Menu

Bancos fintech para crianças – Como funciona?

Então chegou a hora. Seus filhos estão crescendo e estão começando a pensar na independência financeira. Eles querem dinheiro para sair, ir ao cinema com os amigos, comprar roupas novas – o “banco pai e mãe” é inconveniente agora. Além disso, eles merecem um lugar para guardar a mesada ou os ganhos de um trabalho […]

1 comentário
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Então chegou a hora. Seus filhos estão crescendo e estão começando a pensar na independência financeira. Eles querem dinheiro para sair, ir ao cinema com os amigos, comprar roupas novas – o “banco pai e mãe” é inconveniente agora. Além disso, eles merecem um lugar para guardar a mesada ou os ganhos de um trabalho de meio turno.

Embora, há muitos anos, os bancos tradicionais já ofereçam contas para menores de idade, agora as fintechs também estão almejando esse público. Os menores de 18 anos têm uma gama de opções digitais para escolher, mas vale a pena se informar sobre as armadilhas e os benefícios.

Veja a seguir quais startups oferecem esse tipo de contas e o que podemos esperar delas.

Revolut

Ligado à startup sueca Klarna como a fintech mais valiosa da Europa, o sucesso da Revolut se resume à sua flexibilidade. Seu recurso Revolut Junior é o mais recente de uma linha de ferramentas oferecidas pela empresa com uma carteira de clientes de 7 a 17 anos.

A conta júnior entrega muito controle aos pais, como é de se esperar, enviando notificações a eles quando o filho faz uma transação. A conta também possui configurações de segurança integradas que permitirão aos tutores controlar como um cartão é usado – proibindo pagamentos a sites de cassinos móveis ou restringindo os gastos com aplicativos desnecessários, por exemplo.

A empresa tem mais de 10 milhões de usuários em todo o mundo, portanto, o potencial de muitos usarem o serviço para seus filhos é alto. Mas só o tempo dirá se o recurso será um sucesso.

Monzo

A startup sediada no Reino Unido adotou uma abordagem mais voltada para adolescentes entre 16 e 17 anos, afirmando que definitivamente “não é uma conta júnior”. Isso pode ter uma boa aceitação por parte dos adolescentes que estão tentando deixar a infância para trás, e os pais também podem ficar despreocupados, já que não são cobradas taxas ou encargos caso o usuário gaste muito em roupas ou revistas.
Um ponto negativo pode ser o pouco controle que os pais têm sobre isso, parece que a Monzo está tentando manter os pais distantes com esse recurso. Não há nada para impedir que uma criança de 16 anos faça o upload do seu documento de identidade e tenha total autonomia sobre a conta. No entanto, o fato das atividades classificadas como “maior de 18 anos” estarem bloqueadas pode deixar os pais mais tranquilos.

Greenlight

Algumas empresas estão adotando uma abordagem mais profunda. A fintech americana Greenlight tem um modelo de negócios completo que gira em torno de um aplicativo para crianças. A empresa afirma ensinar as crianças sobre independência financeira desde cedo, preparando-as para a vida adulta.

Embora os pais tenham o controle do aplicativo a partir de seus próprios smartphones, as crianças poderão aprender sobre recursos financeiros, como contas de poupança, opções de investimento e até a importância de receber uma mesada pelas tarefas domésticas.

O fundador Tim Sheehan diz que sua inspiração vem de seus pais, que, segundo ele, ensinaram importantes hábitos financeiros desde criança. Ao longo dos anos, ele percebeu que poucas pessoas compartilhavam dessas habilidades, então viu a chance de ajudar os jovens de hoje a desenvolver atitudes semelhantes.

Bancos tradicionais estão competindo

Seguindo os avanços das fintechs, você espera que os bancos mais tradicionais façam alguma coisa. No entanto, uma rápida pesquisa on-line sugere que os poderosos estão se atendo a contas testadas para crianças mais do que opções pré-pagas flexíveis.

O aplicativo bancário do Santander se destaca por oferecer o recurso Money Monster aos usuários do Reino Unido, que oferece aos jovens a opção de guardar dinheiro em um “cofrinho” virtual que acende após cada depósito. As crianças também podem saber quanto têm agitando o dispositivo que estão usando, solicitando ao monstro que diga o valor.

O Banco Barclays oferece às crianças a opção de personalizar seu aplicativo bancário com sua foto favorita e também de ter um cartão de débito contactless (sem contato).

Apesar dessas opções, parece que esses bancos estão tendo dificuldades no fluxo de dados de suas contrapartes fintechs. Em vez de oferecer a flexibilidade de um cartão pré-pago totalmente controlado por um aplicativo, eles estão simplesmente oferecendo extensões de contas que ainda precisam ser abertas em uma agência de lojas físicas no centro da cidade ou no shopping.

Na sociedade acelerada de hoje, que está se tornando cada vez mais dependente da conveniência, essa lentidão para se adaptar ao mundo digital pode custar caro.

Uma fintech do futuro

A popularidade dos produtos das fintechs mostra que o setor está esquentando. Com a geração Z praticamente nascendo com um smartphone em mãos, as fintechs estão perfeitamente posicionadas para tirar proveito de uma crescente base de clientes digitais.

Os bancos fintechs podem ser algo muito moderno, mas seguem uma premissa bancária antiquada: “pegar os jovens”. A maioria dos clientes permanece no mesmo banco por toda a vida, e as contas online dos jovens são o primeiro passo para conquistar os clientes.

Com a digitalização da sociedade e o enorme investimento das fintechs por trás desses aplicativos, a probabilidade é de que os bancos fintech para crianças funcione e se torne o futuro das finanças pessoais nas próximas décadas.

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

Lucas Ferreira

07/07/2020 - 15h22

Bastante esclarecedor.
Procurando Terço de Cristal Para Noivas, São Paulo – SP


Leia mais

Recentes

Recentes