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EUA desistem de impor novas restrições à exportação de chips de IA da Nvidia para a China

O governo dos Estados Unidos decidiu suspender os planos de implementar novas restrições à exportação dos chips H20 da Nvidia para a China. A mudança ocorre após um encontro entre o CEO da empresa, Jensen Huang, e representantes do governo norte-americano durante um jantar realizado em Mar-a-Lago na semana passada. A informação foi divulgada pela […]

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O governo dos Estados Unidos decidiu suspender os planos de implementar novas restrições à exportação dos chips H20 da Nvidia para a China.

A mudança ocorre após um encontro entre o CEO da empresa, Jensen Huang, e representantes do governo norte-americano durante um jantar realizado em Mar-a-Lago na semana passada. A informação foi divulgada pela agência Reuters, com base em reportagem da NPR, nesta quarta-feira, 10.

Os chips H20 são os mais avançados legalmente disponíveis para o mercado chinês sob os atuais controles de exportação dos EUA. De acordo com a NPR, o governo norte-americano preparava, há meses, novas medidas de restrição a esses semicondutores.

A decisão de suspender os planos ocorreu após a Nvidia ter se comprometido com novos investimentos em infraestrutura de data centers de inteligência artificial nos Estados Unidos.

A Reuters afirmou que tanto a Casa Branca quanto a Nvidia foram procuradas para comentar o assunto, mas não responderam até o fechamento da matéria. As medidas que vinham sendo elaboradas visavam intensificar as restrições impostas anteriormente à venda de chips de inteligência artificial produzidos por empresas norte-americanas para clientes chineses, ampliando os mecanismos já em vigor desde o governo anterior.

Segundo reportagens anteriores, o Departamento de Comércio dos EUA vinha considerando limitar ainda mais as remessas de chips H20 à China desde o início do ano. Em janeiro, a própria Reuters informou que essas ações estavam sendo estudadas como parte de um esforço mais amplo de controle da tecnologia sensível de inteligência artificial.

Em fevereiro, a agência noticiou que a demanda por chips H20 vinha crescendo na China, especialmente devido ao aumento na produção de modelos de IA de menor custo por startups locais, como a DeepSeek. Esse movimento gerou preocupação entre autoridades norte-americanas sobre a capacidade da China de continuar desenvolvendo tecnologias avançadas mesmo diante das sanções.

A China tem reagido às medidas norte-americanas com críticas frequentes. Em coletiva de imprensa realizada em 25 de fevereiro, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, condenou os esforços dos Estados Unidos para endurecer os controles de exportação e pressionar aliados a adotar ações semelhantes contra a indústria chinesa de semicondutores.

“Deixamos clara nossa posição solene mais de uma vez sobre o bloqueio e a supressão maliciosos da indústria de semicondutores chinesa pelos EUA”, afirmou Lin.

O porta-voz também acusou os Estados Unidos de politizar questões comerciais e tecnológicas, ampliando o conceito de segurança nacional para justificar ações unilaterais.

“Os EUA exageraram o conceito de segurança e usaram essas questões como ferramentas, intensificando os controles de exportação de chips contra a China e coagindo outros países a perseguir a indústria chinesa de semicondutores”, disse.

Lin acrescentou que tais medidas dificultam o desenvolvimento da indústria global de semicondutores e poderão, segundo ele, ter efeitos negativos sobre a própria economia norte-americana. “No final, serão contraproducentes e prejudicarão os próprios EUA, bem como outros”, concluiu.

A decisão dos EUA de não seguir adiante com as novas restrições ocorre em um contexto de tensão comercial e tecnológica prolongada entre Washington e Pequim, marcada por sanções, contramedidas e disputas em organismos internacionais. A área de semicondutores, considerada estratégica por ambos os países, é um dos principais focos dessas disputas.

As políticas de controle de exportações implementadas nos últimos anos têm como objetivo limitar o acesso da China a tecnologias consideradas sensíveis, incluindo processadores utilizados em treinamentos de modelos avançados de inteligência artificial e em aplicações de segurança.

Com o recuo do governo norte-americano, a Nvidia continuará autorizada a exportar os chips H20 para o mercado chinês nos moldes atuais. A expectativa é que a empresa mantenha os compromissos assumidos com o governo dos EUA em relação ao fortalecimento da infraestrutura tecnológica doméstica.

Ainda não há confirmação oficial sobre os termos exatos do acordo informal entre a Nvidia e autoridades norte-americanas. Também não há, até o momento, indicação de que a suspensão das restrições seja definitiva. As discussões em torno de novas regras para exportação de semicondutores seguem em andamento no Departamento de Comércio dos EUA e em outras agências reguladoras.

Com informações da Global Times

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