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Caçada global aos chips ilegais sacode a Malásia

Sob intensa pressão dos EUA, a Malásia promete endurecer a fiscalização sobre semicondutores da Nvidia para evitar desvios suspeitos que favorecem a China na corrida da IA A Malásia planeja apertar as regulações sobre semicondutores sob pressão dos EUA para conter o fluxo ilegal de chips essenciais para o desenvolvimento de inteligência artificial para a […]

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Guerra dos chips esquenta e Malásia reforça controle
Malásia vai reprimir fluxos de chips da Nvidia sob pressão dos EUA / AFP

Sob intensa pressão dos EUA, a Malásia promete endurecer a fiscalização sobre semicondutores da Nvidia para evitar desvios suspeitos que favorecem a China na corrida da IA


A Malásia planeja apertar as regulações sobre semicondutores sob pressão dos EUA para conter o fluxo ilegal de chips essenciais para o desenvolvimento de inteligência artificial para a China. Segundo o Financial Times, o ministro do Comércio do país afirmou que Washington está exigindo que a Malásia rastreie de perto a movimentação de chips avançados da Nvidia que entram no país, devido à suspeita de que muitos estão acabando na China, violando as regras de exportação americanas.

Ele acrescentou que formou um grupo de trabalho com o ministro digital Gobind Singh Deo para reforçar as regulações em torno da crescente indústria de data centers da Malásia, que depende de chips da líder do setor, Nvidia.

“[Os EUA] estão nos pedindo para garantir que monitoremos todo carregamento que chega à Malásia quando envolve chips da Nvidia”, disse Zafrul Aziz ao Financial Times.

“Eles querem que nos certifiquemos de que os servidores cheguem aos data centers aos quais se destinam e não sejam repentinamente desviados para outro navio.”

Os EUA impuseram controles de exportação sobre semicondutores avançados e equipamentos relacionados para dificultar o desenvolvimento chinês de tecnologias de próxima geração, incluindo IA, que podem ter aplicações militares.

A preocupação na região com o comércio ilegal de chips aumentou nas últimas semanas, depois que Cingapura acusou três homens em um caso de fraude de US$ 390 milhões relacionado à suposta venda de chips da Nvidia para a China via Malásia.

Nos últimos dias da presidência de Joe Biden, os EUA introduziram controles de exportação que criaram um sistema de licenciamento em três níveis para chips de IA usados em data centers, como as poderosas unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia. O sistema visa dificultar os esforços de empresas chinesas de contornar as restrições americanas obtendo os chips por meio de terceiros países.

O escritório da Nvidia em Cingapura responde por quase um quarto de suas vendas globais, levantando suspeitas em Washington de que parte dos chips está vazando para a China.

A empresa [Nvidia] afirmou que quase todas essas vendas correspondem a faturas de empresas internacionais processadas por Cingapura, e que muito poucos chips passam fisicamente pela cidade-Estado.

Há três semanas, a polícia de Cingapura prendeu nove pessoas — três das quais foram formalmente acusadas — após operações em 22 locais suspeitos de venda fraudulenta de servidores contendo chips da Nvidia.

Os promotores disseram que as vendas fraudulentas incluíam servidores da Dell e da Supermicro. Cingapura pediu ajuda aos EUA e à Malásia para investigar o trajeto desses servidores.

Zafrul afirmou que as autoridades americanas acreditam que os chips da Nvidia acabaram na China após passarem pela Malásia. No entanto, ele destacou que a investigação não encontrou evidências de que os chips tenham chegado ao data center malaio para o qual supostamente foram vendidos.

A Malásia se tornou um dos mercados que mais crescem no desenvolvimento de data centers, com grande parte dos investimentos concentrados no estado meridional de Johor.

Nos últimos 18 meses, Johor atraiu mais de US$ 25 bilhões em investimentos de empresas como Nvidia, Microsoft e a ByteDance, dona do TikTok, para a construção de data centers. Recentemente, o estado também firmou um acordo para criar uma zona econômica especial com Cingapura.

Zafrul ressaltou a dificuldade de rastrear semicondutores nas cadeias globais de suprimentos, que envolvem fabricantes de chips, fornecedores, compradores e empresas responsáveis pela produção e distribuição de servidores.

“Os EUA também estão pressionando muito suas próprias empresas para que se responsabilizem por garantir que [os chips] cheguem ao destino correto”, disse ele. “Todos foram convocados a desempenhar um papel em toda a cadeia de suprimentos.”

E acrescentou: “A fiscalização pode parecer simples, mas não é.”

Com informações de Financial Times*

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