O empresário mexicano Carlos Slim encerrou todas as parcerias comerciais com a Starlink, empresa de satélites de Elon Musk, após uma publicação do bilionário sugerir conexões entre Slim e grupos criminosos.
Slim, que controla a operadora América Móvil, determinou o cancelamento de colaborações avaliadas em mais de US$ 7 bilhões. Além disso, um investimento de US$ 22 bilhões, que seria destinado à Starlink nos próximos cinco anos, será direcionado para empresas chinesas e europeias.
A decisão ocorreu após Musk compartilhar, na plataforma X (antigo Twitter), uma postagem insinuando envolvimento de Slim com atividades ilícitas. Em resposta, o empresário mexicano interrompeu a cooperação entre América Móvil e Starlink na América Latina, onde a empresa de Musk buscava expandir sua atuação.
Impacto financeiro e estratégico
A saída da América Móvil representa um revés para a Starlink, que perde um parceiro estratégico em 25 países. A operadora mexicana tem forte presença na América Latina, incluindo mercados como México, Brasil, Argentina e Colômbia, onde suas redes facilitavam a distribuição dos serviços da Starlink.
Com o fim da parceria, Slim anunciou um plano de investimento de US$ 22 bilhões para modernizar a infraestrutura da América Móvil. O montante será utilizado na expansão de redes de fibra óptica e na atualização de sistemas de telecomunicações, reduzindo a necessidade de tecnologia estrangeira.
A Starlink, que via a América Latina como um mercado prioritário, perde não apenas um grande parceiro, mas também acesso a uma base consolidada de clientes. A decisão de Slim altera o cenário para a empresa de Musk na região, que agora precisará buscar alternativas para sua estratégia de crescimento.