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Com novo PDV, Caixa deve perder mais 7,2 mil bancários

Banco público abriu nesta segunda-feira, 9, o período de adesão a Programa de Desligamento Voluntário. Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal revela que milhares de concursados aguardam convocação e poderiam aliviar carência de trabalhadores. Fenae também alerta: “Não pode haver pressão da empresa sobre o empregado que tem direito de continuar […]

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Banco público abriu nesta segunda-feira, 9, o período de adesão a Programa de Desligamento Voluntário. Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal revela que milhares de concursados aguardam convocação e poderiam aliviar carência de trabalhadores. Fenae também alerta: “Não pode haver pressão da empresa sobre o empregado que tem direito de continuar trabalhando”

Brasília, 09/11/2020 – A Caixa Econômica Federal deve perder mais 7,2 mil empregados até o final deste ano. Esta é a estimativa do próprio banco com o novo Programa de Desligamento Voluntário (PDV), cujo período de adesão começa nesta segunda-feira (9) e vai até o próximo dia 20.

Nos últimos seis anos, a estatal perdeu aproximadamente 17 mil bancários em todo o país. A empresa, que chegou a ter 101 mil trabalhadores em 2014, conta atualmente com cerca de 84 mil empregados. Confirmada a estimativa para este PDV, a perda de 7,2 mil profissionais, apenas com este programa, representará mais de 40% do total de desligamentos entre 2014 e este ano (17 mil).

“Especialmente nesta pandemia, estamos vendo a importância do banco público para o país”, destaca o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, ao observar que a estatal é responsável pelo pagamento do auxílio emergencial e de outros benefícios sociais para mais de 100 milhões de pessoas (o que equivale à metade da população brasileira), além da concessão de crédito para diferentes perfis de empreendedores, duramente afetados pela crise econômica. “Os empregados da Caixa fizeram e continuam fazendo um trabalho essencial ao Brasil, mostrando que o banco é imprescindível. A falta de trabalhadores agrava não só a jornada diária dos bancários como também pode comprometer a qualidade da assistência à sociedade”, acrescenta.

O lançamento deste novo PDV é consequência da reforma da previdência, consolidada pela Emenda Constitucional 103. De acordo com a Caixa, os empregados que aderirem ao programa serão desligados entre os dias 23 deste mês e 31 de dezembro, com direito a um incentivo financeiro equivalente a 9,5 Remunerações Base (RB). “O banco tem que respeitar a decisão de quem tiver direito legal de continuar trabalhando. O empregado é que tem de analisar e decidir qual é o melhor momento dele se aposentar, conforme a lei”, alerta o presidente da Fenae. “Não pode haver pressão da empresa sobre o bancário que tem direito de continuar trabalhando”, completa Takemoto.

MENOS BANCÁRIOS E POSTOS DE ATENDIMENTO — Este ano, por determinação judicial, a Caixa contratou aproximadamente 300 aprovados no concurso de 2014. Contudo, o número está longe de ser o ideal, segundo apontam a Fenae e outras entidades representativas da categoria. Em razão do alto déficit de pessoal, a Federação e o movimento sindical atuam para que mais concursados de 2014 sejam convocados.

“As contratações são necessárias para a recomposição do quadro de empregados e para que a Caixa possa oferecer um atendimento ainda melhor à população, considerando o tamanho da demanda do banco”, defende Sérgio Takemoto.

No Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015, a direção da Caixa Econômica — por força de decisão da Justiça — se comprometeu a realizar duas mil contratações. Os 300 novos bancários foram convocados no último mês de maio para atuarem no Norte e no Nordeste. As outras regiões ainda aguardam o atendimento das reivindicações para o aumento do quadro de pessoal.

Além da falta de empregados, o banco ainda fechou 713 postos de trabalho, em doze meses, de acordo com dados da Caixa Econômica relativos ao 1º trimestre deste ano. “Esses enxugamentos produzem impacto direto na ponta: os bancários com sobrecarga de trabalho e a população sofrendo com as filas registradas no pagamento do auxílio e de outros benefícios, por exemplo”, ressalta o presidente da Fenae.

O PDV — Ficaram de fora deste PDV os bancários alcançados pela Emenda Constitucional 103 nos termos da normatiza “RH 229”. Entre eles, os trabalhadores que se aposentaram entre 13 de novembro de 2019 e 5 de novembro deste ano e aqueles com 75 anos ou mais de idade.

No entendimento da coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, os maiores de 75 anos não deveriam ser excluídos do programa. “Isto porque não existe uma lei complementar que trate especificamente sobre o assunto”, afirma.

A CAIXA — A Caixa Econômica Federal é a principal operadora e financiadora de políticas públicas sociais, além de geradora de emprego, renda e desenvolvimento para o país. Além das agências, lotéricas e correspondentes bancários espalhados por todo o país, a Caixa chega à população de locais remotos por meio de unidades-caminhão e agências-barco.

A estatal oferece as menores taxas para a compra da casa própria e facilita o acesso a benefícios diversos para os trabalhadores, taxas acessíveis às parcelas mais carentes da população e recursos para o Financiamento Estudantil (Fies), entre outros.

Cerca de 70% do crédito habitacional é feito pela Caixa Econômica e 90% dos financiamentos para pessoas de baixa renda estão na Caixa. Além de moradias populares — como as do programa Minha Casa Minha Vida — o banco público também investe na agricultura familiar e nas micro e pequenas empresas.

