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Pesquisa Veja/FSB traz cenário de 2º turno entre Bolsonaro e Lula

A pesquisa FSB/Veja, cuja íntegra você pode baixar aqui, nos enseja algumas especulações sobre a conjuntura política passada, atual e futura. Aos ansiosos, haters e angustiados, um lembrete importante: pesquisas eleitorais são apenas fotografias imperfeitas, simplórias, quase ficcionais, de situações profundamente complexas. Para analisá-las com objetividade, é preferível pensar nelas tão somente como pretextos para […]

24 comentários
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A pesquisa FSB/Veja, cuja íntegra você pode baixar aqui, nos enseja algumas especulações sobre a conjuntura política passada, atual e futura.

Aos ansiosos, haters e angustiados, um lembrete importante: pesquisas eleitorais são apenas fotografias imperfeitas, simplórias, quase ficcionais, de situações profundamente complexas. Para analisá-las com objetividade, é preferível pensar nelas tão somente como pretextos para se deflagrar debates, polêmicas e especulações analíticas.

Vale notar ainda que essa pesquisa, em particular, não é das melhores. Alguns elementos fundamentais foram omitidos.

Houve a decisão de oferecer alguns cenários de segundo turno com Lula, mas o petista não aparece em nenhum cenário de primeiro turno.

Ciro aparece em todos os cenários do primeiro turno, mas não há cenário com ele no segundo.

Também não foram divulgados os dados segmentados, por região, renda, sexo e escolaridade, que nos ajudam muito a entender a dinâmica do voto; supriremos essa lacuna usando os dados da pesquisa anterior.

Por fim, é lamentável que a pesquisa não tenha incluído o nome de Flavio Dino.

Vamos começar pelos cenários de segundo turno. Foram nove cenários.

Há dois cenários com Lula: com Bolsonaro e com Moro.

Lula perderia de ambos.

A se acreditar nessa pesquisa (e, por favor, pesquisa não é para “acreditar”, é apenas, repito, um pretexto para especulações), Lula não era tão imbatível como alguns pensavam.

Se considerarmos, de qualquer forma, a alta rejeição de Lula fora do Nordeste, detectada em inúmeras pesquisas, não é absurda a tese de que o petista perderia de Bolsonaro num eventual segundo turno.

É importante notar, todavia, que essa pesquisa se dá com Lula preso.

Com a liberdade do ex-presidente, e possível anulação de suas condenações, a do triplex e a do sítio, é esperável, que ele recupere parte de seu prestígio e popularidade, embora seja difícil pensar que se livrará inteiramente da forte rejeição que carrega.

Há também três cenários com Haddad: com Bolsonaro, com Moro e com Huck.

Haddad perderia dos três.

No gráfico que traz o cenário com Bolsonaro X Haddad, inseri uma tabela com a votação no segundo turno. Aí vale uma observação: há uma disparidade muito grande entre o voto computado, tanto no primeiro quanto no segundo turnos, e o perfil de voto dos entrevistados da pesquisa.

Enquanto Bolsonaro obteve 39% dos votos totais no segundo turno (não confundir com votos válidos) de 2018, as intenções de voto do presidente, nessa pesquisa, num eventual segundo turno com o mesmo adversário, Fernando Haddad, seriam de 47%.

Examinemos outros cenários de segundo turno.

Este é o cenário que me parece mais interessante, porque mais ou menos blindado de distorções que porventura possamos encontrar em outros cenários.

Moro é o candidato que oferece mais perigo ao bolsonarismo. E considerando as últimas trapalhadas de Brasília, um cenário em que ele seja candidato a presidente não nos parece tão absurdo.

É interessante constatar que Sergio Moro tem melhor performance que Bolsonaro, tanto contra Lula como contra Luciano Huck.

A possível (diríamos até provável) derrota dele no Supremo Tribunal Federal, quando sua atuação na condenação de Lula for considerada suspeita, despertará no ex-juiz, e em seus admiradores, a vontade de ir às forras nas urnas?

