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Quase 60% dos brasileiros defendem prisão para golpistas do 8 de janeiro

A maioria da população brasileira é contrária à anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada por Felipe Nunes, 56% dos brasileiros defendem que os responsáveis pelos ataques às instituições continuem presos. Outros 34% acham que essas pessoas deveriam ser soltas — seja porque nunca […]

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Imagem: Joedson Alves/Agência Brasil

A maioria da população brasileira é contrária à anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada por Felipe Nunes, 56% dos brasileiros defendem que os responsáveis pelos ataques às instituições continuem presos.

Outros 34% acham que essas pessoas deveriam ser soltas — seja porque nunca deveriam ter sido presas, seja porque já estão há tempo demais na cadeia. A pesquisa mostra, portanto, que há um posicionamento majoritário contra a anistia.

Entre os eleitores do Lula, 77% são contra a anistia; no eleitorado que votou em Bolsonaro a maior parte defende que eles sejam soltos (36% + 25% = 61%), mas aproximadamente 1/3 é contra. O desafio de Bolsonaro e seus aliados é o de persuadir esses 32% de sua base.



A pesquisa revela ainda que a maior parte (49%) dos brasileiros continua acreditando que Bolsonaro participou do planejamento para tentar um golpe de estado em 2022; enquanto 35% dizem que ele não participou. Os percentuais são os mesmos de dez/24.



A pesquisa também mediu a percepção sobre o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, que recentemente tornou o ex-presidente réu. Segundo o levantamento, 73% dos brasileiros já tinham conhecimento da decisão antes mesmo da realização das entrevistas.

A maioria (52%) avalia que o STF foi justo ao abrir processo contra Bolsonaro, enquanto 36% consideram que o tribunal agiu de forma injusta. Outros 12% não souberam responder. As opiniões, no entanto, variam conforme o alinhamento político do eleitor.

Entre os que votaram em Lula, 80% apoiam a decisão do STF. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 74% a reprovam. O desempate aparece no grupo que se absteve ou votou branco/nulo nas eleições de 2022, cuja opinião é mais dividida.

Outro dado que expõe a polarização diz respeito à possibilidade de prisão de Bolsonaro. O país está dividido: 46% acham que ele será preso, enquanto 43% acreditam que não. Essa diferença está dentro da margem de erro da pesquisa, configurando um empate técnico — foi o item com maior grau de polarização entre os pesquisados.

 

Entre os lulistas, 56% apostam na prisão do ex-presidente. Já entre os bolsonaristas, esse número cai para 33%. Entre quem anulou o voto, votou em branco ou não compareceu às urnas, o cenário é de empate: 42% creem na prisão de Bolsonaro e 42% não creem.

A pesquisa Quaest foi realizada entre os dias 27 e 31 de março de 2025, com 2.004 entrevistas presenciais em todo o país. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%. Os dados foram divulgados com exclusividade na coluna de Lauro Jardim.

Por Felipe Nunes, cientista político e diretor da Quaest
Publicado em 6 de abril de 2025
Fonte: Twitter/@profFelipeNunes

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