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Musk ameaça desligar Starlink para encerrar a guerra na Ucrânia

O empresário Elon Musk afirmou neste domingo, 9, que o sistema de internet via satélite Starlink tem papel central na infraestrutura de comunicação das forças armadas da Ucrânia. Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Musk declarou que, caso o serviço fosse desativado, haveria um colapso na linha de frente ucraniana. “Meu sistema Starlink […]

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AFP

O empresário Elon Musk afirmou neste domingo, 9, que o sistema de internet via satélite Starlink tem papel central na infraestrutura de comunicação das forças armadas da Ucrânia.

Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Musk declarou que, caso o serviço fosse desativado, haveria um colapso na linha de frente ucraniana.

“Meu sistema Starlink é a espinha dorsal do exército ucraniano. Toda a linha de frente deles colapsaria se eu o desligasse”, escreveu o empresário.

Além da declaração sobre o papel estratégico do sistema, Musk defendeu o encerramento das hostilidades no conflito. A postagem ocorre em meio a discussões internacionais sobre o uso de tecnologia civil em cenários militares.

Reportagens publicadas por veículos da imprensa dos Estados Unidos indicaram que, durante conversas envolvendo o acesso de empresas norte-americanas aos recursos minerais da Ucrânia, negociadores norte-americanos teriam considerado a possibilidade de interromper o acesso do país ao sistema Starlink. Musk negou essas informações.

O Starlink é um projeto da empresa SpaceX, também controlada por Elon Musk, e tem como objetivo fornecer conexão de internet de banda larga por meio de uma rede de satélites de baixa órbita.

O sistema foi lançado em fevereiro de 2018, com previsão inicial de envio de 12 mil satélites ao espaço. Posteriormente, em 2019, a empresa solicitou autorização para ampliar esse número em até 30 mil unidades adicionais. Atualmente, aproximadamente 7 mil satélites estão em operação.

A utilização do Starlink pela Ucrânia teve início logo após o início da operação militar russa no território ucraniano, em fevereiro de 2022. Os terminais necessários para o acesso ao sistema foram enviados pela SpaceX, permitindo que o país mantivesse comunicações mesmo em áreas afetadas por cortes em redes convencionais.

Em junho de 2023, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos adquiriu centenas de terminais Starlink destinados à Ucrânia. A aquisição foi realizada como parte de um pacote de apoio voltado à infraestrutura de defesa e comunicações do país.

As declarações recentes de Musk ampliam o debate sobre a influência de empresas privadas em cenários de conflito. O empresário já havia feito comentários sobre o uso do Starlink em operações militares, afirmando que o sistema foi concebido para uso civil e que decisões de caráter estratégico devem ser definidas por autoridades governamentais.

O papel da SpaceX no apoio ao governo ucraniano tem sido discutido em diferentes instâncias diplomáticas e parlamentares.

Parlamentares norte-americanos chegaram a questionar o grau de envolvimento da empresa nas operações no leste europeu, considerando que o controle sobre sistemas de comunicação pode ter impactos sobre decisões militares.

O governo dos Estados Unidos tem buscado estabelecer regras para o uso de tecnologia comercial em contextos de segurança nacional.

O tema ganhou destaque após relatos de que o acesso ao Starlink foi restringido em determinadas ocasiões, a partir de decisões unilaterais da empresa fornecedora.

Musk tem reiterado que o sistema é operado com base em diretrizes técnicas e comerciais, e que sua empresa não está diretamente envolvida na condução de ações militares.

No entanto, o empresário reconheceu que a presença do Starlink em zonas de conflito gera implicações políticas e operacionais.

A afirmação de que a linha de frente ucraniana poderia entrar em colapso sem o sistema gerou reações entre analistas e representantes políticos.

As declarações reforçaram a avaliação sobre o grau de dependência das forças armadas da Ucrânia em relação a serviços de conectividade privados.

Organizações internacionais têm acompanhado o tema com interesse. A presença de satélites comerciais em áreas de conflito levanta questionamentos sobre soberania digital, controle de infraestrutura crítica e riscos associados à centralização de serviços em empresas com atuação global.

A SpaceX, por sua vez, informou que continuará fornecendo serviços conforme os contratos em vigor. O governo ucraniano não se manifestou oficialmente sobre as declarações feitas por Musk. Também não houve reação imediata por parte do Pentágono ou da Casa Branca.

A atuação da Starlink permanece como um dos principais meios de conectividade em regiões afetadas pela guerra. Desde o início do conflito, o sistema tem sido utilizado para estabelecer redes de comunicação em unidades militares, instalações estratégicas e centros de comando descentralizados.

O tema deve seguir em debate nas instâncias internacionais de regulação de tecnologia espacial e telecomunicações. A União Internacional de Telecomunicações e outras organizações multilaterais têm discutido os efeitos do uso de satélites privados em operações de segurança.

O governo dos Estados Unidos mantém apoio logístico à Ucrânia e, segundo autoridades, avalia permanentemente as necessidades operacionais do país. A manutenção dos serviços de comunicação integra as prioridades do pacote de assistência internacional coordenado por Washington.

A Starlink continua operando em diversos países e regiões. A empresa afirma que seu objetivo principal é garantir acesso à internet em locais remotos ou com infraestrutura precária. No entanto, o uso do sistema em zonas de conflito ampliou sua visibilidade no cenário geopolítico internacional.

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