A performance de João Dória na pesquisa, tanto no primeiro quanto no segundo turno, confirma o que um observador atento da cena política pode constatar mesmo sem olhar pesquisa nenhuma: o eventual espaço eleitoral de Dória já foi tomado por Bolsonaro. Diferentemente de Huck, que tem espaço ainda para crescer entre os mais pobres, Doria poderia avançar sobre o eleitorado conservador de classe média, antipetista, mas esses já estão com Bolsonaro.

Agora vamos analisar os cenários do primeiro turno.

O cenário 1 mostra a liderança isolada de Jair Bolsonaro, caso as eleições fossem hoje, com 34%. Haddad tem a metade de seus votos, 17%, menos do que os 21% de votos totais que obteve no primeiro turno de 2018.

Luciano Huck tem 11% e Ciro oscilou dois para baixo, e agora tem 9%. Não houve mudança, portanto, expressiva em relação à pesquisa do mês anterior, de maneira que podemos usar a tabela segmentada dela para olhar para os dados de hoje.

Haddad é mais forte entre jovens, menos instruídos e mais pobres. Entre eleitores com até 1 salário, ele empata com Bolsonaro, com 23% das intenções de voto.

Entre eleitores que ganha mais de cinco salários, Bolsonaro tem 14%, Amoedo também 14% (o que é uma prova de que essa pesquisa não é tão boa), Haddad 14% e Ciro, 14%.  Os votos por escolaridade apresentam dinâmica parecida, sempre com um peso um tanto exagerado de João Amoedo, a julgar tanto por sua votação em 2018 quanto por sua presença nas redes sociais.

Abaixo, os outros cenários, que trazem a presença de Sergio Moro.

A pesquisa também mostra que há estabilidade nas avaliações do presidente e do presidente: 43% aprovam a maneira do presidente governar (eram 44% no mês anterior), e o governo tem 33% de ótimo e bom (eram 30% em agosto). 37% consideram o governo ruim ou péssimo (eram 35% em agosto).

O gráfico acima mostra que Sergio Moro segue sendo o ministro mais bem avaliado pela população: 36% acham que ele é o melhor ministro do governo. Reparem que o número dos que responderam “nenhum” subiu de 15% para 19%.

Conclusão

A decisão de incluir Luciano Huck em diversos cenários de segundo turno sinaliza algo que já se vem notando na movimentação de alguns setores da elite política, sem falar na movimentação do próprio apresentador. Há um desejo latente, destes setores, de promover a continuidade das políticas neoliberais abraçadas por Jair Bolsonaro (e que, a bem da verdade, atravessaram todos os governos desde a redemocratização), com uma liderança que produza menos ruídos políticos.

Há uma ambiguidade insuportável – para setores da elite – em Bolsonaro: ao mesmo tempo em que obedece caninamente a política econômica que interessa ao status quo, ele é rodeado de pseudo intelectuais que pregam a “ruptura” com o establishment, embora sem deixar claro o que isso significaria.

A julgar por essa pesquisa, uma terceira via progressista entre o bolsonarismo e o petismo, expressa numa eventual candidatura do Ciro, permanece uma promessa distante. A posição do pedetista nessa pesquisa mostra que Ciro mantém seu eleitorado cativo do primeiro turno, talvez perdendo alguns, ganhando outros, mas sem ainda oferecer perigo. Por outro lado, os prognósticos de que teria “morrido”, se convertido em “nova Marina’, também não se materializaram; ao contrário, Ciro segue firme. É uma pena, e até mesmo algo suspeito, que a pesquisa não tenha trazido cenários com Ciro no segundo turno. Nas pesquisas que antecederam o primeiro turno de 2018, o pedetista ganhava de todos os adversários.

Pelas declarações de Ciro ao longo de ano, está claro que ele entendeu que o espaço que tem para crescer está entre o eleitorado crítico tanto ao PT quanto ao governo Bolsonaro. Seus principais adversários, portanto, são Luciano Huck, que tentará costurar uma terceira via mais à direita, e Lula, cujo núcleo duro  deve estar hoje em torno de 20%.

