A balança de pagamentos agrupa as “transações correntes”, ou conta corrente, e a chamada “conta capital”, que trata de investimentos diretos e financeiros. É, grosso modo, a soma de tudo que entra e tudo que sai do país, incluindo aí exportações/importações de bens e serviços, despesas com turismo, transferências de lucros (daqui para o exterior e vice-versa) e investimentos diretos e financeiros (de brasileiros no exterior e de estrangeiros no Brasil).
A edição de hoje do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central com base em entrevistas com agentes do setor privado, traz números preocupantes para a balança de pagamentos do Brasil, e que ajudam a explicar a desvalorização cambial do país.
A conta corrente (ou transações correntes) está prevista, pelo mercado, para fechar o ano com déficit de US$ 37 bilhões. Na semana passada, previa-se um déficit de 36,7 bilhões e, no mês passado, em 34 bilhões. Os números estão se deteriorando.
Os números de investimento direto no país também vem piorando: na semana passada os agentes estimavam que o ano de 2019 fechasse com US$ 77 bilhões em investimentos diretos; esta semana, o número foi reduzido para US$ 75 bilhões.
A estimativa para a balança comercial de 2019 (exportação menos importação) também vem sendo reajustada para pior a cada semana: agora a previsão é de superávit de US$ 43,5 bilhões; semana passada era US$ 45 bilhões e no mês anterior, US$ 47 bilhões.
A produção industrial brasileira, segundo agentes do setor privado, deverá experimentar queda de 0,7% em 2019.
Os números que tratam de 2019 correspondem à linha azul dos gráficos abaixo.
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