O dólar à vista iniciou a sessão desta sexta-feira, 11, em queda frente ao real, revertendo os ganhos observados no dia anterior. A movimentação ocorre em meio à repercussão de novas tensões comerciais entre Estados Unidos e China e à divulgação de indicadores econômicos no Brasil.
Às 9h11, a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,8327 na venda, com recuo de 1,12% em relação ao fechamento anterior. No mercado futuro da B3, o contrato de dólar com vencimento mais próximo registrava baixa de 0,95%, cotado a R$ 5,843.
Na sessão de quinta-feira (10), o dólar à vista encerrou o pregão com alta de 0,89%, cotado a R$ 5,8990. A variação refletiu o aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais, impulsionada pelas declarações de autoridades norte-americanas sobre barreiras comerciais e medidas restritivas aplicadas à China em setores estratégicos.
Nesta sexta-feira, os investidores monitoram o desdobramento das disputas comerciais, ao mesmo tempo em que avaliam os impactos da política econômica local. Dados divulgados nesta manhã apontaram variações nos indicadores de inflação e atividade no Brasil, influenciando as expectativas para os próximos passos da política monetária.
O Banco Central anunciou para esta sessão um leilão de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional. A operação tem como objetivo realizar a rolagem do vencimento previsto para 2 de maio de 2025. Os leilões de swap cambial são utilizados pela autoridade monetária como instrumento de gestão da liquidez e da volatilidade no mercado de câmbio.
O desempenho do real nesta manhã acompanha também os movimentos das moedas de países emergentes, que operam com resultados variados diante do cenário externo incerto. As oscilações nos mercados globais têm sido impactadas por revisões de expectativas sobre crescimento econômico, inflação e juros nos Estados Unidos, além das preocupações com o comércio internacional.
Operadores apontam que o mercado cambial brasileiro segue sensível a fatores externos e ao fluxo de capital estrangeiro, além de manter atenção às sinalizações de política monetária do Banco Central. As decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), bem como os próximos dados de inflação, devem influenciar o comportamento da moeda nas próximas semanas.
A cotação do dólar no Brasil tem refletido tanto fatores locais quanto externos. No plano doméstico, o foco dos agentes econômicos está voltado para os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além das informações sobre o desempenho da atividade econômica, como o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).
Esses indicadores são considerados relevantes para balizar as projeções sobre a taxa básica de juros (Selic) e o ritmo de crescimento da economia.
No cenário externo, as incertezas em torno das relações comerciais entre Estados Unidos e China continuam a gerar volatilidade.
Medidas adotadas por Washington, incluindo novas tarifas e restrições a empresas chinesas, têm alimentado temores de impactos sobre o comércio global.
A reação da China e o desenrolar das negociações entre os dois países permanecem no centro das atenções dos mercados.
A queda do dólar nesta manhã ocorre após um período de valorização da moeda norte-americana, impulsionado por incertezas políticas e econômicas. A movimentação atual é interpretada como uma correção, com os investidores ajustando posições diante das novas informações econômicas e geopolíticas.
Nas próximas sessões, o comportamento do câmbio deve continuar sujeito à divulgação de indicadores relevantes e ao ambiente internacional. As declarações de autoridades monetárias dos principais países, assim como decisões sobre juros nos Estados Unidos, Europa e Brasil, permanecem como fatores determinantes para o direcionamento do dólar frente ao real.
O leilão de swap promovido pelo Banco Central nesta sexta-feira é parte da estratégia regular de administração da dívida cambial e das operações de hedge do mercado. A autoridade monetária tem utilizado esse instrumento para mitigar a pressão sobre o câmbio em momentos de maior instabilidade.
O desempenho do dólar ao longo do dia dependerá da evolução dos mercados financeiros, da leitura dos dados econômicos e do fluxo de notícias sobre o cenário internacional. Até o momento, a tendência é de desvalorização da moeda em relação ao real, influenciada por uma combinação de fatores externos e internos.
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