Outro elemento que faz falta, e teremos de aguardar outras pesquisas, é a rejeição dos diferentes candidatos.

***
Atualização: A VEJA divulgou alguns paineis com a segmentação da pesquisa por renda, região, escolaridade e sexo, mas apenas para o cenário de um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Lula. Os números mostram que a dinâmica permanece exatamente a mesma que levou à eleição de Bolsonaro: eleitores com renda familiar acima de 2 salários, residentes do Sudeste, do sexo masculino, e com escolaridade média para cima, votando em peso em Bolsonaro.

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Comentários

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degas

19/10/2019 - 14h37

Entre quem tem do ensino fundamental para cima o PT, novamente, não terá chance. Com nível superior então, ele praticamente se limita à turminha das “humanas”, onde, como regra, a repetição de chavões elimina a necessidade de raciocínio.

O problema é entre os mais ignorantes e desinformados, que foram manipulados por longos 14 anos de lavagem cerebral petista. Esses caras pensam que o país bombou na época do boom das commodities por causa do Lula, não sabem que as bolsas foram criadas pelo FHC, etc.

E quanto mais baixo o nível, mais lulopetista o cara é. Entre os recebedores do Bolsa Família (25% do país e quase metade do Nordeste) o partido do criminoso chegou perto de 80% de aprovação. A questão é que o Bolsonaro vai atacar esse público de maneira igualmente demagógica, o 13° do BF é o começo. Se ele tiver certo sucesso na empreitada fica bem nas duas pontas e se torna imbatível.

marcos

19/10/2019 - 10h12

tudo depende da midia. é o poder n.1, sobretudo num pais de gente com pouca cultura (tambem os com ensino superior) e conformista. o brasileiro detesta pensar diferente, adora a moda do momento, tem o terror de ser considerado um “revoltado”.
e a midia inteira (aquela que tem a grande audiencia) é antiPTista, alias antiesquedista.
faz 6 anos que nao transmite UM MINUTO de entrevista na tv com UM cara de esquerda. boicote total.
isso é ditadura.
a midia toda é financiada por ricos empresarios e tem ligaçoes con os patroes americanos e ambas estas facçoes nao querem ver nada de esquerda nem pintada.
a midia CRIA a cabeça das pessoas, é só ocultar as verdades e repetir 1000 vezes as falsidades e o jogo está feito. as pessoas acreditam mais na midia do que nos proprios olhos.
deveria existir uma midia PUBLICA, como na europa, que POR LEI dá a mesma audiencia para todos os partidos e em todos os programas (nao só na propaganda eleitoral).

    Evandro Garcia

    19/10/2019 - 12h27

    A Globo é a mesma que recebeu bilhões durante os governos Petistas ou é outra…?

      Francisco

      19/10/2019 - 14h08

      A mesma golpista e se der ao trabalho de informar-se descobrirá que os ‘bilhões’ recebidos pela Globo, pouco importa qual seja de fato o montante, representará proporcionalmente a fatia com a qual deveria ser contemplada, conforme as regras estabelecidas na SECOM para tanto, pois se já esqueceu o PT era então e continua sendo um partido democrata, que respeita as regras estabelecidas e cumpre a constituição, ao contrário do que lhe representa, que não respeita a constituição e, pior, é golpista.

    Andressa

    19/10/2019 - 12h28

    O mesmo discurso valia quando o PT ganhava as eleições ou só agora que perdeu ?

      Benoit

      19/10/2019 - 13h36

      O discurso existe e foi reforçado exatamente porque o PT ganhou eleições. No final o discurso de propaganda foi mais forte do que o bom senso. Hoje os brasileiros estão alegres contemplando a destruição progressiva do país. A única preocupação dos brasileiros é o comunismo na maior parte do mundo e em Cuba. Isso sim deixa os brasileiros apavoradíssimos.

