votos espontâneos, que são aqueles onde o entrevistador não apresenta nenhuma lista de nomes: o eleitor responde “espontaneamente” em quem deseja votar para presidente em outubro de 2022.

O histórico mostra que Lula, na liderança isolada, recuperou 4 pontos desde dezembro.

Bolsonaro, por sua vez, tem 16%.

Embora ambos mantenham estabilidade nos últimos meses, é possível identificar a tendência de crescimento do ex-presidente Lula, que tinha 21% na primeira pesquisa da série, em julho, e agora tem 27%, um crescimento de 6 pontos, muito expressivo para um gráfico de espontânea. Lula já chegou a ter 29% em novembro.

Para efeito de comparação, os dois principais candidatos da “terceira via”, Sergio Moro e Ciro Gomes, se mantém estagnados em 1% desde o início da série.

Na estimulada, segundo uma média de todos os cenários, Lula aparece na liderança, com 45%, seguido de Bolsonaro, com 23%. Sergio Moro consolida seu terceiro lugar, com 9%, 4 pontos acima de Ciro Gomes, que pontua 5%.

Curiosamente, todos os quatro principais candidatos perderam 1 a 2 pontos, mas relativamente o que perdeu mais foi Ciro Gomes, porque é muito diferente cair de 47% para 45%, como experimentou Lula, do que de 7% para 5%. Além disso, Lula vem mantendo um patamar estável desde julho de 2021. Ciro Gomes, não. O ex-governador do Ceará iniciou a série com 11%, e hoje tem 5%.

A explicação para a desidratação de Ciro Gomes não é apenas a entrada de Sergio Moro. Deve-se considerar que é, possivelmente, também uma consequência de sua própria estratégia de marketing.

O Quaest perguntou aos entrevistados qual a sua “segunda opção de voto”, ou seja, qual o candidato que o eleitor poderia votar, caso mude de ideia. Os resultados explicam as dificuldade vividas por Ciro Gomes.

Segundo a pesquisa, 40% dos eleitores atuais de Ciro tem Lula como “segunda opção”. Isso significa que Ciro ainda pode perder para o petista quase metade dos 5% que ainda tem, caso estes eleitores entendam que seu voto será importante para uma vitória do petista no primeiro turno.

Em live hoje, o CEO da Quaest, observa que “o eleitor de Ciro não acredita mais que o seu candidato vai para o segundo turno, então é o que está mais preparado para migrar para outro candidato”. Este candidato seria Lula, que assim tem um potencial de crescer mais alguns pontos percentuais ao herdar  o voto cirista.

Num eventual segundo turno entre Lula X Bolsonaro, 58% dos eleitores de Ciro votariam em Lula, e apenas 16% em Bolsonaro. Interessante notar ainda que 50% dos eleitores de Doria votariam em Lula no segundo turno, contra 23% que votariam em Bolsonaro. Lula ganharia votos até mesmo de eleitores de Sergio Moro: 26% de seus eleitores disseram que votariam no petista no segundo turno, contra 36% que optariam por Bolsonaro.

Agora vejamos as intenções de voto no segundo turno.  O que mais chama atenção é a vantagem de Lula, superior a 20 pontos, contra todos os seus adversários. Num eventual segundo turno contra Ciro Gomes, a vantagem de Lula seria a maior de todas: 31 pontos.

A pesquisa também fez a avaliação do governo do presidente Bolsonaro. Na média, houve estabilidade. Entretanto, na segmentação por sexo, houve uma piora acentuada entre os eleitorado feminino.

O governo Bolsonaro é mal avaliado nas três principais categorias de renda. Vale destacar a sua piora expressiva entre eleitores com renda média familiar acima de 5 salários, cuja avaliação negativa bateu recorde de 52%.

É muito problemático, para o governo Bolsonaro, essa deterioração junto aos eleitores de renda média, porque é justamente o segmento onde ele também tem mais apoio. É um segmento mais ativo em redes sociais, junto ao qual, portanto, há tendência da rejeição contaminar o resto da sociedade.

Bolsonaro viu piorar, em relação a dezembro, a sua avaliação em todas as regiões. No Sul, por exemplo, a imagem negativa do governo Bolsonaro subiu de 40% para 48% no último mês.

Interessante observar ainda que Bolsonaro reduziu sua rejeição entre o eleitorado evangélico, que havia atingido um ápice de 42% em novembro, caiu para 35% em dezembro, e agora está em 36%. Mas ainda é uma rejeição superior à aprovação positiva neste segmento, que era de 31%.

