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AstraZeneca firma investimento bilionário em centro de pesquisa e inicia produção de vacinas na China

A farmacêutica AstraZeneca anunciou um investimento de US$ 2,5 bilhões para a instalação de um centro global de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em Pequim, além da construção da primeira unidade de fabricação de vacinas da empresa na China. O anúncio foi realizado antes da participação do CEO da companhia, Pascal Soriot, em um fórum empresarial […]

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RACHEL WINIEWSKY/REUTERS

A farmacêutica AstraZeneca anunciou um investimento de US$ 2,5 bilhões para a instalação de um centro global de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em Pequim, além da construção da primeira unidade de fabricação de vacinas da empresa na China.

O anúncio foi realizado antes da participação do CEO da companhia, Pascal Soriot, em um fórum empresarial realizado na capital chinesa.

O acordo foi firmado com o governo municipal de Pequim e estabelece a criação do sexto centro estratégico global de P&D da empresa.

Os projetos incluem atividades de industrialização voltadas ao desenvolvimento de tecnologias em ciências biológicas. A iniciativa está inserida em uma parceria estratégica com a cidade, com previsão de execução ao longo dos próximos cinco anos.

A empresa pretende ampliar sua força de trabalho local para 1.700 funcionários, com instalações próximas à National Medical Products Administration (NMPA), órgão regulador chinês responsável pela supervisão de medicamentos e produtos médicos. O objetivo da farmacêutica é intensificar a pesquisa em estágio inicial e o desenvolvimento clínico no país.

Com o novo centro em Pequim, a AstraZeneca passará a contar com dois centros globais de pesquisa e desenvolvimento na China. O primeiro está localizado em Xangai. A estratégia visa ampliar a atuação da empresa em território chinês, fortalecendo a presença em inovação e integração com o setor regulatório local.

A unidade de fabricação de vacinas será instalada no BioPark de Pequim. O projeto prevê a possibilidade de parcerias com startups locais das áreas de tecnologia e medicina, por meio de joint ventures. A fábrica será a primeira infraestrutura produtiva da empresa dedicada à fabricação de vacinas em território chinês.

O investimento ocorre em um contexto em que o governo chinês busca atrair capital estrangeiro como parte de uma política econômica voltada à estabilização de indicadores e à redução de riscos externos. O compromisso firmado pela AstraZeneca está alinhado aos esforços promovidos por Pequim para fortalecer setores estratégicos, incluindo o de ciências biológicas.

A empresa informou que as novas instalações terão papel relevante na condução de pesquisas e no desenvolvimento de novos tratamentos para doenças crônicas e complexas. Segundo a farmacêutica, o centro de Pequim terá foco na integração entre pesquisa científica e aplicações industriais, com projetos voltados à inovação em terapias e medicamentos.

O CEO da AstraZeneca destacou a importância da cooperação com o governo local e afirmou que o investimento reforça o compromisso da companhia com o desenvolvimento de soluções médicas no país. “Estamos fortalecendo nossa presença na China com foco em pesquisa, desenvolvimento clínico e industrialização”, afirmou Soriot em comunicado oficial.

A ampliação das atividades da empresa ocorre após um período de tensão institucional envolvendo a farmacêutica no país.

Em 2024, um executivo da empresa foi detido por autoridades chinesas, o que gerou repercussões no ambiente corporativo internacional. A empresa não comentou diretamente o episódio no anúncio recente, mas segue com o plano de expansão de suas operações no mercado chinês.

A presença da AstraZeneca na China já inclui unidades de produção, centros de pesquisa, escritórios corporativos e programas de colaboração com instituições locais.

A companhia mantém parcerias com universidades, centros de pesquisa e startups da área médica, com foco em biotecnologia e tratamentos oncológicos.

O novo centro de P&D também integra a estratégia global da empresa de descentralizar seus polos de pesquisa. A AstraZeneca já mantém centros similares no Reino Unido, Estados Unidos e Suécia.

Com a inclusão de Pequim, a companhia amplia sua capacidade operacional em regiões estratégicas para o desenvolvimento e a distribuição de novos medicamentos.

O projeto inclui ainda programas de capacitação de profissionais locais e fomento à cooperação entre empresas e instituições de pesquisa. A empresa informou que serão implementados programas de transferência de tecnologia e intercâmbio técnico-científico com parceiros chineses.

A expectativa da AstraZeneca é que os investimentos reforcem sua atuação nos segmentos de medicamentos biológicos, terapias avançadas e plataformas digitais de saúde. A unidade de vacinas, por sua vez, deve atender tanto ao mercado interno chinês quanto a demandas internacionais, conforme autorização regulatória.

A próxima etapa do projeto inclui o início das obras das novas instalações, com previsão de conclusão nos próximos anos.

A empresa informou que seguirá em diálogo com autoridades locais para garantir a adequação dos projetos às diretrizes regulatórias e aos objetivos estratégicos do setor farmacêutico chinês.

Com informações da SCMP

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