      Francisco

      19/10/2019 - 13h58

      Uai!
      De 2003 a 2016, os golpistas e adestrados como tu gritaram mês sim o outro também, “o PT quer calar a mídia”, a cada critica do PT sobre esse contínuo comportamento parcial da dita e a defesa da regulação da mesma, conforme pede a Constituição e até hoje não realizada, ou sonhamos todos os que tem olhos de ver, ouvido de ouvir e cabeça de pensar, com isso?
      A mediocridade continua na moda.

      marcos

      19/10/2019 - 20h17

      andressa,
      quando ganhava o PT nao via boicotes de gente de direita na TV.
      nem exercitos virtuais de imbecis nas redes sociais espalhando esquizofrenia.

Mocelin

19/10/2019 - 09h19

A turma do bozo seus robos tuitando 2 dias sem parar.
O festival de fake news e hipocrisia continua.

Fred

19/10/2019 - 08h18

Novas revelações do theintercept;
https://theintercept.com/2019/10/19/sergio-moro-policia-federal-lava-jato/

‘RUSSO DEFERIU UMA BUSCA QUE NÃO FOI PEDIDA POR NINGUÉM’
Sergio Moro também direcionava ações da Polícia Federal na Lava Jato – delegados, sabendo que era errado, esconderam orientação do juiz.

Alan C

19/10/2019 - 07h18

Duas faces da mesma moeda, duas porcarias que se retroalimentam e que o Brasil precisa se livrar.

Wil

19/10/2019 - 03h06

As pesquisas erraram com Bolsonaro no segundo turno… Na minha opinião, Bolsonaro não tem a mínima chance contra Lula em uma possível eleição. Ainda mais com esse fiasco de governo que anda fazendo, perdendo a credibilidade até com os eleitores que o defendiam ferrenhamente.

Manuel Feijó

19/10/2019 - 00h55

“O cidadão comum é fascista” – Bertolt Brecht

Netho

18/10/2019 - 20h52

Lula encontra-se em estado delirante e não é mais capaz de articular Lé com Cré.
Infelizmente, a extrema-direita joga com as brancas e continuará derrotando uma oposição que perdeu completamente o rumo e encontra-se irremediavelmente fragmentada.
Sem capacidade nem condições de acumular forças suficientes para o enfrentamento com a Era Beócia em franco processo de consolidação.
A prova cabal do delírio do ex-metalúrgico que virou garapa na moenda de Curitiba é o convite que acaba de fazer a Marta Suplicy do PMDB do “MT”.

    Batista

    19/10/2019 - 14h14

    Napoleão, muita calma nessa hora, guenta firme aí, que estão providenciando-lhe o remedinho.

NeoTupi

18/10/2019 - 20h42

Só faço uma ressalva:
De acordo com a página 8 da pesquisa, ela própria admite que captou desproporcionalmente mais eleitores do Bozo do que dos demais candidatos.
Eis a pergunta:
“No primeiro turno das eleições presidenciais do ano passado, você votou em Jair Bolsonaro, em Fernando Haddad, em Ciro Gomes, em outro candidato, em branco ou nulo ou não foi votar?(ESTIMULADA E ÚNICA)”
45% do universo de pesquisados foram eleitores do Bozo, enquanto nas urnas foi 33% do universo de eleitores.
Na realidade capturou na amostra proporção muito maior de eleitores da direita do que da esquerda e desalentados. E isso infla de forma irreal os resultados de praticamente todos os candidatos de direita.
Sem equalizar esses números, isso dá uma distorção enorme (diferença de 12% sobre 33%, algo como os percentuais de Bozo e candidatos similares de direita podem ter ser até 36% abaixo do que aparecem nos resultados, se repetir a pesquisa com a amostra proporcional aos votos reais de 2018).

Paulo

18/10/2019 - 18h42

Moro é o Bolsonaro esclarecido?

    Oblivion

    18/10/2019 - 20h35

    Esclarecido, nesse caso, não seria uma palavra forte demais?
    Eu diria, no máximo, pretensamente instruído. Por quem? Deixou em aberto… (Sic).
    Quanto à pesquisa, temo, sinceramente, que traduza a real situação…. Um monte de pobres coitados (sem importar o saldo no banco) apoiando um governor de hospício, porém, com vergonha de assumir publicamente.
    Enquanto isso o pt brinca de Lula livre e ataca qualquer alternativa potencial que não traga esse partideco como cabeça de chapa. Que se….