A principal razão para a deterioração detectada na avaliação do governo, segundo textos e gráficos divulgados pelo próprio Quaest, é a pandemia de Covid 19. A chegada da nova variente Omicrôn ao Brasil assustou a população: 69% dos entrevistados disseram estar “muito preocupados”.  Ao mesmo tempo, a rejeição ao desempenho do presidente Bolsonaro no combate a Covid subiu para 54%; entre mulheres, subiu para 61%!

Outro dado interessante: o governo Bolsonaro agora é mal avaliado entre os próprios eleitores de Bolsonaro. Segundo a Quaest, 36% dos eleitores de Bolsonaro em 2018 hoje consideram que seu governo é “pior do que esperava”, contra 29% que acham que é “melhor do que esperava”, e 34% que acham que não é “nem melhor nem pior”.

Outro fator que, seguramente, tem sido determinante para a deterioração de Bolsonaro é a crise econômica. Para 51% dos entrevistados, a sua “capacidade de pagar as próprias contas” piorou nos últimos três meses.

***

Voltando ao primeiro turno. O gráfico abaixo mostra que Bolsonaro lidera apenas entre os eleitores que consideram a corrupção como principal problema do Brasil. Entre os que dão prioriedade a outros problemas, como questões sociais, saúde, economia, a vantagem de Lula é muito grande.

No gráfico de conhecimento e voto, nota-se a baixa rejeição de Lula em relação aos principais candidatos. Segundo a Quaest, 43% dos entrevistados responderam que conhecem Lula e não votariam nele, percentual que chega a 66% para Bolsonaro, 59% para Moro e 58% para Ciro. E com uma diferença importante: 36% dos entrevistados responderam que conhecem Lula e votariam nele, contra 18% para Bolsonaro, 5% para Moro e 4% para Ciro.

No gráfico abaixo, com a pergunta sobre a preferência de vitória entre as três grandes opções: Lula, Bolsonaro ou nem-nem, Lula lidera com 44%, contra 23% de Bolsonaro e 26% do nem-nem.

Convertendo os votos totais no primeiro turno para votos válidos, Lula venceria no primeiro turno, segundo a Quaest, com 52,3%.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Alexandre Neres

13/01/2022 - 00h18

Para quem não gostar dos cenários descortinados com acuidade pelo Miguel do Rosário, apontando com precisão aonde os ventos estão soprando, sugiro contratar o Curso de Politologia ministrado pelo eminente comentarista EdsonLulz.

Em vez de se ocupar da grande política, vai estudar com afinco o baixo clero, políticos inexpressivos que não chegaram a lugar algum, inclusive um sedizente de esquerda que foi alcandorado no Incra pelo nosso ditador mais carniceiro.

Irá aprender também como uma série de políticos, faltos de argumentos para discutir os problemas candentes da nação, houve por bem se especializar em proferir platitudes, tais como “sou a favor da educação” ou “sou contra a corrupção”.

Convém deixar registrado de antemão que o curso segue a seguinte linha: Serjo Morto é um juiz íntegro; não é autoritário; não corrompeu o sistema de Justiça; cometeu apenas pequenos deslizes nos ritos processuais; as 10 medidas contra a corrupção não eram de cunho fascista; a licença para matar a ser dada à polícia mais assassina do mundo era legítima; o ex-ministro da (in)justiça não foi escorraçado e defenestrado do desgoverno Bolsonero, ele que quis sair, ainda que já soubesse dos malfeitos e aguentou calado as interferências do chefe por mais de oito meses; o crime de caixa dois do Ônix mereceu ser relevado porque ele assumiu seu erro; não há nada de errado em ter aceitado ser ministro do coiso, pois tudo foi feito com o escopo de erradicar a corrupção no Brasil; é apenas coincidência que as nossas indústrias mais competitivas foram destroçadas depois da eclosão da Lava Jato, gerando muito desemprego, o que nada tem a ver com a boa relação entabulada entre a força-tarefa e a metrópole, a ponto de o dito cujo ter descolado uma sinecura numa firma que administrava a massa falida de uma empresa que ajudou a quebrar; e assim por diante.

Para mais informações, favor direcionar ao e-mail indicado uns comentários abaixo.

Tony

12/01/2022 - 20h07

Se eu fosse um Banco como essa tal de Genial também queria a volta do Pilantrao…fazem muita falta os juros mais altos do Mundo que os brasileiros pagavam a bancos, rentistas, ecc …

EdsonLuíz.

12/01/2022 - 16h14

Primeira Pesquisa Eleitoral QUAEST.
Estes são os números! E, sim, eles falam!

Por esta pesquisa eleitoral, os números estão falando que, com as candidaturas que estão postas, primeiro o eleitor enxerga Lula, depois enxerga bolsonaro. No resto, quase não enxerga ninguém.

