Fábrica de fertilizantes da Petrobras no Paraná encerra atividades
Resultados negativos mostravam inviabilidade do negócio, diz estatal
Publicado em 14/01/2020 – 20:24
Por Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil* Rio de Janeiro
Agência Brasil — A Petrobras aprovou o encerramento das atividades da fábrica de fertilizantes localizada em Araucária, no Paraná. A companhia diz que tentou vender a subsidiária Araucária Nitrogenados (Ansa), mas não conseguiu se desfazer do ativo, que dava prejuízos desde que foi adquirida, em 2013. Em nota, a Petrobras diz que os resultados da Ansa demonstram a falta de sustentabilidade do negócio: somente de janeiro a setembro do ano passado, o prejuízo foi de quase R$ 250 milhões. Para o fim deste ano, as previsões eram de resultado negativo superior a R$ 400 milhões.
De acordo com a nota, no contexto atual de mercado, a matéria-prima usada na fábrica – resíduo asfáltico – está mais cara do que seus produtos finais (amônia e ureia), e as projeções para o negócio continuam negativas. A Ansa é a única fábrica de fertilizantes do país que opera com esse tipo de matéria-prima.
A Ansa é uma subsidiária da Petrobras, com autonomia estatutária e personalidade jurídica distinta, patrimônio e gestão próprios, adquirida da Vale Fertilizantes S.A. Com a decisão de encerrar as atividades da fábrica, a Petrobras dá continuidade à estratégia de sair do segmento de fertilizantes e focar em ativos que gerem mais retorno financeiro e estejam mais ligados à sua área de atuação.
Segundo a nota, a Petrobras empenhou-se para vender a subsidiária, cujo processo de desinvestimento iniciou-se há mais de dois anos. As negociações avançaram com a companhia russa Acron Group, mas, conforme comunicado ao mercado em 26 de novembro passado, não se efetivou a venda.
A fábrica permanecerá paralisada em condições que garantam total segurança operacional e ambiental e a integridade dos equipamentos, informou a Petrobras.
Desligamento de pessoal
Como a fábrica de fertilizantes é o único ativo da Ansa, todos os 396 empregados serão desligados. Além das verbas rescisórias legais, eles receberão um pacote adicional composto de valores entre R$ 50 mil e R$ 200 mil, proporcional à remuneração e ao tempo trabalhado. Além disso, os planos médico e odontológico, o benefício farmácia e o auxílio educacional serão mantidos por até 24 meses. Eles terão também assessoria especializada de recolocação profissional.
Quando adquirida pela Petrobras, a Ansa já contava com o atual quadro de empregados. Na manhã desta terça-feira (14), o assunto foi discutido com representantes sindicais da categoria.
Petroleiros
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o fechamento da Ansa fará a agroindústria brasileira depender mais da importação de fertilizantes. Junto com duas fábricas de fertilizantes arrendadas pela Petrobras em 2019, na Bahia e em Sergipe, a unidade de Araucária garantia o abastecimento de cerca de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia.
Para o diretor da FUP, Deyvid Bacelar, com o fechamento da Ansa e o arrendamento das fábricas da Bahia e de Sergipe, a agroindústria brasileira vai ficar nas mãos dos importadores de amônia e ureia, base para a produção de fertilizantes. “O país coloca em risco sua segurança e soberania alimentar. As fábricas de fertilizantes serviam como lastro para agroindústria escolher onde comprar”, disse Bacelar.
Segundo ele, a agroindústria agora ficará à mercê das oscilações no mercado internacional, da variação do dólar e do aumento dos preços dos fertilizantes no mercado interno.
*Com informações da Petrobras
Edição: Nádia Franco
Luiz
15/01/2020 - 23h49
Quem colocou o Banco Central no limbo? Pergunta imoderada.
Luiz
15/01/2020 - 18h46
É bem possível que se trate de um bom exemplo do embate lucro X utilidade. Acho engraçado como algumas pessoas defendem um lucro para a Petrobrás que não verão passar em suas mãos. Como vemos, no tocante a tudo que diz respeito à Petrobrás, em dias de rigor contábil, pretende-se que o prejuízo seja apenas histórico.
Wellington
15/01/2020 - 20h28
Tem que defender o que…os prejuizos para a gente pagar…?
Luiz
15/01/2020 - 22h39
Estou apenas dizendo, quando não se é acionista, que o cálculo não é tão simples, quanto mais, se considerada a origem estatal.
