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Trump responsabiliza Biden por deterioração nas relações com a Rússia e defende acordo de cessar-fogo

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta semana que a atual administração norte-americana é responsável pelo agravamento das relações entre os Estados Unidos e a Rússia. As declarações foram publicadas por Trump em sua conta na plataforma Truth Social. “O corrupto Joe Biden nos colocou em uma verdadeira ‘bagunça’ com a Rússia <…>, […]

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AP Photo/Evan Vucci

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta semana que a atual administração norte-americana é responsável pelo agravamento das relações entre os Estados Unidos e a Rússia. As declarações foram publicadas por Trump em sua conta na plataforma Truth Social.

“O corrupto Joe Biden nos colocou em uma verdadeira ‘bagunça’ com a Rússia <…>, mas eu vou nos tirar dela”, escreveu Trump. Ele também afirmou que “milhões de pessoas estão desnecessariamente mortas, para nunca mais serem vistas… e haverá muitas mais se seguirem se não conseguirmos concluir e assinar o Cessar-fogo e o Acordo Final com a Rússia”.

A declaração foi feita no contexto das recentes tratativas diplomáticas entre representantes dos Estados Unidos e da Ucrânia, realizadas no dia 11 de março, na cidade de Jeddah, na Arábia Saudita. Após o encontro, as delegações emitiram uma nota conjunta informando que a Ucrânia estaria disposta a aceitar a proposta norte-americana para a implementação de um cessar-fogo temporário de 30 dias.

Segundo os termos discutidos, os Estados Unidos suspenderiam a interrupção do compartilhamento de inteligência com Kiev e retomariam o fornecimento de assistência militar ao governo ucraniano, condicionado à adesão ao acordo de cessar-fogo.

No dia 13 de março, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, comentou publicamente as tratativas. Durante entrevista a veículos de imprensa, Putin expressou apoio ao envolvimento do ex-presidente Trump no processo de negociação e declarou ser favorável à proposta de cessar-fogo. No entanto, o presidente russo apontou uma série de aspectos que, segundo ele, ainda necessitam de esclarecimento.

Putin citou especificamente preocupações em relação ao status dos militares ucranianos que teriam invadido a região de Kursk, localizada na fronteira com a Rússia, e destacou a necessidade de definição de mecanismos concretos para monitoramento da trégua.

Ele também mencionou possíveis ações por parte das forças ucranianas durante o período do cessar-fogo e solicitou garantias de que não ocorrerão movimentações militares que comprometam a estabilidade da região.

De acordo com o presidente russo, Moscou estaria aberta à negociação de medidas que levem à interrupção do conflito na Ucrânia, desde que as propostas contemplem elementos voltados à construção de uma paz duradoura.

Putin afirmou que qualquer acordo precisa abordar, de forma explícita, as causas estruturais do conflito e prever mecanismos que evitem a retomada das hostilidades.

O governo dos Estados Unidos ainda não comentou oficialmente as declarações de Trump nem os comentários de Putin.

O Departamento de Estado também não divulgou detalhes adicionais sobre o conteúdo das negociações realizadas na Arábia Saudita ou sobre a possibilidade de oficialização do cessar-fogo proposto.

O atual estágio do conflito na Ucrânia tem sido acompanhado por interlocutores internacionais em diversas frentes.

Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, governos e organismos multilaterais têm discutido alternativas diplomáticas para a redução da violência e para a construção de uma saída política para a guerra.

As declarações de Trump ocorrem em meio à pré-campanha eleitoral nos Estados Unidos. O ex-presidente tem abordado temas de política externa com frequência em seus discursos e publicações nas redes sociais, criticando as decisões da atual administração em relação ao conflito no Leste Europeu e defendendo maior protagonismo nas negociações.

Analistas políticos avaliam que as declarações de Trump podem impactar os debates eleitorais no país, especialmente em relação à política externa e à condução das relações com adversários estratégicos dos Estados Unidos.

O tema da guerra na Ucrânia tem sido citado por pré-candidatos como um dos principais desafios da política internacional norte-americana.

No cenário internacional, a proposta de cessar-fogo de 30 dias é vista como um possível ponto de inflexão nas tratativas diplomáticas. Observadores indicam que a adesão simultânea de Ucrânia e Rússia a um acordo temporário pode abrir caminho para discussões sobre um pacto mais amplo e duradouro.

No entanto, permanecem dúvidas sobre a viabilidade da proposta em meio à continuidade das operações militares em diversas frentes de combate e à falta de consenso entre os principais envolvidos quanto aos termos finais de um acordo.

As próximas etapas do processo dependerão da formalização das condições negociadas entre Washington e Kiev, da resposta oficial do governo russo e da articulação de medidas concretas para garantir a implementação e fiscalização de eventuais cessar-fogos.

Até o momento, não há informações oficiais sobre uma data definida para assinatura de um acordo final entre as partes envolvidas.

Com informações da TASS

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