Na última sexta-feira, 31, a Executiva Nacional do PT aprovou por 56 votos a pré-candidatura da deputada federal Marília Arraes para a Prefeitura do Recife. Na contramão da militância local que defendia uma aliança com o PSB, o núcleo decidiu pela candidatura própria.
A decisão foi tomada após pesquisa do Atlas Político que revela uma liderança de Marília na disputa pelo executivo recifense.
No primeiro cenário, a petista aparece com 20,6% de preferência no primeiro turno, enquanto Mendonça Filho (DEM) e Daniel Coelho (Cidadania) aparecem empatados tecnicamente, com 11,5 e 10,6% respectivamente.
Em seguida, João Campos (PSB) aparece com 8,3%, Patrícia Domingos (Podemos) 7,7% e Alberto Feitosa (PSC) 1,4%.
Já no segundo cenário, Marília lidera com 41,3% das intenções de voto contra 27,2% de Mendonça Filho (DEM). Contudo, a margem de liderança da petista diminui para 38,1% se o oponente for Daniel Coelho (Cidadania) que aparece com 31,8%.
Apesar da decisão tomada pela executiva nacional, o PT em Recife ainda se divide. O presidente do diretório municipal, Cirilo Mota, pretende conversar com Marília Arraes sobre o cenário eleitoral na capital pernambucana.
O posicionamento da executiva local é que o partido se junte com outras forças de centro-esquerda para formação de uma frente ampla contra a candidatura apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro.
O temor é que a decisão do núcleo petista repita o cenário da última vez que houve uma intervenção nas eleições de Recife, o partido sendo derrotado.
Em 2012, o então prefeito João da Costa (PT) perdeu a reeleição para Geraldo Julio (PSB), atual chefe do Paço Municipal. Na época, a própria executiva nacional impediu que João da Costa disputasse a reeleição pelo PT.
Sebastião
03/08/2020 - 21h06
Por ironia, quem foi o escolhido por intervenção de Lula foi Humberto Costa e o PT perde lá pra a coligação de Eduardo Campos em 2012. Neste ano, o mesmo Lula intervém no PT e escolhe Marília Arraes, pra não permitir coligações com o pessoal do finado Eduardo Campos.
Agora, Humberto Campos com altivez, reclamou da imposição de Lula, que não sabe dos problemas regionais e fica dando pitaco. Se fosse por ele, nem Wagner e Rui, seriam eleitos na Bahia. Porque ele achava, que ambos não tinha condições. No ligar de Rui mesmo, ele queria Gabrieli. Lula tem que parar de intervir regionalmente no PT. O partido fica dependente dele. É o ego que não ajuda.
Marcos Videira
03/08/2020 - 20h30
Parece-me que o Diretório Estadual de PE tem consciência de que o antipetismo continua forte, apesar de ser um Estado em que a centro-esquerda continua com a preferência do eleitorado.
Será que Marília Arraes será novamente moeda de troca ?
Alan C
03/08/2020 - 14h26
Mas agora é de verdade?
Alberto Jorge Santos Buarque
03/08/2020 - 13h22
Peço que corrijam as informações sobre as eleições para a Prefeitura Municipal do Recife no que se refere à candidatura de Marília Arraes.
A Militância Petista quer que seja apresentada uma candidatura própria do PT.
Uma candidatura que seja capaz de levantar a militância aguerrida do PT que reside nas periferias do Recife.
Agora alguns dirigentes partidários não querem que isso ocorra. Inclusive dirigentes do próprio Partido dos Trabalhadores.
Portanto, é importante fazermos tais esclarecimentos.
Alberto Jorge Santos Buarque
03/08/2020 - 11h40
Favor corrigir o texto acima urgentemente.
A militância petista de Pernambuco quer uma candidatura própria que seja capaz de acender a Força do PT e que reconheça o legado das administrações petistas no âmbito municipal.
O que ocorre é que parece que o Diretório do PT local tem algum resistência interna de algumas lideranças que preferem se aliar a outras candidaturas do que partir junto com Marília Arraes.