Preocupações com a estreita maioria dos republicanos de 218-213 na Câmara impediram sua nomeação.
A Casa Branca retirou a nomeação da deputada Elise Stefanik para embaixadora das Nações Unidas em meio a preocupações com a estreita maioria republicana na Câmara, anunciou o presidente Donald Trump na quinta-feira.
Esperava-se que a republicana de Nova York, que ainda não havia renunciado ao seu assento, fosse facilmente confirmada no cargo, com votos mais do que suficientes para ser aprovada, mas preocupações com a estreita maioria dos republicanos impediram sua confirmação.
Trump disse no Truth Social que pediu a Stefanik que permanecesse no Congresso para ajudá-lo a cumprir sua agenda, chamando-a de uma de suas “maiores aliadas”.
“Com uma maioria muito apertada, não quero arriscar que mais alguém concorra à cadeira de Elise”, escreveu Trump.
Stefanik é apenas o segundo dos escolhidos para o Gabinete de Trump a ter suas indicações retiradas. O ex-deputado Matt Gaetz retirou seu nome da consideração para procurador-geral em novembro, depois que ficou claro que ele não teria votos suficientes no Senado para ser confirmado.
A retirada ressalta o quão precário é o ambiente eleitoral em que os republicanos acreditam estar, e o quão preocupados eles estão em perder até mesmo um voto de sua maioria estreita enquanto trabalham para implementar a agenda legislativa de Trump. Enquanto Stefanik ganhou a reeleição para sua cadeira por 24 pontos no ano passado, os republicanos temiam que pudessem perdê-la no atual ambiente político.
A notícia de que a nomeação de Stefanik estava em risco foi relatada mais cedo na quinta-feira pela CBS. Não ficou imediatamente claro na tarde de quinta-feira quem a Casa Branca apresentará para preencher o posto.
Mais cedo, o líder da maioria, Steve Scalise, disse que sua bancada estava preparada para perdê-la, demonstrando otimismo sobre duas eleições especiais na Flórida que serão realizadas em 1º de abril e que aumentarão os números do Partido Republicano na Câmara.
“Vamos ter essas duas eleições na Flórida… e então Elise deve conseguir seguir em frente”, disse Scalise. “Espero que ela consiga seguir em frente logo depois disso.”
“Teremos votações acirradas durante todo o processo”, acrescentou Scalise.
Stefanik, que foi eleita para o Congresso em 2014 e é a mulher republicana de mais alto escalão na Câmara, é uma aliada de longa data de Trump. Ela ganhou destaque durante suas audiências de impeachment em 2019 como uma de suas defensoras mais leais e vocais em sua câmara.
Vários diplomatas americanos atuais e antigos disseram que o cargo vago de embaixador, sediado em Nova York, ameaça impedir a agenda de política externa MAGA de Trump.
“Todas essas grandes potências como Rússia e China têm diplomatas realmente experientes e poderosos instalados em Nova York agora, avançando sua própria agenda no cenário mundial, em Gaza ou na Síria ou na Ucrânia ou em qualquer outro lugar”, disse um ex-funcionário da missão dos EUA nas Nações Unidas. “Não ter um embaixador confirmado para Trump na cadeira é uma lacuna enorme para os interesses de sua administração.”
A retirada da nomeação de Stefanik também representa um enigma de pessoal. A administração já instalou pessoal que Stefanik escolheu pessoalmente de seu escritório no Congresso em posições no escritório das Nações Unidas do Departamento de Estado em antecipação à sua confirmação.
Publicado originalmente pelo Político em 27/03/2025
Por Megan Messerly, Jordain Carney, Meredith Lee Hill e Nick Reisman
Robbie Gramer contribuiu para esta reportagem.
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