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Em 1ª declaração sobre tarifaço, Xi diz não temer ‘repressão injusta’ e pede união com UE contra ‘intimidação’ de Trump

Líder chinês fez declarações em visita à Espanha; ele vai depois ao Vietnã e Malásia A China “nunca dependeu de favores alheios e jamais se intimidou diante de qualquer repressão injusta”, disse o presidente chinês Xi Jinping nesta sexta-feira (11). Foi a primeira vez que Xi se refere ao assunto, desde a primeira ordem executiva […]

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Andres Martínez Casares - AFP

Líder chinês fez declarações em visita à Espanha; ele vai depois ao Vietnã e Malásia

A China “nunca dependeu de favores alheios e jamais se intimidou diante de qualquer repressão injusta”, disse o presidente chinês Xi Jinping nesta sexta-feira (11). Foi a primeira vez que Xi se refere ao assunto, desde a primeira ordem executiva de Donald Trump assinada em 1° de fevereiro, impondo a primeira tarifa de 10% aos produtos chineses.

Sem mencionar os EUA ou Trump, o presidente chinês convocou a União Europeia a “resistir conjuntamente à intimidação unilateral”. O mandatário chinês disse que durante mais de 70 anos “o desenvolvimento da China sempre foi baseado na autossuficiência e no trabalho árduo e incansável”.

Não se tratou de pronunciamento, mas de fala feita durante reunião com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, em Pequim, o que pode ser um indicador do futuro posicionamento chinês em relação à política do governo dos Estados Unidos.

Xi Jinping também reiterou que “não haverá vencedores em uma guerra tarifária, e que ir contra o mundo significa se isolar”, um posicionamento que tem sido reiterado pelos porta-vozes de diferentes ministérios do governo chinês desde o início da implementação de tarifas por parte da administração Trump.

“A China e a UE devem cumprir suas responsabilidades internacionais, salvaguardar conjuntamente a tendência da globalização econômica e o ambiente do comércio internacional”, destacou o presidente chinês na conversa com seu par espanhol. Também chamou ambas partes a defenderem “não apenas seus próprios direitos e interesses legítimos, mas também a equidade e a justiça internacionais, e salvaguardar as regras e a ordem internacionais”.

“Nas circunstâncias atuais, é de grande importância prática construir em conjunto as quatro principais parcerias China-União Europeia de paz, crescimento, reforma e civilização”, disse Xi, em referência a uma proposta que ele próprio fez em 2014. Dez anos depois, em 2024, a China se manteve como terceiro principal destino das exportações do bloco europeu com 8,3%, depois dos Estados Unidos (20,6%), e Reino Unido (13,2%).

Na agenda em Pequim, Sánchez se reuniu com empresas dos setores automobilístico, de baterias e de energias renováveis. O objetivo foi atrair investimentos chineses na Espanha que gerem “valor agregado e emprego de qualidade”, segundo La Moncloa (sede da presidência espanhola).

China intensifica diálogo com parceiros comerciais

Trump teria dito a sua equipe esta semana, que aguarda que a China faça o primeiro movimento e entre em contato com a Casa Branca, de acordo com a CNN, pelo fato de a China ter escolhido retaliar. Mas o clima no governo chinês não parece ser de responder às condições do governo Trump.

Em 30 de março, China, Japão e Coreia do Sul realizaram sua primeira reunião econômica em cinco anos, na 13ª Reunião Trilateral de Ministros da Economia e Comércio dos três países. O objetivo foi fortalecer a colaboração em comércio e investimento e avançar na cooperação regional e multilateral.

Nesta sexta (11), foi anunciado que Xi Jinping visitará o Vietnã, Malásia e Camboja na semana que vem. Os três países foram objeto de algumas tarifas mais altas (agora reduzidas a 10%), principalmente Vietnam (46%) e Camboja (49%); a Malásia tinha recebido 24% de taxas de importação.

Xi estará no Vietnã nos dias 14 e 15 de abril, e estará na Malásia e no Camboja entre os dias 15 e 18 de abril.

Publicado originalmente pelo Brasil de Fato em 11/04/2025

Por Mauro Ramos

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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