
“A esquerda brasileira ficou chata e apegada a dogmas. A esquerda nunca defendeu o bandido, e não pode ser a defensora dos bandidos. A esquerda defende o cidadão, o povo pobre.”
“Deu tapa na cara de velha e de velho pobre, expulsou o cara e aluga o apartamento de pobre. O pobre hoje, que podia estar comprando um gás a R$ 80, compra o gás a R$ 120, porque o vagabundo está vendendo gás.”
As frases foram pinçadas da entrevista que o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, concedeu ao programa Jogo de Poder, condzido pelo jornalista Ricado Bruno, no último domingo 06 de abril de 2025.
Trecho completo sobre segurança pública:
Ricardo Bruno, âncora do Jogo do Poder: Quaquá, segurança pública, outro tema importante, você anunciou essa semana o armamento da guarda municipal de Maricá e usou para, digamos, arrematar sua fala sobre isso a frase: “olha, estamos fazendo isso, vamos enfrentar, vamos desocupar territórios que estão ocupados, e quem resistir, bandido que resistir, vai pra vala.”
Essa frase, obviamente, que traz uma estupefação em setores da esquerda, da qual você participa… estimula discussões no âmbito da esquerda. Eu queria que você explicasse um pouco mais essa fala, explicasse um pouco mais esse projeto seu de enfrentamento duro da ação dos traficantes, dos narcotraficantes, de forma absolutamente apartada, digamos, do que é convencional na esquerda, que é ter uma abordagem um pouco mais comedida quando se fala em segurança pública.
Quaquá: “A esquerda brasileira ficou chata e apegada a dogmas. A esquerda nunca defendeu o bandido, e não pode ser a defensora dos bandidos. A esquerda defende o cidadão, o povo pobre.
E não é contra narcotraficante. Cheira quem quer. Não é problema meu. Se o cara quer meter o nariz dele e morrer metendo o nariz, é problema dele. E eu não quero saber se o cara vende ou deixa de vender. Sabe o que eu estou preocupado, Ricardo? Lá no Minha Casa Minha Vida, de Itaipuaçu, o vagabundo lá tomou 200 casas de gente pobre.
Deu tapa na cara de velha e de velho pobre, expulsou o cara e aluga o apartamento de pobre. O pobre hoje, que podia estar comprando um gás a R$ 80, compra o gás a R$ 120, porque o vagabundo está vendendo gás.
Então é o seguinte, se ele vendesse a porcaria dele lá para o malandrinho, para o classe média que quer cheirar, problema deles, de um e de outro. Não estou preocupado com isso. Estou preocupado quando o vagabundo, que a partir das milícias e agora o tráfico pegou essa tecnologia, começa a dar tiro e fazer barricada, começa a tomar apartamento de pobre, começa a tomar o negócio do pequeno comerciante que vende o gazinho dele, a água dele, o cara tá entrando no negócio dele.
Quando ele começa a tomar território, o Estado Democrático de Direito tem que retomar o território. E não se retoma o território dando rosa pro malandro. Se toma com fuzil enfrentando fuzil. E as forças de segurança não têm apenas o direito, como o dever de abater o filho da puta desse.”
A íntegra da entrevista pode ser vista aqui.
https://www.youtube.com/embed/aQCjkxCXvA0?si=SzlJGDDvrAkqRwRC