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Bolsonaro afirma ao lado de Tarcísio que não passará o bastão político em 2026

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista concedida nesta terça-feira, 25, que não pretende transferir sua liderança política para outro nome nas eleições presidenciais de 2026, apesar de estar impedido de concorrer por decisão da Justiça Eleitoral. A declaração foi dada durante participação no podcast “Inteligência LTDA”, ao lado do governador de São Paulo, […]

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista concedida nesta terça-feira, 25, que não pretende transferir sua liderança política para outro nome nas eleições presidenciais de 2026, apesar de estar impedido de concorrer por decisão da Justiça Eleitoral.

A declaração foi dada durante participação no podcast “Inteligência LTDA”, ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Eu não vou passar o bastão para ninguém”, disse Bolsonaro ao ser questionado sobre uma possível indicação de sucessor.

O ex-presidente também reagiu a um comentário feito por Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente João Figueiredo, que havia sugerido em rede social que Bolsonaro estaria preparando uma transição de liderança.

“Eu gosto muito do Paulo Figueiredo, acho ele um cara fantástico, gosto muito dele, mas deu uma derrapada aí. Já falei, eu só passo o bastão depois de morto”, declarou.

As falas ocorreram poucas horas antes de Bolsonaro ser julgado novamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento na tentativa de subversão institucional após as eleições de 2022.

Desde que teve sua inelegibilidade confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho de 2023, por ataques ao sistema eleitoral e comportamento considerado antidemocrático, surgiram especulações sobre a condução do campo político que o ex-presidente lidera.

Diante do impedimento legal para concorrer, nomes próximos a Bolsonaro têm sido cogitados como possíveis candidatos da direita em 2026. Entre eles, Tarcísio de Freitas tem sido frequentemente citado como uma das principais alternativas.

A presença do governador paulista na entrevista ao lado de Bolsonaro foi interpretada por setores políticos como uma possível sinalização de apoio ou articulação antecipada, o que gerou reações entre aliados do ex-presidente.

Paulo Figueiredo criticou publicamente a decisão de Bolsonaro de participar da entrevista na véspera do julgamento no STF.

“Alguém pode ser tão inocente e ignorar que isso será maldosamente retratado como uma passagem de bastão?”, publicou Figueiredo em uma rede social. O comentário foi interpretado como um alerta sobre o simbolismo político do gesto e suas possíveis repercussões no cenário jurídico e eleitoral.

Durante o mesmo podcast, Tarcísio de Freitas negou qualquer articulação no sentido de assumir a liderança do grupo político do ex-presidente.

“Não tem passagem de bastão nenhuma”, afirmou o governador. Ele também comentou a proximidade com Bolsonaro: “As pessoas interpretaram erradamente a proximidade e o apoio. A gente vai estar junto do presidente Bolsonaro nesse momento, independente de qualquer interesse”.

A inelegibilidade de Bolsonaro foi determinada por decisão do TSE em 30 de junho de 2023, em julgamento que o considerou responsável por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao atacar o sistema eleitoral durante encontro com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. A decisão o impediu de disputar eleições até 2030.

Além das consequências eleitorais, Bolsonaro responde a outras investigações em curso. O julgamento mais recente no STF, marcado para esta semana, analisa a suposta participação do ex-presidente em ações voltadas à tentativa de subversão do resultado das eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O inquérito também examina possíveis vínculos entre Bolsonaro e a organização de atos que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

No campo político, a base bolsonarista discute estratégias para manter a coesão do eleitorado conservador.

A ausência de Bolsonaro nas urnas em 2026 tem mobilizado lideranças aliadas na busca por nomes capazes de manter o capital político construído ao longo de sua trajetória. Entre os citados, além de Tarcísio de Freitas, estão os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná.

A fala de Bolsonaro sobre não transferir o bastão foi interpretada por interlocutores como tentativa de manter o protagonismo nas decisões políticas do campo à direita, mesmo diante das restrições impostas pela Justiça.

Embora não possa disputar cargos eletivos, o ex-presidente tem mantido uma agenda pública e política ativa, com participação em eventos, manifestações e reuniões com lideranças.

A posição de Tarcísio de Freitas em relação ao ex-presidente tem sido observada com atenção por aliados e adversários. Considerado tecnicamente discreto e politicamente pragmático, o governador tem evitado declarações contundentes sobre 2026.

A recusa em assumir uma condição de sucessor direto de Bolsonaro foi reafirmada durante a entrevista, com ênfase na continuidade do apoio ao ex-presidente e negação de projetos pessoais nesse momento.

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