A Petrobras anunciou a identificação de hidrocarbonetos em poço exploratório localizado no bloco Norte de Brava, na região do pré-sal da Bacia de Campos. A descoberta foi realizada a aproximadamente 105 quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro, em lâmina d’água de 575 metros.
A confirmação da presença de hidrocarbonetos ocorreu após a conclusão da perfuração do poço, por meio da análise de perfis elétricos, indícios de gás e amostras de fluido.
Segundo a estatal, o material coletado passará por análises laboratoriais para caracterização e avaliação do potencial da área. Os resultados obtidos orientarão as próximas etapas das atividades exploratórias no local.
O bloco Norte de Brava foi adquirido pela Petrobras em dezembro de 2022, durante o 1º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção, organizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A companhia é a operadora do bloco e detém 100% de participação no ativo.
A Bacia de Campos é uma das principais áreas petrolíferas do país e vem sendo objeto de esforços contínuos de exploração em águas profundas e ultra profundas.
A presença de hidrocarbonetos no pré-sal da região tem sido considerada estratégica para os planos de expansão da produção nacional de petróleo e gás natural.
Hidrocarbonetos são compostos formados por átomos de carbono e hidrogênio e estão presentes em diversos produtos industriais. A partir desses compostos, é possível produzir combustíveis líquidos e gasosos, como gasolina e gás natural, além de insumos para as indústrias de plásticos, tintas, resinas e asfalto.
A Petrobras informou que o intervalo portador de hidrocarbonetos foi detectado em uma fase inicial da campanha exploratória e que os dados obtidos serão utilizados para estudos técnicos mais detalhados. O objetivo é mensurar a viabilidade econômica do recurso identificado e definir as ações seguintes na área.
A perfuração do poço no bloco Norte de Brava integra a estratégia da Petrobras de intensificar as atividades de exploração em áreas do pré-sal sob seu controle exclusivo. A empresa vem priorizando ativos considerados de maior potencial para reposição de reservas e incremento da produção futura.
A licitação em que o bloco foi adquirido ocorreu sob o regime de partilha de produção, modelo regulatório em que a União participa dos volumes produzidos, conforme regras definidas pela ANP. No caso do bloco Norte de Brava, a Petrobras foi a única proponente e arrematou o ativo com 100% de participação.
A estatal afirmou que o resultado obtido no poço exploratório representa um passo no mapeamento geológico do pré-sal da Bacia de Campos, área que tem sido foco de investimentos e pesquisas nos últimos anos. A companhia também destacou que os trabalhos de avaliação técnica seguirão protocolos previstos para essa fase da exploração.
A próxima etapa envolverá o processamento e a análise das amostras coletadas, a fim de obter informações sobre as características dos hidrocarbonetos presentes e sua capacidade de produção comercial. Com base nessas análises, serão definidos os próximos poços a serem perfurados e eventuais testes de formação para confirmar a produtividade.
A Petrobras reforçou que todas as atividades estão sendo realizadas em conformidade com os requisitos legais e regulatórios estabelecidos pelos órgãos competentes, incluindo aspectos relacionados à segurança operacional e à proteção ambiental.
Segundo a ANP, a Bacia de Campos tem registrado aumento no interesse de empresas do setor nos últimos ciclos de oferta, impulsionado pela presença de reservas no pré-sal e pelo histórico de produção na região.
A inclusão de blocos sob o regime de partilha de produção tem sido uma das estratégias para atrair investimentos e ampliar a exploração em áreas com maior risco geológico.
O resultado da perfuração no bloco Norte de Brava será incorporado às bases de dados da Petrobras, que deverão embasar futuras decisões sobre perfurações adicionais, testes de longa duração ou declaração de comercialidade, conforme a evolução dos estudos em andamento.
A empresa não divulgou estimativas de volume nem previsão de início de produção, ressaltando que o projeto encontra-se em fase inicial de exploração. Os prazos e investimentos futuros dependerão da confirmação do potencial produtivo da área e das condições de viabilidade técnica e econômica.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!