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Nelson

11/11/2020 - 22h46

A jogada do desgoverno de Jair Bolsonaro não difere da adotada pelo desgoverno de Fernando Henrique Cardoso e pelo desgoverno de MiShell Temer. O objetivo final – êxtase dos entreguistas, vendilhões da pátria e proxenetas em geral – é entregar a empresa à iniciativa privada.

Reduzir drasticamente o quadro de pessoal da empresa, reduzir bastante os salários e os direitos dos nela remanescentes e fechar dependências supostamente deficitárias são medidas aplicadas para turbinar ainda mais o lucro.

Assim, quando o grande grupo privado dela se assenhorear, estará, de largada, amontoando ganhos ultra-apetitosos, pois terá um quadro e uma estrutura enxutos, o ambiente ideal para a empresa privada, um quase-paraíso.

Lembremos que a prioridade primeira, não raro a única, de uma empresa privada é a obtenção de lucros, sempre maiores, para seu dono e/ou seus acionistas. Estou a demonizar a empresa privada? De forma alguma. Apenas tornando explícita uma verdade que deveria ser de domínio público.

Por que digo isso?

Porque há uma imensa legião de incautos, inocentes e iludidos que acreditam, piamente, que a privatização seja como a pomada milagrosa e vá nos levar ao melhor dos mundos. Não vai. As inúmeras promessas feitas antes da privatização não se cumprirão.

Não há como cumprir as promessas. Se a empresa privada for entregar qualidade, a preços e tarifas mais baixos, simplesmente o lucro não virá e aí o negócio deixará de ser atrativo, pois não atenderá à sua prioridade primeira, que já citei acima.

É por essas e por outras que as privatizações nada trarão de benefícios ao grosso da população. Podemos afirmar, sem medo de errarmos, que fica longe do 1% o contingente do povo que com elas vai ganhar algo. Ao restante, “meros” 99% e alguma coisa, restará a conta, salgadíssima, a pagar.

Aumento do desemprego, redução da massa salarial, esvaziamento das economias locais, esvaziamento das economias nacionais – a estatal a privatizar vai, muito provavelmente, cair nas mãos do grande capital multinacional que só vai sugar o país e mandar seus excedentes para o país de origem – são alguns dos enormes prejuízos que a população em geral terá com as privatizações.

Aos apressadinhos, que irão, entusiasticamente, bater palmas para a privatização, eu digo que não serão somente os funcionários da empresa estatal, que, supostamente seriam marajás, que perderão com a privatização.

A esses, peço que reflitam sobre tudo o que estou escrevendo. Logo perceberão que micro, pequenos e médios empresários, profissionais liberais em geral, que fazem parte dos 99% e alguma coisa, também vão perder com a privatização.

Para terminar, porque já escrevei demais, pergunto. Por que, em sua exaustiva propaganda em prol das privatizações, a mídia hegemônica e seus comentaristas – supostos especialistas em tudo – não colocam tudo isso na balança, para que o povo possa entender a roubada que é entregar o patrimônio que é seu nas mãos de uns poucos, pouquíssimos?

De jeito maneira. Vai que o povo comece a se dar conta do quanto essa mídia está a mentir e resolva se mobilizar e pressionar os governantes para que parem com as privatizações. Aí, amigo, acaba a imensa mamata das grandes corporações capitalistas, a mamata de viverem, como chupins, a sugarem o trabalho de todo um povo via privatizações.

= = = = = = = = = = =

https://www.viomundo.com.br/voce-escreve/apagao-no-amapa-culpa-e-de-empresa-privada-mas-midia/-esconde-e-musa-das-privatizacoes-mente-conserto-e-feito-pela-/eletrobras.html – 08/11/2020

Ora, ora, amigos. A Dona Elena Landau não é, definitivamente, uma neófita. É uma economista de triste memória, pois esteve à frente de muitas das altamente lesivas privatizações perpetradas pelo governo mais corrupto e deletério que já tivemos, o de Fernando Henrique Cardoso.

Então, não podemos engolir essa de “equívoco” da parte da economista, quando ela afirma que a empresa responsável pelo apagão é uma estatal. É má fé mesmo, a mais rasteira desonestidade intelectual.

O fato ocorrido no Amapá é apenas mais um a demonstrar os enormes prejuízos que as privatizações jogam sobre os ombros da esmagadora maioria da população. Só quem realmente ganha com as privatizações – e isto é demonstrado por todas as que já tivemos desde a década de 1990 – são o dono da grande empresa, juntamente com os acionistas da mesma, que vão se assenhorear da estatal.

Ou seja, nem perto de 1% chega o percentual do povo que realmente tem a ganhar com as privatizações. Aos restantes, “meros” 99 e tantos por cento, restará a conta, salgadíssima, a ser paga por conta das privatizações.

Enquanto o povo vai “roer um couro”, como no caso do apagão no Amapá, empanturrados de lucros os “compradores” das estatais “viverão felizes a comerem perdizes”.

    Paulo

    12/11/2020 - 00h04

    Almirante Nélson, tens razão! O fato notório é que o PDV da CEF tem por objetivo apenas transferir o ônus da demissão para o contribuinte, entregando a empresa pública limpinha para os banqueiros…

    Noslen

    12/11/2020 - 11h05

    O problema do Amapá é q o sistema deles lá é isolado e sem redundância. Qdo um equipamento q nao pode falhar falha, dá no q deu. Mas pq é isolado?? Pq ambientalistas nao deixam construir linhas de transmissão através da floresta.
    Tem q privatizar mesmo. Tudo!

Anyguar

10/11/2020 - 19h38

Para q 2 bancos estatais federais??? Fecha um deles.


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