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Witzel se aproveita da pandemia para tentar entregar patrimônio público

Por Sandro Cezar, presidente da CUT/RJ O projeto de destruição do Estado não dá trégua nem durante uma crise sem precedentes que ameaça a vida, a saúde e a subsistência dos trabalhadores. No momento em que todos os esforços deveriam se concentrar em adoção de medidas de prevenção, no momento em que o Estado tem […]

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Foto: reprodução / redes sociais.

Por Sandro Cezar, presidente da CUT/RJ

O projeto de destruição do Estado não dá trégua nem durante uma crise sem precedentes que ameaça a vida, a saúde e a subsistência dos trabalhadores. No momento em que todos os esforços deveriam se concentrar em adoção de medidas de prevenção, no momento em que o Estado tem papel fundamental para enfrentar o desafio de combate ao coronavírus e dar condições aos mais pobres de enfrentar as dificuldades na geração de renda, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se esforça para pôr em prática seu projeto neoliberal: propõe, em regime de urgência, a privatização de empresas e até de universidades. Uma estratégia colocada em prática às vésperas do feriado e utilizando o avanço da COVID-19 como justificativa inaceitável.

Witzel vai na contramão de diversos países do mundo que estatizam serviços públicos em razão dos notáveis fracassos do setor privado em dar respostas a problemas complexos como a saúde. Ao tentar privatizar as estatais no Rio de Janeiro, o governador revela que a pandemia do coronavírus não o fez entender ainda que só o Estado tem capacidade de responder às crises.

Não se pode abrir mão do papel do Estado. Privatizar empresas, além de não solucionar nenhum problema, retira os instrumentos necessários à gestão de crises como a que estamos vivendo.

Vender universidades como a UERJ, UEZO e UENF, desestatizar a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) – que assumem papel de destaque na pesquisa tão necessária – e empresas como a CEDAE, que, desde o início do ano, passou por um processo de desestruturação que culminou na crise da água, mas que tem dado respostas importantes diante da pandemia, é inaceitável.

Não se pode aproveitar um momento grave como este para tomar medidas desta natureza. O aprendizado com o atual quadro sanitário deveria ser: precisamos de um Estado forte para proteger a população e não autorizar a qualquer que seja a desestatização.

Não à privatização, em defesa dos serviços públicos, dos servidores públicos e da saúde da população.

Sandro Cezar Presidente da CUT/RJ

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Comentários

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Luis Ribeiro

25/06/2020 - 05h45

Acho que se for feito com um objetivo claro e justo, não há mal algum. Se essa é uma alternativa para uma recuperação do nosso estado, então acho que deve ser dado um crédito.

Paulo

21/04/2020 - 20h05

Perfeita a análise, embora eu faça minhas restrições a sindicalistas. Privatizar a água, um bem natural? Privatizar universidades, as responsáveis pela esmagadora maioria da produção científica brasileira, tanto em artigos publicados como na pesquisa? Fora que, sendo privatizada, não vai mais atrair os melhores, o que provocará queda de qualidade dos corpos docente e discente…


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