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Wang Yi critica política duas caras dos EUA em relação à China

China responde a Trump: ‘Não dá para sufocar e cooperar ao mesmo tempo’. Durante a coletiva de imprensa em 7 de março de 2025, no Centro de Mídia, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, foi questionado sobre a nova postura do governo de Donald Trump em relação à China. Após reassumir a […]

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Repórter da Reuters faz sua pergunta a Wang Yi

China responde a Trump: ‘Não dá para sufocar e cooperar ao mesmo tempo’.

Durante a coletiva de imprensa em 7 de março de 2025, no Centro de Mídia, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, foi questionado sobre a nova postura do governo de Donald Trump em relação à China. Após reassumir a Casa Branca, Trump impôs novas tarifas alegando o papel da China na crise do fentanil, ao mesmo tempo em que manifestou interesse em melhorar as relações bilaterais.

Wang Yi foi enfático ao dizer que não se pode tentar conter a China e, ao mesmo tempo, querer boas relações. Ele rejeitou a justificativa dos EUA para as tarifas e lembrou que Pequim já adotou as medidas mais rígidas do mundo contra o fentanil, atendendo a pedidos de Washington desde 2019. Para ele, o abuso da substância nos EUA é um problema interno americano, e não chinês.

O chanceler chinês também criticou a política tarifária de Trump, argumentando que as guerras comerciais não beneficiaram os EUA e alertou que a China tomará contramedidas caso continue sofrendo pressão arbitrária. Apesar disso, Wang Yi defendeu que os dois países devem buscar a coexistência pacífica e reiterou que Pequim continuará seguindo os princípios do presidente Xi Jinping: respeito mútuo, cooperação e benefício para ambos os lados.


Pergunta e resposta na íntegra

Reuters: Logo após o retorno de Trump à Casa Branca, ele impôs novas tarifas à China por causa do fentanil. Mas, ao mesmo tempo, ele está se oferecendo para construir um bom relacionamento com a China. De que forma a China se envolverá com o governo Trump nos próximos quatro anos em comparação com seu mandato anterior?

Wang Yi: O respeito mútuo é uma norma básica que rege as relações entre os Estados. É também um pré-requisito importante para as relações entre a China e os EUA. Nenhum país deve fantasiar que pode suprimir a China e manter boas relações com ela ao mesmo tempo. Esses atos ambíguos não são bons para a estabilidade das relações bilaterais nem para a construção da confiança mútua.

Em relação ao fentanil, é preciso deixar claro desde o início que a China sempre toma medidas resolutas contra o tráfico e a fabricação de drogas e implementou as políticas antinarcóticos mais duras e abrangentes do mundo. Já em 2019, a pedido dos EUA, a China classificou todas as substâncias relacionadas ao fentanil, sendo o primeiro país a fazer isso. Mas o abuso de fentanil nos Estados Unidos é um problema que deve ser enfrentado e resolvido pelos próprios Estados Unidos. A China tem ajudado os EUA de várias maneiras por motivos humanitários. Os EUA não devem retribuir o bem com o mal, ou mesmo impor tarifas arbitrárias. Nenhum país importante e responsável deveria fazer isso.

Como diz o ditado chinês: “Se a ação de alguém falhar, procure a razão dentro de si mesmo”. Os Estados Unidos deveriam analisar o que de fato aconteceu: O que eles conseguiram com as guerras tarifárias e comerciais nesses anos?

  • Seu déficit comercial aumentou ou diminuiu?
  • Sua produção se tornou mais competitiva ou menos competitiva?
  • A inflação dos EUA aumentou ou diminuiu?
  • A vida de seu povo melhorou ou piorou?

As relações comerciais entre a China e os EUA são baseadas em interações recíprocas e bidirecionais. A cooperação trará benefícios mútuos, e a China definitivamente tomará contramedidas em resposta à pressão arbitrária.

Como os maiores países em desenvolvimento e desenvolvidos do mundo, respectivamente, a China e os Estados Unidos permanecerão neste planeta por um longo tempo. Portanto, eles devem buscar uma coexistência pacífica. Como o presidente Xi Jinping observou em sua ligação telefônica com o presidente Donald J. Trump no início deste ano, o confronto e o conflito não devem ser uma opção. Considerando os amplos interesses comuns e o amplo espaço para cooperação, é possível que China e EUA se tornem parceiros, ajudando um ao outro a ter sucesso e prosperar juntos.

A China permanecerá comprometida com os três princípios propostos pelo presidente Xi Jinpingrespeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha – ao promover o desenvolvimento estável, sólido e sustentável das relações entre os dois países. Ao mesmo tempo, esperamos que o lado americano:

  1. Ouça os apelos dos dois povos,
  2. Veja claramente a tendência dos tempos,
  3. Tenha uma visão objetiva e racional do desenvolvimento da China,
  4. Envolva-se proativamente com a China em intercâmbios práticos.

Se trabalharmos juntos, podemos buscar a maneira correta de nos dar bem, beneficiando ambos os países e o mundo inteiro.

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