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Dólar dispara no Brasil em meio a guerra comercial entre EUA e China

Os mercados financeiros internacionais iniciaram a semana em queda acentuada nesta segunda-feira, 7, refletindo o aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O movimento ocorre após a decisão de Pequim, na última sexta-feira, 4, de adotar medidas retaliatórias contra as tarifas impostas por Washington. A reação gerou aumento da aversão ao risco entre […]

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Os mercados financeiros internacionais iniciaram a semana em queda acentuada nesta segunda-feira, 7, refletindo o aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

O movimento ocorre após a decisão de Pequim, na última sexta-feira, 4, de adotar medidas retaliatórias contra as tarifas impostas por Washington. A reação gerou aumento da aversão ao risco entre investidores. As informações são da CNN Brasil.

No Brasil, o dólar abriu em alta de 0,82%, sendo negociado a R$ 5,8859 na venda. Os contratos de juros futuros também registraram alta, em sintonia com o comportamento dos mercados internacionais.

Até o momento da publicação do relatório, a B3 — Bolsa de Valores brasileira — ainda não havia iniciado o pregão, com abertura prevista para as 10h, no horário de Brasília.

Nos Estados Unidos, os contratos futuros dos principais índices acionários apresentavam perdas significativas. O S&P 500 recuava 1,97%, o Nasdaq 100 caía 2,15% e o Dow Jones apresentava queda de 2,02%.

O S&P 500 já acumula desvalorização superior a 20% em relação ao pico recente, configurando tecnicamente a entrada em um “bear market” (mercado em baixa).

Desde o anúncio das novas tarifas por parte do presidente norte-americano Donald Trump, o índice S&P 500 acumulou queda de 10,5% em apenas duas sessões, com uma perda de aproximadamente US$ 5 trilhões em valor de mercado. Trata-se da pior sequência desde março de 2020, durante o início da pandemia de Covid-19.

Em entrevista concedida no domingo, 6, Trump afirmou que não pretende iniciar negociações com a China enquanto o déficit comercial dos Estados Unidos não for resolvido. “Os investidores devem suportar as consequências das minhas ações”, declarou o presidente.

Segundo analistas ouvidos pela reportagem, a declaração reforçou o tom de endurecimento da postura norte-americana e reduziu a possibilidade de distensão no curto prazo.

“Havia alguma esperança no fim de semana de que talvez pudéssemos ver o início de uma negociação, mas as mensagens que vimos até agora sugerem que o presidente Trump está confortável com a reação do mercado”, afirmou Richard Flax, diretor de investimentos da gestora Moneyfarm.

Na Europa, os mercados também operavam em baixa. O índice pan-europeu STOXX 600 registrava queda de 4,2%, atingindo 475,15 pontos, acumulando sua quarta sessão consecutiva de perdas.

O desempenho do índice se aproxima da maior queda percentual diária desde o auge da crise sanitária global. As autoridades europeias ainda avaliam possíveis contramedidas comerciais, que podem atingir até US$ 28 bilhões em importações provenientes dos Estados Unidos.

No continente asiático, os mercados encerraram o pregão com fortes perdas. O índice Hang Seng, de Hong Kong, registrou queda de 13,22%, a maior perda diária desde 1997. O recuo foi liderado por ações dos setores de tecnologia, bancos, comércio eletrônico e energia solar.

O CSI300, índice da China continental, encerrou o dia com baixa de 7,05%, mesmo após a atuação da Central Huijin — braço estatal voltado à estabilização de mercado — que ampliou suas posições em empresas locais.

O mercado de energia também foi afetado. Os contratos futuros do petróleo tipo Brent registravam queda de US$ 1,74 (-2,65%), sendo cotados a US$ 63,84. Já o WTI recuava US$ 1,64 (-2,65%), com cotação de US$ 60,35.

Ambos os contratos operam nos menores níveis desde abril de 2021. Na sexta-feira (4), o Brent já havia acumulado perda de 7% após a divulgação das tarifas retaliatórias da China.

As criptomoedas acompanharam o movimento de aversão ao risco. O Bitcoin (BTC) registrava queda superior a 7%, sendo negociado a US$ 76.712, abaixo do nível de US$ 80 mil alcançado após a reeleição de Trump em 2025.

O Ethereum (ETH) e a Solana (SOL) apresentavam retrações próximas de 10%. Já o XRP recuava cerca de 7%. Os preços de referência eram: ETH a US$ 1.618, SOL a US$ 107,91 e XRP a US$ 1,99, segundo dados da plataforma Binance.

Com a ausência de sinais de recuo por parte do governo dos Estados Unidos, a atenção do mercado se volta agora para a China.

A expectativa entre analistas é de que o governo de Pequim anuncie medidas voltadas ao estímulo da atividade econômica doméstica e à proteção das exportações, com o objetivo de mitigar os efeitos da disputa tarifária em curso.

Com informações da CNN

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