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A repercussão das denúncias de Moro entre os deputados

Líderes lamentam pedido de demissão de Sérgio Moro; oposição fala em impeachment Líderes partidários e diversos parlamentares criticaram a decisão de Bolsonaro de trocar o comando da Polícia Federal 24/04/2020 – 13:31 Agência Câmara — O pedido de demissão do ministro da Justiça e de Segurança Pública, Sérgio Moro, com acusações ao presidente da República, […]

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Líderes lamentam pedido de demissão de Sérgio Moro; oposição fala em impeachment

Líderes partidários e diversos parlamentares criticaram a decisão de Bolsonaro de trocar o comando da Polícia Federal

24/04/2020 – 13:31

Agência Câmara — O pedido de demissão do ministro da Justiça e de Segurança Pública, Sérgio Moro, com acusações ao presidente da República, Jair Bolsonaro, de querer interferir politicamente na Polícia Federal, repercutiu na Câmara dos Deputados. Moro afirmou que Bolsonaro disse a ele que queria ter uma pessoa próxima, de sua confiança para poder “ligar, colher informações e colher relatórios de inteligência”.

Líderes partidários e diversos parlamentares criticaram a decisão de Bolsonaro de trocar o comando da Polícia Federal.

O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), afirmou que a demissão de Moro é uma sinalização muito ruim para a sociedade. “Sua saída não só é uma perda considerável ao governo e ao País, como pode indicar uma mudança preocupante na condução dos assuntos pertinentes ao Ministério da Justiça. É lamentável que o governo, em um momento de crise como este, perca um aliado de tamanha envergadura moral”, disse Sampaio.

O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), criticou Moro sobre sua condução como juiz e ministro, mas afirmou que sua demissão fortalece a necessidade do afastamento do presidente da República.

“Ele passou meses e meses calado. De santo, não tem nada! Sua demissão-delação diz muito sobre sua índole parcial, a mesma que condenou Lula sem provas. O projeto de poder do ex-juiz falou mais alto. Agora, mais do que nunca, o #ForaBolsonaro torna-se emergencial”, postou Guimarães em suas redes sociais.

A líder do PSL, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou que a saída de Moro mostra que o governo traiu o sistema de Justiça. Ela criticou o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

“Pode demorar quatro anos, mas a máscara dos hipócritas sempre cai. Quem quer controlar a PF, bananinha, é seu pai pra proteger você e seus irmãos dos crimes que cometeram: gabinete do ódio, rachadinha”, provocou Hasselmann.

O líder do Novo, deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), lamentou em suas redes sociais a saída do ministro. Segundo Ganime, é uma dia triste para o combate à corrupção. “O Brasil perde muito com a saída de Sérgio Moro, mas ele ganhou ainda mais o meu respeito pela postura e por não aceitar a interferência política na Polícia Federal”, afirmou Ganime.

O líder do MDB, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), pediu serenidade. “Qualquer demissão agora é ruim. Sobretudo em pastas bem-avaliadas. Nosso maior inimigo é a pandemia. Temos de salvar vidas. Mais turbulência só prejudica o País. Repito: equilíbrio e serenidade”, postou o líder em suas redes sociais.

A líder do Psol, deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), afirmou que as acusações de Moro contra Bolsonaro exigem a abertura de processo de impeachment. “Moro fez acusações muito graves contra Bolsonaro. Já há motivos de sobra para um impeachment, como sinalizamos no pedido assinado por 1 milhão de pessoas. Rodrigo Maia precisa receber os pedidos de impeachment urgentemente”, cobrou a líder.

O líder do DEM, deputado Efraim Filho (DEM-PB), afirmou que Moro deu exemplo de coragem e equilíbrio. “Renunciou ao cargo de Juiz federal para servir ao País e sua saída significa frustração no sonho de milhões de brasileiros. Notícia ruim para o governo e pior para o Brasil”, criticou Efraim Filho.

O líder da Oposição, deputado André Figueiredo (PDT-CE), afirmou que Maurício Valeixo não queria sair da direção-geral da PF e foi forçado a atacar a exoneração a pedido. “Sérgio Moro entrega todos os absurdos de Jair Bolsonaro”, diz Figueiredo.

A líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), afirmou que vai encaminhar pedido de convocação de Sérgio Moro para esclarecer “o conjunto de crimes que presenciou o presidente Bolsonaro cometer”.

O líder do Podemos, deputado Leo Moraes (Pode-RO), postou nas redes sociais uma nota do partido em que lamenta a demissão de Sérgio Moro. “O combate à corrupção está no coração e na alma das aspirações nacionais.A Justiça é uma necessidade humana incontornável e, na sociedade política, deve figurar como prioridade. Sérgio Moro foi um verdadeiro titã. É a derrota da ética”, criticou Moraes.

O líder do PT, deputado Ênio Verri (PT-PR), disse que Bolsonaro quer ter acesso a investigações sigilosas. “Durante coletiva em que anunciou a sua demissão do Ministério da Justiça, Sérgio Moro confirmou que, durante os governos do PT, a Polícia Federal teve total autonomia. Já Bolsonaro quer um diretor-geral que o informe sobre investigações sigilosas”, afirmou Verri.

O líder do Cidadania, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), afirmou que foi rompido o compromisso de autonomia da PF. “Sobrou uma grande indagação: por que interferir? Qual é o objetivo do presidente da República em mexer num cargo tão relevante para a segurança pública nacional? As revelações do ministros são gravíssimas e coloque em xeque de agora em diante todo e qualquer movimento de Bolsonaro nessa seara”, protestou Jardim.

O vice-líder do governo na Câmara, deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), criticou a forma como o ministro pediu demissão. “Moro saiu, fomos pegos de surpresa. Ontem mesmo ele nos garantiu q não sairia. Para nós, base do governo, uma informação; para a extrema-imprensa, outra. Lamentável. E mais lamentável ainda a maneira como saiu. Enfim, o destino se encarregará de tudo. Vamos em frente!”, disse Jordy.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Wilson Silveira

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Comentários

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Leonardo

24/04/2020 - 22h59

Agora se inicia outro capítulo da novela animada: o justiçamento. Se segue a tese de que o cavaleiro MOR do justiçamento, sabedor que é, já que conta com o auxilio do olho do grande brother, aceitou a capanga ministerial para combater o grande combate. Final? Também não se sabe. Sob a proteção do seu escudo “made in América”, o país será libertado das garras e das presas dos corruptores. Bem vindos a saga das séries animadas – cavaleiros da justiça 2022, cavaleiros do zodíaco de cu-ritiba, cavaleiros da távola quadrada do reino verde-amarelo. Impuseram um herói colorido, um herói pistoleiro e, agora, em um futuro não muito distante, um herói justiceiro. É Brasil de mãos dadas com o Sebastianismo. O gado segue mugindo embalado pela cantilena moralista do justiçamento ante o brilho do punhal do seu herói justiceiro. Não se sabe se dor ou prazer. Hoje, Sérgio Moro viveu a sua Nacht der langen Messer.

augusto

24/04/2020 - 15h37

O que fez o comunista Serjumoro?
O marreco de Maringa fez em rede nacional…uma grande delação… que espera tornar-se premiada.
Porque isso é novo nele: antes ele combinava as delaçoes com vários atores.
Os atores eram : a) combinava com os reus b) com os advogados dos delatores que iriam enriquecer com isso c) com determinado juiz do STF cujo nome começa com ‘F’ d) com os setoristas da Plimplim em Curitiba que sabiam de tudo antes dos outros. E


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