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Pesquisa aponta rejeição do mercado financeiro ao governo Lula e queda na avaliação de Haddad

Levantamento divulgado nesta quarta-feira, 19, pela Genial/Quaest indica elevado nível de insatisfação do mercado financeiro com a condução do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A pesquisa consultou representantes de 106 fundos de investimento situados nos eixos Rio-São Paulo, entre gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão. Segundo os dados, 88% dos […]

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REPRODUÇÃO

Levantamento divulgado nesta quarta-feira, 19, pela Genial/Quaest indica elevado nível de insatisfação do mercado financeiro com a condução do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A pesquisa consultou representantes de 106 fundos de investimento situados nos eixos Rio-São Paulo, entre gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão.

Segundo os dados, 88% dos entrevistados classificam negativamente a gestão do governo federal. Apenas 4% consideram a administração positiva e 8% apontam avaliação regular.

Entre os fatores citados como principais motivadores da percepção negativa estão a alta nos preços dos alimentos (64%), a condução da política econômica (56%), o aumento de impostos (41%) e a violência urbana (36%).

Outros aspectos foram considerados de menor relevância para a desaprovação, como o enfrentamento ao agronegócio (79%), o não cumprimento de promessas de campanha (60%) e falhas na comunicação do governo (56%).

Avaliação do ministro da Fazenda registra queda

A pesquisa também revelou mudança significativa na avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). A aprovação à sua atuação caiu de 41%, em dezembro de 2024, para 10% no levantamento atual. No mesmo período, a reprovação passou de 24% para 58%.

Além disso, 85% dos entrevistados consideram que Haddad perdeu influência dentro do governo federal. Apenas 1% avalia que seu poder político aumentou, enquanto 14% afirmam que a influência se manteve no mesmo patamar.

Gabriel Galípolo recebe avaliação mais favorável

Diferente do presidente da República e do ministro da Fazenda, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, obteve avaliação mais positiva por parte dos agentes financeiros. A aprovação à sua gestão soma 45%, enquanto 41% o avaliam de forma regular e 8% expressam reprovação. Outros 6% não souberam ou preferiram não responder.

Sobre o perfil de suas decisões, 38% dos entrevistados as classificam como “técnicas”, 5% como “políticas” e 57% consideram que ainda é cedo para uma avaliação conclusiva.

Em comparação com seu antecessor, Roberto Campos Neto, 49% avaliam que sua gestão é semelhante, 20% acreditam que é melhor e 3% consideram pior. Um total de 28% preferiu não responder à comparação.

Percepção do mercado sobre a política econômica

Entre os entrevistados, 93% afirmam que a política econômica do país está sendo conduzida na direção errada.

Questionados sobre quem seria o principal responsável por esse cenário, 92% apontam o presidente Lula. Outros 5% atribuem responsabilidade ao ministro Haddad, 2% ao Congresso Nacional e 1% ao Banco Central.

A expectativa para o desempenho da economia brasileira também é predominantemente negativa. Para 83% dos entrevistados, a situação econômica do país deve piorar nos próximos 12 meses. Outros 13% projetam estabilidade e 4% apontam possibilidade de melhora.

Inflação, juros e risco de recessão

A pesquisa indica que 82% dos agentes financeiros acreditam que a inflação encerrará o ano em nível superior ao registrado em 2024. Outros 16% esperam estabilidade e 2% apostam em queda dos índices inflacionários.

Em relação à taxa básica de juros (Selic), 87% dos entrevistados projetam aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Apenas 2% acreditam na manutenção da taxa em 13,25% e 11% não emitiram opinião.

Sobre o risco de recessão, 58% consideram que o Brasil pode entrar nesse cenário, enquanto 42% discordam dessa possibilidade.

Perspectiva sobre a eleição presidencial de 2026

O levantamento também abordou as projeções do mercado financeiro em relação à eleição presidencial de 2026. Para 60% dos entrevistados, o presidente Lula será candidato à reeleição. No levantamento anterior, esse percentual era de 70%. Outros 29% acreditam que Lula não concorrerá ao pleito e 11% não souberam responder.

Questionados sobre as chances de vitória do atual presidente, 66% afirmam que Lula não é visto como favorito. Outros 27% avaliam que ele tem boas chances de vencer, e 7% preferiram não opinar.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa da Genial/Quaest ouviu 106 profissionais do mercado financeiro que atuam em fundos de investimento com sede no eixo Rio-São Paulo. O levantamento foi realizado entre os dias 13 e 15 de março de 2025.

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