Livro expõe como think tanks e redes sociais orquestram a dominação da extrema direita, da ditadura militar à era das fake news
Em “Domínio das Mentes: do Golpe Militar à Guerra Cultural”, o autor Aldo Arantes traça um panorama contundente sobre a ascensão da extrema direita no Brasil e no mundo, revelando as engrenagens por trás da dominação ideológica que ameaça a democracia. Com base na teoria da hegemonia de Gramsci, a obra desvenda como elites conservadoras e neoliberais manipulam a opinião pública por meio de think tanks, mídia tradicional e redes sociais.
Arantes conecta o passado autoritário brasileiro ao presente, mostrando como a Doutrina de Segurança Nacional ainda influencia setores das Forças Armadas. O livro denuncia o lawfare – uso político do sistema judicial – e as fake news como instrumentos modernos de perseguição a lideranças progressistas, criando bolhas de radicalização que substituem o debate por emocionalismo e mentiras.
Big Techs e algoritmos: o controle invisível
Um dos alertas centrais da obra é sobre o poder das plataformas digitais. Arantes demonstra como algoritmos das grandes empresas de tecnologia (Big Techs) moldam comportamentos políticos, privilegiando engajamento em detrimento da verdade. A solução? Regulamentação urgente para frear a manipulação em massa.
O autor expõe o neoliberalismo como alicerce do projeto autoritário, analisando o desmonte de conquistas trabalhistas – como a Reforma de 2017 – e seu impacto na desigualdade. A crítica se estende a figuras como o bilionário Charles Koch, cuja rede de think tanks transformou ideias extremistas em políticas públicas.
Mais do que diagnóstico, “Domínio das Mentes” aponta caminhos. Arantes defende a educação política e a organização popular como antídotos contra o avanço autoritário, propondo um novo modelo de desenvolvimento com justiça social.
Lançado em um momento de polarização global, o livro é um farol para compreender as raízes da guerra cultural e os riscos à liberdade. Fundamental para estudiosos, militantes e qualquer cidadão preocupado com o futuro da democracia.
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