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China e Rússia desafiam sanções do Ocidente e defendem o Irã

Com a pressão internacional aumentando, Pequim defende negociações e cobra que os EUA retornem ao diálogo para evitar uma escalada geopolítica perigosa China, Rússia e Irã realizaram uma reunião em Pequim para discutir a questão nuclear iraniana nesta sexta-feira (15), em uma nova tentativa de fortalecer a comunicação e abrir caminho para a retomada das […]

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Apoio ao JCPOA e rejeição da intervenção do Conselho de Segurança da ONU marcam reunião trilateral que busca soluções diplomáticas para o impasse nuclear
China, Rússia e Irã reafirmam diálogo como única opção viável para questão nuclear iraniana / Xinhua

Com a pressão internacional aumentando, Pequim defende negociações e cobra que os EUA retornem ao diálogo para evitar uma escalada geopolítica perigosa


China, Rússia e Irã realizaram uma reunião em Pequim para discutir a questão nuclear iraniana nesta sexta-feira (15), em uma nova tentativa de fortalecer a comunicação e abrir caminho para a retomada das negociações. A Reunião de Pequim foi presidida pelo vice-ministro das Relações Exteriores chinês, Ma Zhaoxu, com a participação de seus colegas russo e iraniano, Ryabkov Sergey Alexeevich e Kazem Gharibabadi.

Em uma declaração conjunta emitida após a reunião, os três países enfatizaram a necessidade de encerrar todas as sanções unilaterais ilegais e reiteraram que o engajamento político e diplomático e o diálogo baseados no princípio do respeito mútuo continuam sendo a única opção viável e prática.

A China e a Rússia acolheram com satisfação a reiteração do Irã de que seu programa nuclear é exclusivamente para fins pacíficos, e não para o desenvolvimento de armas nucleares, e também acolheram com satisfação o compromisso do Irã com o cumprimento integral de suas obrigações sob o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e o Acordo de Salvaguardas Abrangentes, apoiaram a política do Irã de continuar a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e enfatizaram a necessidade de respeitar integralmente o direito do Irã ao uso pacífico da energia nuclear como um Estado Parte do TNP.

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, se reúne com o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Ryabkov Sergey Alexeevich, e o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Kazem Gharibabadi, em Pequim, capital da China, em 14 de março de 2025. (Xinhua/Liu Bin)
O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, se reúne com o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Ryabkov Sergey Alexeevich, e o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Kazem Gharibabadi, em Pequim / Xinhua

Wang Yi, membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e Ministro das Relações Exteriores da China, se encontrou com os vice-ministros das Relações Exteriores da Rússia e do Irã. Wang propôs permanecer comprometido com a estrutura do Plano de Ação Abrangente Conjunto (JCPOA) como base para um novo consenso.

“A China espera que todas as partes trabalhem na mesma direção e retomem o diálogo e a negociação o mais cedo possível. Os Estados Unidos devem demonstrar sinceridade política e retornar às negociações o mais cedo possível”, disse Wang.

Ele expressou oposição à pressão por intervenção do Conselho de Segurança da ONU (CSNU). Sob a situação atual, a intervenção precipitada do CSNU não ajudará a construir confiança ou a superar diferenças entre as partes relevantes. Iniciar o mecanismo de snapback desfaria anos de esforços diplomáticos e deve ser tratado com cautela.

A reunião de Pequim foi um esforço útil da China, Rússia e Irã na busca por avançar na solução da questão nuclear iraniana, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning.

A China está pronta para trabalhar com outras partes para uma resolução justa, equilibrada e sustentável para a questão nuclear iraniana, defender o regime internacional de não proliferação nuclear e promover a paz e a estabilidade internacional e regional, acrescentou Mao.

Com informações de Xinhua*

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