Lula publicou em sua página pessoal, assim como Dilma, uma resposta ao editorial da Folha de São Paulo comparando Dilma a Bolsonaro.
Leia abaixo a íntegra:
A folha dos covardes
O editorial da Folha de S. Paulo de sábado (22) é uma ofensa à presidenta Dilma Rousseff, uma agressão à verdade histórica e um desrespeito, mais um, aos leitores do jornal e à sociedade brasileira.
Dilma Rousseff, uma pessoa honesta e dedicada ao Brasil, foi vítima de uma campanha de mentiras e seu governo foi alvo de uma sabotagem articulada por setores inconformados com o resultado das urnas de 2014.
A Folha teve papel decisivo naquela articulação, colocando-se mais uma vez a serviço do que há de pior em nosso país: a ganância dos extremamente ricos numa sociedade desigual e injusta; a intolerância dos poderosos diante de qualquer projeto de transformação desta sociedade.
A presidenta Dilma já deu ao infame editorial a resposta indignada que se espera de uma pessoa mais do que injustamente ofendida. Expôs a verdade dos números e dos fatos sobre seu governo. Pôs a nu as mentiras da Folha neste e em outros episódios que deveriam envergonhar os donos de qualquer jornal.
Participei de todas as eleições presidenciais no Brasil desde 1989 e posso afirmar que nenhum outro candidato sofreu igual perseguição e preconceito por parte da Folha, como aconteceu com Dilma Rousseff.
Diante de uma candidata que lutou contra a ditadura, a Folha publicou uma ficha falsa do DOPS e chegou a inventar um atentado contra um ministro para criminalizar, no presente, a resistência corajosa da jovem Dilma num passado em que o jornal apoiava os torturadores em seus textos e até materialmente.
A Folha que insistiu na mentira sobre uma jovem militante dos anos 1970 é a mesma que, nas eleições de 2018, tratou como irrelevante o passado de um candidato que, assim como o jornal, apoiou os torturadores. Um candidato que confessou ter tramado um atentado terrorista no centro do Rio de Janeiro quando o Brasil já vivia a redemocratização que ele nunca aceitou.
Não tenho dúvidas em afirmar que o ódio dos donos da Folha a Dilma passa por sua condição de mulher. Não pode haver outro motivo para o jornal ter publicado uma ordem proibindo chamá-la de presidenta, no feminino, até nas cartas de leitores, quando Dilma passou a assinar atos oficiais desta forma.
A realidade é que os donos do jornal jamais toleraram a eleição e o governo de uma mulher que enfrentou a ditadura dos torturadores no passado e hoje enfrenta a ditadura da mentira que veículos de comunicação como a Folha querem impor.
Sempre soubemos de que lado está um jornal que defende o teto de gastos, o suicídio fiscal que condena a educação, a saúde e o investimento público. De que lado está quem defende a agenda neoliberal de Paulo Guedes, a privatização selvagem, a demolição dos direitos dos trabalhadores.
A Folha está com Bolsonaro e contra Dilma e o projeto de país que ela representa, sempre esteve. Depois deste editorial infame, muitos ficaram sabendo também que os donos deste jornal são covardes e misóginos, porque para defender seus interesses não vacilam em atacar uma mulher honesta e digna como eles nunca foram.
Luiz Inácio Lula da Silva
Iolanda p. ewerton
26/08/2020 - 02h18
Infelizmente, este é um país de semiletrados (os analfabetos funcionais), que não conseguem entender o jogo pesado que sempre foi jogado neste país contra o interesse da grande maioria de sua população. Não haverá como vencer esse poderoso inimigo, que tem a Justiça, em todas as suas formas, o capital, a comunicação de massa e as forças armadas na mão, se não for pela união daqueles dispostos a enfrentar essa imensa injustiça. Divididos nunca seremos páreo. O Cafezinho e seus apoiadores precisam refletir sobre isto e parar com suas ações divisionistas.
Luiz
25/08/2020 - 20h46
Não é coincidência ver, no mesmo momento em que o CNMP agasalha o powerpoint lavajatista , os liberais de centro e centro-esquerda investirem contra Dilma. No entender deles, havia um pacto de preservação da democracia liberal, cuja alternância no poder executivo era cláusula de segurança contra as ambições do PT. Como o PT não chegou propriamente a violar a cláusula, foi preciso induzir a opinião pública através de uma campanha de puritanismo liberal. Acho que o “contrato” continuará sobre a mesa.
O Demolidor
24/08/2020 - 00h17
Nunca pensei mesmo que existiria alguma analise dessa palhaçada da Falha aqui no blog……copiaram a carta do Lula e só….talvez pra ser malhado aqui também…só pra variar….
Não ligo se a Redação censurar
Serginho
23/08/2020 - 15h53
Kkkkkkk
Perguntem aos brasileiros o que acham de Lula e da Dilma..
O Demolidor
24/08/2020 - 23h05
Não falei?