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Peskov diz que Europa adota militarização e contrasta com postura de Rússia e EUA por acordo pacífico

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou nesta semana que a Europa adotou uma postura de militarização e se afastou de iniciativas voltadas à negociação de uma solução pacífica. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva com jornalistas, na qual Peskov comparou a atuação europeia ao posicionamento dos governos da Rússia e dos Estados Unidos. […]

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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou nesta semana que a Europa adotou uma postura de militarização e se afastou de iniciativas voltadas à negociação de uma solução pacífica.

A afirmação foi feita durante entrevista coletiva com jornalistas, na qual Peskov comparou a atuação europeia ao posicionamento dos governos da Rússia e dos Estados Unidos.

Segundo o representante do governo russo, os países europeus estariam priorizando planos de expansão militar, enquanto Moscou e Washington demonstrariam disposição para buscar alternativas diplomáticas.

“Ouvimos muitos sinais de Bruxelas todos os dias. Os principais sinais de Bruxelas e das capitais europeias agora se relacionam aos planos de militarização da Europa, o que está claramente em desacordo com o humor dos presidentes da Rússia e dos Estados Unidos de buscar saídas para um processo de acordo pacífico”, afirmou.

Peskov afirmou ainda que a atual orientação dos países do continente evidencia uma mudança de postura frente às tentativas de negociação.

“A Europa mergulhou na militarização e se transformou num partido de guerra”, declarou o porta-voz, sem detalhar quais países ou iniciativas específicas estariam sendo adotadas nesse sentido.

As declarações ocorrem em um momento de intensificação dos debates sobre segurança e defesa na Europa, impulsionados por tensões geopolíticas e pelo aumento dos gastos militares em diversas nações do continente.

O Kremlin tem reiterado críticas às políticas de ampliação da presença militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e à cooperação entre os países europeus e os Estados Unidos no campo da defesa.

Nos últimos meses, a União Europeia aprovou novos pacotes de apoio militar a Estados-membros e reforçou programas conjuntos de modernização das capacidades defensivas.

Também foram anunciados projetos voltados ao aumento da produção de armamentos, à integração de sistemas de defesa e ao fortalecimento da chamada autonomia estratégica do bloco.

Paralelamente, líderes europeus vêm discutindo medidas para ampliar a cooperação com a Otan, em meio à reconfiguração do cenário de segurança internacional.

O tema tem sido tratado em fóruns regionais e em reuniões bilaterais entre chefes de governo, com foco em iniciativas de dissuasão e resposta rápida a ameaças externas.

Apesar disso, o governo russo vem reiterando posicionamentos favoráveis a negociações diplomáticas. O presidente Vladimir Putin já declarou em ocasiões anteriores que Moscou está aberto ao diálogo, desde que respeitados determinados parâmetros considerados essenciais pela Rússia.

Peskov, ao comentar as declarações de líderes ocidentais, também vem destacando divergências entre os discursos públicos e as ações práticas dos países europeus. Segundo ele, os apelos por solução pacífica têm sido contraditórios diante do avanço de programas militares.

A Casa Branca, por sua vez, mantém diálogo com aliados europeus e com autoridades russas, embora o governo dos Estados Unidos também tenha aumentado seu apoio militar a parceiros estratégicos. Washington tem participado de iniciativas voltadas à estabilidade da região, mas ainda não se manifestou publicamente sobre as declarações específicas feitas por Peskov.

O porta-voz do Kremlin não forneceu detalhes adicionais sobre possíveis conversas diretas entre Moscou e Washington relacionadas à mediação de acordos de paz. Também não comentou quais seriam os canais formais em funcionamento ou os termos em discussão para avanço de um processo de entendimento.

A relação entre Rússia, Europa e Estados Unidos permanece marcada por divergências sobre questões de segurança, expansão militar e estratégias de contenção regional.

A declaração de Peskov insere-se nesse contexto e sinaliza que o governo russo continua a acompanhar os desdobramentos das políticas europeias de defesa como fator relevante nas dinâmicas de negociação internacional.

A posição expressa pelo porta-voz reforça a narrativa adotada por Moscou em declarações recentes, segundo a qual os países europeus estariam priorizando instrumentos militares em detrimento da diplomacia. O Kremlin tem utilizado esse argumento em fóruns multilaterais e comunicados oficiais para destacar a necessidade de retomada de canais políticos.

As reações da União Europeia e dos Estados-membros às declarações ainda não foram divulgadas oficialmente.

A pauta da segurança regional deve permanecer como um dos principais pontos das agendas diplomáticas no curto prazo, com possibilidade de novos posicionamentos por parte dos governos envolvidos.

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