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Wang Yi: Rússia e China são aliados “inabaláveis”

No dia 7 de março de 2025, durante uma coletiva de imprensa realizada no Centro de Mídia, às margens da Terceira Sessão do 14º Congresso Nacional do Povo, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, respondeu a perguntas de jornalistas chineses e estrangeiros sobre a política externa do país. Quando questionado sobre a […]

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Wang Yi, durante coletiva de imprensa, no dia 7 de março, em Pequim. Crédito: Ministério de Relações Exteriores da China.


No dia 7 de março de 2025, durante uma coletiva de imprensa realizada no Centro de Mídia, às margens da Terceira Sessão do 14º Congresso Nacional do Povo, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, respondeu a perguntas de jornalistas chineses e estrangeiros sobre a política externa do país.

Quando questionado sobre a relação entre China e Rússia, e se as conversas recentes entre Rússia e EUA poderiam afetar essa parceria, Wang Yi foi direto: a amizade entre os dois países tem bases sólidas e não será influenciada por fatores externos. Ele destacou que a cooperação estratégica segue o princípio de “não-aliança, não-confronto e não visar terceiros”, sendo um modelo para relações entre grandes potências vizinhas.

Além disso, Wang Yi lembrou que 2025 marca o 80º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial, reforçando o compromisso de China e Rússia com a preservação da memória histórica e da ordem internacional baseada na ONU.


ITAR-TASS: Desde o ano passado, tem havido interações frequentes entre os líderes da China e da Rússia, e as relações entre a China e a Rússia têm se desenvolvido de forma sólida. Ao mesmo tempo, algumas pessoas estão se perguntando se as recentes conversas entre a Rússia e os EUA afetariam a coordenação estratégica entre a China e a Rússia. Qual é a sua opinião sobre as relações entre a China e a Rússia?

Wang Yi: Todos os anos me perguntam sobre as relações entre a China e a Rússia, embora cada vez sob perspectivas diferentes. O que quero enfatizar é que, independentemente da evolução do cenário internacional, a lógica histórica da amizade entre a China e a Rússia não mudará e sua força motriz interna não diminuirá.

Com base em reflexões profundas sobre a experiência histórica, a China e a Rússia decidiram forjar a boa vizinhança e a amizade eternas, conduzir uma coordenação estratégica abrangente e buscar o benefício mútuo, a cooperação e o ganho mútuo, porque isso atende melhor aos interesses fundamentais dos dois povos e está em conformidade com a tendência de nossos tempos. Os dois países encontraram um caminho de “não-aliança, não-confronto e não visar a terceiros” no desenvolvimento de suas relações. Esse é um esforço pioneiro na criação de um novo modelo de relações entre países importantes e estabeleceu um ótimo exemplo para as relações entre os países vizinhos. Um relacionamento maduro, resiliente e estável entre a China e a Rússia não será influenciado por nenhuma reviravolta nos acontecimentos, muito menos estará sujeito à interferência de terceiros. Ela é uma constante em um mundo turbulento, e não uma variável em jogos geopolíticos.

O ano passado marcou o 75º aniversário das relações diplomáticas entre a China e a Rússia. O presidente Xi Jinping e o presidente Vladimir Putin tiveram três reuniões presenciais, conduzindo conjuntamente a parceria estratégica abrangente de coordenação entre a China e a Rússia para a nova era em um novo estágio histórico.

Este ano será o 80º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial. Naquela época, a China e a Rússia lutaram bravamente nos principais teatros da Ásia e da Europa, respectivamente. As duas nações fizeram imensos sacrifícios e contribuições importantes e históricas para a vitória da Guerra Mundial Antifascista. Os dois lados aproveitarão a oportunidade da comemoração conjunta desse importante marco histórico para defender a visão histórica correta da Segunda Guerra Mundial, defender seus resultados vitoriosos, defender o sistema internacional centrado na ONU e promover uma ordem internacional mais justa e equitativa.

A íntegra da coletiva foi publicada aqui no Cafezinho, neste link.

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