Andressa
16/01/2020 - 09h42
Tem os acionistas das dividas (a gente) e os acionistas dos lucros, essas sào as duas categorias de açoes da Petrobras.
simon
15/01/2020 - 09h47
Outra Pasadena.
Andressa
15/01/2020 - 09h34
“Segundo ele, a agroindústria agora ficará à mercê das oscilações no mercado internacional, da variação do dólar e do aumento dos preços dos fertilizantes no mercado interno.”
Kkkkkk vai fazer uma falta danada essa fabrica de imundicia, estamos lascados…kkkkkkk
Depois se perguntam porque nao hà industrias no Brasil e se respondem que a culpa è dos Americanos…Kkkkkkkkkkkkkkkkk
Alan C
15/01/2020 - 09h30
Não é minha área então não tenho base técnica para opinar, mas algumas perguntas ficam no ar:
Pq dava prejuízo??
Foi abandonada para dar o prejuízo e justificar uma venda que nem veio??
Pq tentou vender e não conseguiu??
Uma coisa é certa, não há retomada da economia desde 2014, Dilma, #ForaTemer e esse animal atual são incompetentes demais, resultado? A ANP coloca boas áreas do pré-sal a venda (abaixo do mercado, mas não tem golpe!) e não aparece nenhuma multinacional gigante do petróleo pra pegar, Petrobrás coloca uma fábrica inteira a venda e não aparece nenhum interessado….
Investidor gringo não é otário como um bolsominion acéfalo! rs
simon
15/01/2020 - 09h52
tudo que foi feito antes de 2014 se zerou automaticamente ?
se algo vai a leilão e ninguem compra é porque não vale.
Alan C
15/01/2020 - 11h29
Logo, pelo seu raciocínio, o petróleo não vale…
simon
15/01/2020 - 12h08
pelo seu raciocínio o Brasil foi parido em 2014…
Alan C
15/01/2020 - 12h22
Não andressa, foi vc que falou que se algo vai a leilão e ninguém compra não vale nada. Isso acabou de acontecer com campos do pré-sal, só usei o seu raciocínio, mesmo não valendo muita coisa.
simon
15/01/2020 - 13h05
se for a leilão vale o que os compradores pagam. se vale algo uma hora ou outra vende.
Andressa ?
Alan C
15/01/2020 - 13h36
Vc não sabe como funciona um leilão, eu explico.
Não vale o que pagam, há um preço mínimo, a partir daí sim, quem pagar mais leva e continuamos grandes amigos.
simon
15/01/2020 - 14h04
Pensa….ninguém sabia…Kkkk
E que diferença faz…? Continua valendo o que pagam.
Alan C
15/01/2020 - 14h16
Vai num leilão de carros e diga o quanto vc quer pagar pra ver o que vc compra huauhauha
simon
15/01/2020 - 16h37
Sim Dilma.
paulo
15/01/2020 - 09h29
engraçado;
Os esquerdistas reclamam do fechamento e com razão.
Mas esquecem que se durante os 13 anos de governo deles, tivessem procurado melhorar a economia, o resultado hoje sriia outro.
mas tambem são na sua maioria cabeça de funcionarios publicos pensando em segurança.
Pensam em ter um patrao ou marido para se garantirem e um escravo pra trabalhar barato.
ZÉ
15/01/2020 - 15h02
Paulo Jumento, aqui não é seu lugar!
Andressa
16/01/2020 - 09h40
Viver do Estado, dinheiro dos outros e sem trabalhar muito, se a empresa dà prejuizos tanto fàz alguem cobre.
Wellington
15/01/2020 - 06h45
Rolou quanto de propina para o PT na compra desse fabrica…? Não foi informado…?
Paulo
14/01/2020 - 22h29
Qual o problema se o agronegócio importar ureia e amônia? O Brasil perde, mas o agronegócio não, pois os custos serão repassados ao consumidor final. “Ah, mas não há espaço para aumento de preços num contexto de queda do poder aquisitivo do consumidor brasileiro”. Não tem problema, eles exportam para a China…
Wellington
15/01/2020 - 11h40
Larga de falar asneiras e fale do que conheçe, o ar condicionado o dia todo tà te fazendo mal…
Alan C
15/01/2020 - 12h07
Paulo, faça assim, submeta seu comentário a qualquer estrangeiro de país emergente como se vc estivesse se referindo ao país dele e veja se ele concorda.