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Terapia imersiva em VR reduz dor e melhora saúde mental na China

Pacientes com doenças infecciosas experimentam alívio mental e físico com cenários de realidade virtual que reduzem o estresse e estabilizam sinais vitais Um hospital na província de Hunan, no centro da China, implementou terapia com realidade virtual (RV) em suas enfermarias de hepatologia e doenças infecciosas, utilizando tecnologia imersiva para auxiliar pacientes no controle de […]

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Realidade virtual revoluciona tratamento de pacientes graves
Hospital de Changsha introduz terapia de RV para aliviar a tensão mental entre pacientes com doenças infecciosas / Reprodução

Pacientes com doenças infecciosas experimentam alívio mental e físico com cenários de realidade virtual que reduzem o estresse e estabilizam sinais vitais


Um hospital na província de Hunan, no centro da China, implementou terapia com realidade virtual (RV) em suas enfermarias de hepatologia e doenças infecciosas, utilizando tecnologia imersiva para auxiliar pacientes no controle de distúrbios emocionais. Mais de 30 casos já apresentaram resultados positivos, com conteúdos personalizados de RV sendo desenvolvidos para melhorar ainda mais o tratamento, informou o Global Times nesta terça-feira (25). Segundo o departamento de comunicação do Primeiro Hospital de Changsha, a terapia com RV reduz os níveis de hormônios do estresse enquanto os pacientes são transportados para ambientes virtuais relaxantes, permitindo que o cérebro diminua parcialmente a percepção da dor. O método tem se mostrado particularmente eficaz para pacientes acamados e em tratamentos prolongados.

- Pacientes com doenças infecciosas experimentam alívio mental e físico com cenários de realidade virtual que reduzem o estresse e estabilizam sinais vitais.
Um paciente com cirrose pratica ”terapia virtual” com um headset de RV após desenvolver a típica ”síndrome de UTI”, onde a fraqueza física exacerba o sofrimento psicológico / Foto: First Hospital of Changsha

“Quando o headset de RV é colocado, a enfermaria se transforma em cenários extremamente realistas e tranquilizadores — uma praia ensolarada, uma floresta com cantos de pássaros ou montanhas cobertas de neve e fontes termais”, explicou Kong Jinling, enfermeira-chefe do departamento de doenças infecciosas do hospital, ao Global Times. A terapia combina técnicas psicológicas como narrativa terapêutica, controle respiratório, mindfulness, meditação, relaxamento muscular progressivo e hipnose.

Kong destacou o caso de um paciente com cirrose e síndrome pós-UTI — condição em que a debilidade física intensifica o sofrimento psicológico — que passou por sessões diárias de 30 minutos com RV. Após duas semanas, o paciente apresentou estabilização da pressão arterial e frequência cardíaca, melhora no sono e redução nos marcadores de infecção.

Pacientes em enfermarias de doenças infecciosas frequentemente lidam com sintomas recorrentes, como febre, infecções e sangramentos, agravados pelo isolamento, ansiedade e medo de perder vínculos sociais. A internação prolongada se torna um desafio físico e mental, ressaltou Kong.

Baseado em pesquisas e casos internacionais, o hospital iniciou o programa de RV como ferramenta de apoio psicológico. Desde então, a terapia foi adaptada para diferentes situações: pacientes febris interagem com pinguins no Ártico, pessoas com dor caminham por lagos de lótus e aqueles em procedimentos como paracentese assistem a animações relaxantes para alívio da tensão.

“Desde maio de 2024, mais de 30 pacientes experimentaram a terapia com RV, com respostas majoritariamente positivas”, afirmou Kong.

No entanto, alguns desafios persistem. Idosos podem sentir tonturas, e pacientes graves nem sempre toleram sessões longas. “Estamos refinando a abordagem — ajustando cenários, personalizando conteúdos e reduzindo a duração”, explicou Kong.

A integração entre intervenção psicológica e tecnologia de RV representa um avanço significativo, segundo o departamento de enfermagem do hospital. “Após os resultados no setor de doenças infecciosas, expandiremos a terapia para UTIs, reabilitação, ortopedia, neurocirurgia e imunologia, oferecendo suporte psicológico mais eficaz e humanizado.”

Anteriormente, o Terceiro Hospital de Mianyang, em Sichuan, no sudoeste da China, já havia adotado jogos de RV para tratar transtornos mentais, simulando cenários médicos variados. Paralelamente, dispositivos digitais de reabilitação cognitiva empregam métodos computadorizados para restaurar funções como cálculo e memória, conforme relatado pela Xinhua.

Com informações de Global Times*

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