Pesquisa eleitoral:

-Primeiro: Lula!
-Segundo: bolsonaro!
-Depois deles: ninguém!

É isso que o eleitor brasileiro enxerga!
Tá bom? Ou quer mais?

Quem são os eleitores míopes?
-Nenhum?
-Todos?

Esta é a política que temos!
Estes são os eleitores brasileiros!
Fazer o quê? Ou se educa; ou se engana!

Política é pedagogia! Política é didática! Faz poucos anos uma força política, associada a seus LIMPÍSSIMOS aliados, engendrou com sua política econômica a MAIOR recessão da história da nossa economia. Junto com o desastre econômico que engendraram vieram suas consequências de saldo de desemprego nas alturas e falta de recursos para investimento e até para manutenção da máquina pública. Na falta de dinheiro, para que o país continuasse funcionando passaram a emitir dívida. Como esse malabarismo era artificial e descumpria leis de responsabilidade fiscal, eles passaram a FALSIFICAR o orçamento.

SIM, FALSIFICAR O ORÇAMENTO!

E falsificavam o orçamento com participação dos aliados também, pois várias manobras tinham que ser aprovadas na Câmara… e eram aprovadas!

Juntos nisso com o PT estavam PMDB, PP, PL, Republicanos, PSD, PSB, PDT, etc.

A economia do país não suportou e desabou.

Misturado a tudo isso, tinha muita corrupção dos cúmplices. De todos os cúmplices: PT, PMDB, PP, PL. De todos!

O governo Lula/Dilma/Temer desabou!

Fizeram o impeachment para afastar a Dilma.

O impeachment, por parte das forças políticas um pouquinho mais sérias – ou por parte dos parlamentares sérios dessas forças – era lamentado, mas não podiam evitar. Eram muito poucos esses deputados sérios: Roberto Freire, Miro Teixeira, Cristóvão Buarque e mais uns poucos. Estes votaram seriamente pelo impeachment da Dilma, embora lamentassem.

Por parte do restante dos parlamentares e forças políticas, a INTENÇÃO ao fazer o impeachment era de golpe. Estes, esta maioria de parlamentares, não eram sérios e queriam fazer o impeachment oara ter diretamente o poder e fazerem com o poder o que sabemos que eles fazem. Eles usam o poder para se corromperem e para se protegerem da justiça. Algumas vezes fazem isso juntos: PT, PMDB, PP, PL… ,todos! Em certas vezes entram até parlamentares do PSDB. Em outras vezes eles se separam e cada um cuida de seus interesses e desesperos sozinhos!

Essa é a política no Brasil! Essa é a política que fazem Lula, bolsonaro, Aécio Neves, o PT, o PMDB, etc.

Lastimável, nào é?

Mas política é pedagogia…e didática. Política é sempre pedagogia e didática! Cabe a todos nós nos eduacarmos uns aos outros sobre a política do nosso país.

E não podemos nunca falsificar a política e torná-la uma impostura. Fazer isso seria péssima pedagogia! Devemos manter a verdade sem deturpar as coisas, e chamar as coisas pelo nomes certos:

-Golpe político é golpe político!
-Intenção de golpe é intenção, mas não é golpe!

Se uma força política desgraça a economia do país, passa a falsificar o orçamento e sofre impeachment, mesmo que a maior parte dos parlamentares que fazem o impeachment tenha sido cinicamente cúmplice na destruição econômica e na falsificação do orcamento e mesmo que te ham feito o impeachment com a intenção de golpe, os fatos têm que ser narrados pelo que são e não serem falseados para parecer que o maior demônio do país naquele momento, o PT, era um anjo bonzinho e estivesse sofrendo perseguição.

O PT sofreu impeachment porque errou muito na economia e, para esconder os erros, passou a falsificar orçamento. Mesmo que eu quisesse dizer outra coisa, eu teria que dizer isto, pois estes são os fatos!

Aqueles parlamentares que fizeram o impeachment da Dilma, em sua maioria, são horrorosos, bem piores do que ela! E fizeram o impeachment com a intenção de golpe!

Mas o impeachment NÃO foi golpe!

Se, após falsificar o orçamento, o PT também falsificar a verdade, o nosso eleitor, a cada eleição, continuará míope, como mostra essa pesquisa eleitoral deste post, e só vai enxergar populistas corruptos como Lula e bolsonaro. E na hora de votar vai ficar passando de um demônio para outro:

Lula/bolsonaro/Lula/bolsonaro/Lula…

Vade Retro!!!

Edson Luiz Pianca.
edsonmaverick@yahoo.com.br

Efrem Ventura

12/01/2022 - 12h01

Lula ganha no primeiro turno com 108,94% dos votos e no segundo com 258,70%….kkkkk


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