    Marcelo abb

    19/10/2019 - 06h08

    Não.

    É o Bolsonaro mais burro, mais psicopata, mais fascista, mas menos idiota e imbecilizado.

    Assim como Amoedo é um Bolsonaro gourmet, moro é um Bolsonaro com grife.

Franco

18/10/2019 - 18h22

Primeiramente, acho que projetar um cenário em 2022 é exercício de prestidigitação como um dia disse o saudoso Leonel de Moura Brizola, uma futurologia desprovida de experiência científica uma vez que a opinião do eleitor muda com o desenrolar dos acontecimentos.

Outro aspecto é que insistir na polarização é burrice. As esquerdas têm que se unir em torno de uma candidatura consequente, coerente e carismática para trazer de volta os eleitores que se abstiveram ou votaram nulo no último pleito presidencial (40 milhões, mais ou menos).

Esse candidato tem que mostrar-se uma nova opção de terceira via e ser diferente em pensamentos, palavras e ações das figurinhas carimbadas de todas as eleições, inclusive o Lula. O ex-presidente petista tem que refletir e para isso agora dispõe de tempo sobrando, fazer um mea culpa do que deixou de implementar por conveniência ou temor das forças ocultas e curtir os últimos dias do final de sua vida até mesmo no sítio de Atibaia ou na sua bucólica e agradável Garanhuns de clima similar a Campos do Jordão e Petrópolis, pelo menos durante a noite. Dedicar-se às orações no mosteiro de São Bento e pedir paz e tranquilidade à sua Santa Galega que habita a morada dos justos.

Se continuarem insistindo nas mesmas candidaturas poderão aí sim, favorecer a extrema direita que vem se mostrando viável no vácuo da cegueira dos menos esclarecidos e dos oportunistas da elite do atraso.

ricardo

18/10/2019 - 16h50

O bolsonaro agora, ta por baixo dos panos mexendo todos pauzinhos para que lula seja solto.A melhor coisa do mundo pro bolsonaro e lula solto dando entrevistas e o pt em extase!!
Assim ele pode novamente bater no pt e se alavancar para 2022!!
Se o pt nao se aliar a outros partidos de esquerda vai ter o desprazer de ver o proprio lula perder eleicao pra bolsonaro!!

Miramar

18/10/2019 - 16h48

Pesquisa interessante. Os critérios parecem bem sérios.
Lamento a falta de simulação de cenários de segundo turno com Ciro, mas mesmo essa ausência parece comprovar que o maior adversário de Ciro é o Luciano Huck. Ambos se colocam como terceira via, ainda que com idéias econômicas radicalmente distintas. Huck não tem diferenças substanciais nessa esfera com Paulo Guedes, que já foi seu conselheiro econômico. De uma certa forma, é uma diferença entre terceira via de direita liberal e terceira via de centro-esquerda.
Moro, sou obrigado a reconhecer, segue sendo o político mais popular do Brasil.
Bolsonaro, como Lula, parece manter um número aproximado de membros do “núcleo duro”. Aliás, a possível vitória de Bolsonaro (se esse terminar o governo) deve-se ao reconhecimento da população como o representante mais famoso do antipetismo, que é sem dúvida a maior força política do país.
Também se acrescente: se alguém é fanático o suficiente para acreditar que a esquerda purinha de PT e agregados têm chance, pode tirar o cavalo da chuva. Mais uma vez, a força eleitoral de Lula só servirá como um espantalho assustador para fazer a população a escolher o antipetista com mais chance.

    Alan C

    19/10/2019 - 07h20

    Tirando o fato de associar o PT à esquerda, concordo com tudo.

marco

18/10/2019 - 16h44

” Lula Livre” !
Pois esse judiciário calhorda condenou sem provas.
Agora , votar no Pt, nunca mais.


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