Finalmente, uma semana de boas notícias! A MP dos Portos foi aprovada. Uma questão crucial foi resolvida pela maioria absoluta do parlamento, e cumprindo um desejo do Executivo. Fiquei neutro nesse debate porque não me informei à contento. Mas dei publicidade a contrariedade do senador Requião com a concessão à iniciativa privada de portos públicos. Ao cabo, porém, analisando a conjuntura, entendo que a vitória da maioria governista teve um significado importante, para recuperar o respeito ao Congresso, unir a base e consolidar a estabilidade política. O Brasil acordou hoje mais estável e mais forte.
A prévia do PIB, apurada pelo Banco Central, trouxe outra notícia boa. O PIB cresceu 1,05% no primeiro trimestre, o que é número excelente, pois se continuarmos nesse ritmo, o crescimento poderá ser de 4% em 2013, ou seja, muito acima de algumas previsões pessimistas. O lado subjetivo da economia faz ainda com que números positivos motivem os empresários a ampliarem seus investimentos. E aí chegamos à terceira grande notícia da semana. A inflação arrefeceu. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a inflação da primeira metade de maio foi a menor desde novembro de 2012. O IGP-10 de maio registrou deflação de 0,09%, contra inflação de 0,18% em abril deste ano e 1,01% em maio de 2012. A notícia é especialmente positiva porque “um dos destaques dos preços no atacado foram os alimentos in natura, que passaram de uma inflação de 7,46% em abril para uma queda de preços de 0,37% em maio.”
Confira as notícias abaixo.
Economia cresce 1,05% no primeiro trimestre, indica prévia do BC
Kelly Oliveira, repórter da Agência Brasil
16/05/2013 – 9h13
Brasília – A atividade econômica apresentou crescimento de 1,05%, no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses de 2012. Os dados são do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período), divulgado hoje (16).
Em março, o IBC-Br apresentou expansão de 0,72% na comparação com fevereiro (indicador ajustado para o período). O crescimento veio depois da queda de 0,36% registrada em fevereiro em relação a janeiro, segundo os dados revisados. Em janeiro comparado a dezembro, houve crescimento de 1,05%.
Na comparação com março de 2012, o crescimento do terceiro mês do ano ficou em 1,16% (sem ajustes). No ano, o IBC-Br cresceu 1,79% e em 12 meses, 0,91% (sem ajustes).
O IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível da atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.
O acompanhamento do indicador é considerado importante pelo BC para que haja maior compreensão da atividade econômica. Essa avaliação também contribui para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic.
Edição: Juliana Andrade
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IGP-10 registra queda de preços de 0,09% em maio
Por Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil
16/05/2013 – 8h36
Rio de Janeiro – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou deflação (queda de preços) de 0,09% em maio deste ano. O IGP-10 havia registrado inflação de 0,18% em abril deste ano e de 1,01% em maio de 2012. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice acumula taxas de 1,02% no ano e de 6,28% nos últimos 12 meses.
A taxa de maio de 2013 é a menor registrada pelo IGP-10 e a primeira deflação desde novembro de 2012, quando foi observada uma queda de preços de 0,28%. O índice é medido com base em preços coletados entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês de referência.
Os principais responsáveis pela deflação do IGP-10 em maio foram os preços no atacado, medidos pelo subíndice de Preços ao Produtor Amplo. Esse segmento apresentou deflação de 0,39% em maio. Em abril, a queda de preços havia sido mais moderada: -0,06%.
Um dos destaques dos preços no atacado foram os alimentos in natura, que passaram de uma inflação de 7,46% em abril para uma queda de preços de 0,37% em maio. Alimentos usados como matéria-prima também tiveram influência no resultado dos preços ao produtor. A laranja caiu de uma taxa de 9,59% em abril para uma de -18,29% em maio. As aves aumentaram seu ritmo de queda de preços (de -3,88% para -12,32% no período). O mesmo ocorreu com a cana-de-açúcar (de -0,63% para -3,10%).
O subíndice de Preços ao Consumidor também seguiu a tendência de queda de abril para maio, apesar de ter mantido inflação. O subíndice passou de uma taxa de 0,67% em abril para uma de 0,39% em maio. A principal influência veio dos alimentos, que tiveram aumento de preços mais moderado em maio (0,57%) ante o 1,4% do mês anterior. As hortaliças passaram de uma alta de preços de 11,1% em abril para uma queda de preços de 0,89%.
O único subíndice que teve comportamento diferente foi o Índice Nacional de Custo da Construção, que passou de uma inflação de 0,65% em abril para uma taxa de 0,79% no mês seguinte. O principal responsável pelo aumento do ritmo da inflação foi o custo da mão de obra, que passou de uma taxa de 0,73% em abril para 1,1% em maio.
Edição: Juliana Andrade
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