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BC sob Galipolo eleva Selic para 14,25% ao ano e se torna a maior taxa de juros desde 2016

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 19, elevar a taxa básica de juros (Selic) em um ponto percentual. Com isso, a taxa passa de 13,25% para 14,25% ao ano. A decisão representa a quinta alta consecutiva e coloca a Selic no maior patamar em mais de oito anos. A […]

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 19, elevar a taxa básica de juros (Selic) em um ponto percentual. Com isso, a taxa passa de 13,25% para 14,25% ao ano. A decisão representa a quinta alta consecutiva e coloca a Selic no maior patamar em mais de oito anos.

A taxa de 14,25% havia sido registrada pela última vez em 2016. Com o novo patamar, o Brasil alcança a quarta maior taxa de juros real do mundo, com 8,79%, segundo dados comparativos com outras economias. A Turquia lidera o ranking, com taxa real de 11,9%, seguida pela Argentina, com 9,35%, e pela Rússia, com 8,91%.

Justificativas e sinalização futura

Em comunicado divulgado após a decisão, o Copom indicou que poderá adotar um ritmo mais moderado de ajustes na próxima reunião. Segundo o texto, a continuidade do ciclo dependerá do cenário inflacionário e da evolução dos indicadores econômicos. “A magnitude total do ciclo de aperto será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, afirmou o comitê.

A nota destaca que o comportamento futuro da política monetária será influenciado por diversos fatores, incluindo os componentes mais sensíveis à atividade econômica, projeções e expectativas de inflação, nível de ociosidade da economia e os riscos associados à trajetória dos preços.

As próximas reuniões do Copom estão marcadas para os dias 6 e 7 de maio.

Finalidade da Selic na política econômica

A Selic é a taxa básica utilizada como referência nas operações do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, por meio do qual o Tesouro Nacional negocia títulos públicos. O Banco Central realiza operações de mercado aberto para manter a taxa próxima ao valor definido nas reuniões do Copom, por meio da compra e venda desses títulos.

Além de sua função técnica, a Selic serve como parâmetro para as demais taxas de juros praticadas no mercado financeiro. Seu aumento tende a influenciar diretamente o custo do crédito. Em um cenário de juros elevados, o financiamento fica mais caro, o que reduz a demanda por bens e serviços e contribui para o controle da inflação.

Efeitos sobre o crédito e consumo

A elevação da Selic tende a impactar o consumo das famílias e o investimento das empresas. O encarecimento do crédito reduz o volume de empréstimos e financiamentos, o que reflete em menor circulação de recursos na economia. A queda na demanda, por sua vez, pressiona os preços para baixo, contribuindo para a redução da inflação.

Embora a Selic seja uma taxa de referência, os bancos consideram outros elementos para definir as taxas cobradas aos clientes. Entre esses fatores estão o risco de inadimplência, as despesas operacionais e a margem de lucro.

Funcionamento do processo decisório do Copom

O Copom é formado pela diretoria colegiada do Banco Central e reúne-se a cada 45 dias. O processo de definição da taxa de juros ocorre em duas etapas. No primeiro dia, são apresentadas análises técnicas sobre a conjuntura econômica nacional e internacional, bem como o comportamento recente do mercado financeiro.

No segundo dia, os membros deliberam sobre a taxa de juros com base nas informações técnicas apresentadas. A decisão é formalizada por meio de um comunicado, que contém as justificativas para o ajuste e as projeções do comitê sobre os próximos passos da política monetária.

Expectativas do mercado

A elevação da Selic já era esperada por analistas do mercado financeiro. O cenário inflacionário, com índices acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, tem pressionado o Banco Central a manter uma postura mais restritiva.

A expectativa predominante entre os economistas é de que novas altas possam ocorrer nas próximas reuniões, ainda que em menor intensidade. A avaliação é de que o Copom continuará monitorando os indicadores de inflação e crescimento para definir os próximos ajustes.

Perspectivas para a política monetária

A política monetária segue condicionada ao comportamento da inflação e à dinâmica da atividade econômica. O Banco Central reforçou que seguirá adotando medidas compatíveis com o cumprimento das metas estabelecidas.

A elevação da Selic busca preservar o poder de compra da moeda e manter a estabilidade econômica. Os desdobramentos do ciclo de alta dos juros serão avaliados conforme a evolução dos dados econômicos nos próximos meses.

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