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China reduz exibição de filmes americanos em resposta ao tarifaço de Trump

A China anunciou uma redução substancial no número de filmes americanos exibidos em seu território, em resposta direta às novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida foi divulgada nesta quinta-feira, 10, por um porta-voz da China Film Authority, órgão responsável pela regulamentação do setor audiovisual no país, e repercutida pela […]

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MANDEL NGAN, GREG BAKER / AFP

A China anunciou uma redução substancial no número de filmes americanos exibidos em seu território, em resposta direta às novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A medida foi divulgada nesta quinta-feira, 10, por um porta-voz da China Film Authority, órgão responsável pela regulamentação do setor audiovisual no país, e repercutida pela agência de notícias estatal chinesa. As informações foram inicialmente reportadas pela CNN Brasil.

O porta-voz da China Film Authority declarou que as tarifas dos EUA terão um impacto no apelo dos filmes americanos no mercado chinês.

“As tarifas de Washington sobre a China inevitavelmente reduzirão o apelo dos filmes americanos para o público chinês”, afirmou o representante oficial.

Além disso, a autoridade ressaltou que a decisão de reduzir a exibição de filmes será fundamentada em “princípios de mercado” e nas preferências do público local.

“Seguiremos as regras de mercado, respeitaremos a escolha do público e reduziremos adequadamente o número de importações de filmes americanos”, concluiu.

Essa ação faz parte de uma série de retaliações adotadas pela China após o aumento das tarifas para 125% sobre produtos chineses, uma escalada significativa na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Como resposta, a China impôs tarifas de 84% sobre produtos americanos, além de medidas mais severas, como a inclusão de 12 empresas dos EUA em uma lista de restrições comerciais, e a adição de outras seis a uma lista de entidades consideradas “não confiáveis”.

Apesar dessa intensificação das tensões comerciais, o governo chinês enfatizou que seu compromisso com a abertura do mercado audiovisual permanece inalterado.

“Sempre aderimos a um alto nível de abertura ao mundo exterior e apresentaremos mais filmes excelentes do mundo para atender à demanda do mercado”, afirmou o porta-voz, indicando que a redução na exibição de filmes americanos não reflete uma mudança na política de abertura do mercado chinês, mas sim uma adaptação às circunstâncias políticas e comerciais.

A redução das exibições de filmes americanos pode ter impactos significativos tanto na indústria cinematográfica dos EUA quanto no mercado chinês.

O setor audiovisual é um dos principais canais de exportação cultural dos Estados Unidos, e a China, com seu enorme mercado consumidor, representa um dos destinos mais lucrativos para os filmes hollywoodianos.

A medida pode afetar a receita de bilheteira de grandes produções, como blockbusters de Hollywood, além de reduzir as oportunidades para empresas americanas no mercado de entretenimento chinês.

Este movimento faz parte de um padrão mais amplo de retaliações econômicas entre os dois países. A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China já dura vários anos, com cada país adotando tarifas e restrições comerciais sobre produtos do outro.

A medida relacionada aos filmes reflete a complexidade das relações comerciais entre as duas potências, que têm impactos não apenas nas economias, mas também em setores culturais e industriais.

A indústria cinematográfica dos EUA, especialmente Hollywood, tem se preocupado com as consequências das políticas comerciais de Trump. Em resposta às tensões, várias produções americanas têm enfrentado desafios para serem exibidas na China, que é um mercado cada vez mais importante para a rentabilidade global de filmes.

A medida chinesa é vista como uma resposta ao aumento das tarifas dos EUA, que afeta diretamente os produtos chineses, mas também tem repercussões para os interesses comerciais de ambos os países em diversos setores.

A retaliação da China também destaca as dificuldades que as empresas dos EUA enfrentam para operar em mercados internacionais, especialmente quando as políticas comerciais e as relações diplomáticas estão em constante fluxos.

A decisão de reduzir a exibição de filmes americanos pode ser vista como uma tentativa de Pequim de pressionar Washington a reconsiderar sua abordagem nas negociações comerciais e de sinalizar que o setor cultural também pode ser um campo de disputa na guerra comercial.

Enquanto as relações comerciais entre os dois países continuam a evoluir, a medida chinesa serve como um lembrete das complexas interações entre política, comércio e cultura, e dos efeitos que as decisões econômicas podem ter em indústrias globais.

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