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Setor de serviços do Brasil registra aumento na confiança em março, após quatro meses de queda

A confiança do setor de serviços no Brasil registrou um aumento em março, após quatro meses consecutivos de queda. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 1,2 ponto, atingindo 92,9 pontos no mês. Em comentário sobre os resultados, o economista Stéfano Pacini, […]

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AGÊNCIA BRASIL

A confiança do setor de serviços no Brasil registrou um aumento em março, após quatro meses consecutivos de queda.

De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 1,2 ponto, atingindo 92,9 pontos no mês.

Em comentário sobre os resultados, o economista Stéfano Pacini, do FGV IBRE, explicou que o aumento no índice reflete uma recuperação nas expectativas para os próximos meses, que vinham em trajetória de piora desde outubro do ano anterior.

“O resultado apresenta caráter compensatório nas expectativas futuras do setor, que seguiam em trajetória de piora desde outubro passado”, afirmou Pacini.

Expectativas e situação atual

A pesquisa também apontou que o Índice de Expectativas (IE-S), que mede a confiança nas perspectivas para os próximos meses, subiu 2,2 pontos, alcançando 90,8 pontos.

Já o Índice de Situação Atual (ISA-S), que avalia a percepção do setor sobre o momento presente, avançou de forma mais modesta, com um aumento de 0,2 ponto, indo para 95,3 pontos.

Pacini ressaltou que a demanda no setor de serviços apresentou relativa estabilidade, especialmente devido à recuperação parcial no segmento de serviços prestados às famílias, que, apesar de estar mais sensível à inflação, vinha dando sinais de desaceleração.

No entanto, ele destacou que a melhora pontual nas expectativas não esconde um pessimismo em relação ao futuro de longo prazo. “Em relação ao futuro de longo prazo, a melhora pontual não esconde o pessimismo com o ritmo dos negócios para o ano de 2025”, observou Pacini.

Cenário macroeconômico e perspectivas de crescimento

Apesar da melhora no indicador de confiança, o cenário macroeconômico do Brasil continua desafiador. A FGV e Pacini destacam que o país enfrenta pressões inflacionárias em um ambiente de taxas de juros elevadas e com uma expectativa de desaceleração da atividade econômica.

O Banco Central do Brasil, na véspera da divulgação do índice, também revisou suas projeções de crescimento para 2025, reduzindo a estimativa de 2,1% para 1,9%. A autoridade monetária ainda prevê que a inflação continuará acima do teto da meta ao longo deste ano.

Além disso, o Banco Central manteve o ritmo de elevação da taxa Selic, aumentando em 1 ponto percentual, levando a taxa para 14,25% ao ano. O BC sinalizou que, caso o cenário esperado se confirme, a próxima reunião, prevista para maio, pode resultar em um ajuste de menor magnitude.

Com esses dados, a pesquisa revela que, embora o setor de serviços tenha mostrado sinais de recuperação em março, o ambiente econômico geral ainda apresenta desafios significativos para o futuro próximo, especialmente em relação ao crescimento econômico e à inflação.

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