Investidores, empresários e operadores de mercado estão aprendendo uma dura lição.
Um presidente autoritário, ignorante, que sempre defendeu a tortura e sempre mentiu, não poderá nunca fazer uma boa administração.
Pior: o momento dessa crise política não poderia ser mais inoportuno, em função do avanço da crise sanitária, social e econômica provocada pelo coronavírus.
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Ibovespa desaba após pedido de demissão de Moro
Por Peter Frontini
SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa despencava no final da manhã desta sexta-feira, com o mercado reagindo ao pedido de demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Às 11:43, o Ibovespa caía 7,15%, a 73.978,2 pontos.
A decisão de Moro —que ganhou notoriedade como principal juiz da operação Lava Jato— ocorre após a demissão do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, pelo presidente Jair Bolsonaro, publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta-feira.
O ministro havia imposto como condição para permanecer no governo que pudesse discutir com Bolsonaro a escolha do sucessor de Valeixo à frente da PF, o que não aconteceu, de acordo com uma fonte com conhecimento da decisão do ministro de deixar o governo.
“Estamos vendo um governo se desfazer em meio a uma situação gravíssima de política internacional”, afirmou Fernando Bergallo, da FB Capital.
“A troca do Ministro da Saúde em plena pandemia, obviamente, já pegou muito mal para o investidor estrangeiro, e no momento em que o segundo pilar do governo, que é o Ministro da Justiça, que emprestou a credibilidade toda para o Bolsonaro sai do governo, você está perdendo outra perna desse tripé que não vai se sustentar sozinho”, afirmou.
Ioiô de Iaiá
24/04/2020 - 14h48
O Estadão antes das eleições igualou o professor Haddad, um político moderado ao psicopata Bolsonaro. Os outros jornalões se comportaram de forma similar. Agora amargam um país destruído pela extrema-direita.
Luiz
24/04/2020 - 14h34
Poder político é fundamental para o “Mercado”. A principal razão alegada por Moro para sua saída do governo Bolsonaro não traduz nada além de uma mesquinha disputa por poder, ainda garantida pelo PT a ele, conforme ele próprio. Uma estratégia subserviente ajudou a instituir um governo subserviente aos interesses externos. É preciso obstruir o oportunismo moralista do “morismo”, sob pena de tudo, pós golpe, ser também atribuído ao PT, com a chancela do restante da esquerda.