O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira, 26, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, “morrerá em breve”. A declaração foi feita em entrevista à emissora France TV, durante visita oficial à França, após encontro com o presidente francês Emmanuel Macron, em Paris.
A frase exata de Zelensky foi: “Ele [Putin] morrerá em breve, isso é um fato, e isso chegará ao fim”. A afirmação ocorre em meio a especulações recorrentes sobre o estado de saúde do presidente russo, que circulam há meses em análises de veículos de imprensa e por parte de observadores internacionais. O Kremlin não reconhece qualquer informação oficial sobre a condição médica de Putin.
A cobertura da entrevista foi divulgada inicialmente pela France TV e repercutida por diversos meios de comunicação, incluindo o jornal O Globo. A fala de Zelensky gerou reações nas redes sociais e foi reproduzida por veículos internacionais.
A entrevista ocorreu durante a passagem do presidente ucraniano por Paris, parte de uma agenda diplomática focada na cooperação militar e política entre a Ucrânia e países europeus.
A visita do presidente ucraniano à França se dá em um cenário de intensificação dos esforços de Kiev para obter apoio político e armamentista dos países da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em meio à continuidade do conflito com a Rússia, iniciado em fevereiro de 2022.
Zelensky se reuniu com Emmanuel Macron para tratar de temas como o fornecimento de armamentos, treinamentos militares, ajuda financeira e a estratégia comum para pressionar a Rússia em instâncias diplomáticas e internacionais.
Após o encontro, ambos os líderes reforçaram o compromisso com a defesa da integridade territorial da Ucrânia e com o apoio contínuo às Forças Armadas do país.
O conteúdo completo da entrevista concedida à France TV não foi divulgado integralmente até o momento. A emissora destacou apenas trechos das falas do presidente ucraniano, entre eles o comentário sobre Vladimir Putin. A presidência russa não se pronunciou oficialmente sobre a declaração até o fechamento desta reportagem.
Rumores sobre a saúde de Vladimir Putin têm sido frequentes desde o início da invasão à Ucrânia. Fontes não confirmadas especulam que o presidente russo estaria enfrentando problemas médicos graves, mas essas informações não foram validadas por documentos oficiais ou fontes diretamente ligadas ao governo russo.
No campo diplomático, a fala de Zelensky ocorre em um momento de estagnação nos canais de negociação entre os dois países. Tentativas anteriores de diálogo mediadas por organismos internacionais não avançaram, e ambos os lados continuam a adotar posições intransigentes em relação a pontos estratégicos do conflito, como a soberania sobre territórios ocupados.
Desde o início da guerra, líderes ocidentais têm adotado discursos cada vez mais críticos à liderança russa, e as falas públicas de Zelensky vêm se tornando mais enfáticas. Ao mesmo tempo, a Ucrânia busca reforçar alianças internacionais para garantir continuidade no recebimento de apoio militar e logístico.
A França é um dos países que integram o núcleo de apoio europeu à Ucrânia e tem promovido encontros diplomáticos com representantes ucranianos. Emmanuel Macron tem mantido uma posição favorável à manutenção de sanções contra a Rússia e ao envio de equipamentos de defesa a Kiev.
Além da entrevista à imprensa, a visita de Zelensky à França incluiu reuniões com ministros e representantes das Forças Armadas francesas. Também houve tratativas sobre acordos de cooperação para reconstrução de infraestruturas ucranianas danificadas pelo conflito.
A frase de Zelensky foi amplamente interpretada por analistas internacionais como uma manifestação política, em tom de desafio à liderança russa, num momento em que a guerra ultrapassa dois anos de duração. A ausência de reações imediatas por parte do governo russo pode indicar estratégia de contenção ou desprezo intencional frente à provocação.
No campo militar, a situação permanece estável em várias frentes de batalha, sem avanços significativos registrados nas últimas semanas. As autoridades ucranianas continuam relatando ataques russos em regiões como Donetsk e Kharkiv, enquanto a Rússia afirma responder a movimentações ucranianas nas áreas sob seu controle.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e outros organismos multilaterais continuam a apelar por cessar-fogo e retorno às negociações, sem êxito até o momento. O Conselho de Segurança da ONU realizou novas reuniões sobre o conflito nos últimos dias, mas não houve deliberações concretas.
A guerra entre Rússia e Ucrânia já provocou milhares de mortes, deslocamentos forçados e uma crise humanitária em várias regiões. O impacto geopolítico do conflito atinge diretamente as relações entre países do Ocidente e Moscou, além de influenciar decisões econômicas, comerciais e energéticas no cenário global.
A declaração de Zelensky acrescenta um novo elemento à narrativa pública sobre a guerra e poderá ter desdobramentos políticos e diplomáticos nos próximos dias, a depender das reações oficiais de governos envolvidos ou de organismos internacionais. Até o momento, não há confirmação de novas falas do presidente ucraniano sobre o tema.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!