Por Dilma Rousseff
Ansiosa para tentar manter de pé algo que possa servir à sua obsessão antipetista, mesmo diante do extenso rol de crimes cometidos por Sérgio Moro e pela Lava Jato, hoje em processo de identificação e condenação pelo Supremo, a Folha produz mais um de seus editoriais falsificadores da história – uma especialidade que cultua e preserva com afinco.
A certa altura, expõe uma de suas típicas pérolas de desonestidade intelectual e de impostura histórica, comparável à famosa e infame ficha falsa do Dops, ao afirmar:
“Os casos em que juízes e procuradores tenham agido contra a lei devem obviamente ser anulados, uma exigência básica do Estado de Direito. Mas é preciso cuidado para não transformar os reparos necessários no célebre plano do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) — ’estancar essa sangria, com o Supremo, com tudo’” [grifo meu].
É um argumento fraudulento, para dizer o mínimo. A Folha sabe, e tinha o dever de lembrar seus leitores, que a frase do então senador Jucá, gravada com autorização judicial, fazia parte de um diálogo no qual defendiam a destituição de uma presidenta da República eleita democraticamente e avessa à corrupção, justamente para que, uma vez que me tivessem destituído, pudessem conter as investigações sobre os malfeitos por meio dos quais eles e seus parceiros continuariam enriquecendo indevidamente.
Essa frase é a senha do impeachment sem crime de responsabilidade, que resultará, ao final, na prisão de Lula e na eleição de Bolsonaro. A Folha tentou até se antecipar ao processo de impeachment, cobrando minha renúncia, antes mesmo da votação ser pautada. Não pode, hoje, esconder que sabia que seriam “os estancadores de sangria” que me sucederiam, com o governo Temer.
A Folha confia na suposta falta de memória de seus leitores. Por isto, acredita que pode publicar, mais uma vez, um editorial que tenta reler a história e reescrevê-la ao seu bel prazer e segundo seus interesses – mesmo uma história tão recente. Fabrica, no editorial de hoje, uma inversão da verdade.
Não há absolutamente nenhuma similaridade entre a frase de março de 2016, que propôs “estancar a sangria” para proteger os corruptos que, para isto, conspiravam para derrubar uma presidente honesta, e os julgamentos deste momento, que são rigorosamente legítimos e constitucionais e pelos quais o STF submete ao escrutínio de seus ministros as ilegalidades, os abusos e os crimes cometidos pela Lava Jato.
O que o STF julga agora, na prática, é o conluio firmado entre um juiz e um grupo de procuradores para fraudar o Estado Democrático de Direito, manipular investigações e condenar um inocente sem provas, causando a destruição da normalidade institucional e a degradação da democracia. O que está para ser contido, na verdade, é um dos maiores escândalos judiciais da história brasileira. Não se trata de meros “reparos necessários”. Trata-se de restaurar a imparcialidade da justiça, de preservar o devido processo legal, de proibir o uso do sistema judiciário para condenar e prender um líder político para viabilizar a eleição de um genocida. Enfim, está em questão o Estado Democrático de Direito.
A Folha prova, e não é a primeira vez que o faz, assim como uma parte poderosa da imprensa brasileira, que falsas simetrias podem ser usadas para falsificar a história, esconder a verdade e enganar a opinião pública.
Felizmente, a verdade acaba prevalecendo e os falsificadores da história não passarão.
Alexandre Neres
11/03/2021 - 21h18
Diziam que bastava tirar a Dilma que a gasolina iria baixar, o dólar idem e os patos amarelos poderiam voltar a ir pra jeca Miami.
Os incautos que acreditaram piamente na narrativa construída pela Globo de maior escândalo de corrupção do Brasil, mote recorrentemente utilizado no decorrer da nossa história para derrubar governos progressistas e promover retrocessos institucionais, acabaram se deparando com o maior escândalo judicial da humanidade, apontado em letras garrafais no New York Times.
Quem nasceu pra ser pato, morre marreco. Quém!
Netho
11/03/2021 - 20h04
Dima esmerou-se em adular FHC com saudações laudatórias no aniversário de 80 anos do padrasto da Era Maldita.
Dilma convidou para um rendez-vouz Eduardo Cunha a quem presenteou com o mimo de uma garrafa de vinho Pera Manca, que não custa menos de R$ 1.000,00 ao Palácio.
Dilma rendeu todas as homenagens à Folha em 2011, na comemoração dos 90 anos da jornalão que sempre tratou a esquerda a socos e pontapés.
Dilma, após os seus erros crassos – que levaram o lulo-petismo a pique e varreram o PT de todas as capitais do país -, ainda imagina que o cavalo de pau com Joaquim Levi, o estelionato ao mundo do trabalho, a farra fiscal de mais de R$ 400 BILHÕES em desonerações para o capital e a geração de 12 milhões de desempregados pregados no lombo do mundo do trabalho, iriam ficar barato e esquecidos no tempo.
A vida é dura. A Era Dilma permanecerá assombrando o lulo-petismo e inviabilizando qualquer vitória no campo popular, progressista, democrático e trabalhista com Lula ou qualquer quadro do partido da estrela amarelada e caída.
Dilma, por que não te calas?
Alexandre Neres
11/03/2021 - 22h10
O que dizer de um latino-americano que fica reproduzindo as falas de um rei ladrão, fascista e que assassinou o irmão para chegar ao trono? Quem nasceu para capacho e vira-lata, nunca perde a falta de majestade. Fico feliz que tenha superado o luto, meu caro Netho. Aproveitando o ensejo, já que agora se assumiu sem nenhum pudor de terceira via, qual neoliberal de esquerda afinal de contas é seu ídolo?
Clinton, Blair ou Obama?
Galinzé
11/03/2021 - 19h26
A Dilma sabe até escrever….?
Garnizé
12/03/2021 - 07h50
Aprendeu com a toupeira do weintraub kkkk
Paulo
11/03/2021 - 18h45
A forma como ela coloca a questão contém uma verdade e uma meia-verdade.
É verdade rigorosa – na minha interpretação – que o golpe parlamentar de 16 foi dado para “estancar a sangria” nas fileiras do Centrão e na de alguns outros círculos próximos, como o de Aécio.
É meia verdade que ela seja honesta. Pode até não ter posto um centavo no bolso (acredito nisso, pessoalmente), mas foi escolhida para dar continuidade a um Governo de corruptos e sabia perfeitamente o que acontecia no Congresso e com alguns ministros. Ou haveria Gedéis, Cunhas e Paloccis sem o seu Governo (naquele nível de roubalheira, antes que digam que eu estou afirmando que a roubalheira, que é antiga, começou com o PT)? Aliás, houve Pasadena, que foi escolha dela.
Portanto, nestes tempos de narrativas e pós-verdades, cada um escolhe as suas…
Stalingrado
12/03/2021 - 00h08
A verdade é que você é mais um defensor do marreco de Maringá e terminou acreditando na FarsaJato. O marreco destruiu milhões de empregos , serviu de acusador contra os interesses brasileiros e ajudou a tirar empresas brasileiras do mercado internacional .
Só a indústria naval gerava 200 000 empregos diretos, se incluirmos os indiretos o número beiraria ao milhão .
Vai estudar um pouco e deixa de repetir merda.