As autoridades desmascararam mais uma mentira do grupo de Bolsonaro.
O engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL), foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Ele apresentou sua defesa na noite de quarta-feira (5) ao Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que não há provas concretas que confirmem sua participação em um plano criminoso. A defesa também alegou “incompetência absoluta do STF” para julgar o caso, pedindo que Rocha seja processado na primeira instância, como qualquer cidadão sem foro privilegiado.
O Instituto Voto Legal foi contratado pelo Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, para investigar supostas fraudes nas urnas eletrônicas e sustentar ataques ao resultado das eleições presidenciais. No entanto, o relatório produzido pelo IVL não encontrou qualquer evidência de fraude ou irregularidade. Esse fato é reforçado pela delação de Mauro Cid, que também aponta a inexistência de qualquer prova de manipulação eleitoral.
Segundo a defesa de Carlos Rocha, em nenhum momento ele utilizou a palavra “fraude”, seja nos relatórios técnicos, em e-mails, mensagens de WhatsApp ou entrevistas. Os advogados reforçam que o trabalho realizado pelo IVL seguiu metodologias reconhecidas, como auditorias de conformidade e normas internacionais (ISO/IEC 27001), além de documentos oficiais do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A defesa argumenta que a análise do IVL foi conduzida de maneira rigorosa e imparcial.
Diante da ausência de provas de fraude na eleição, a defesa sustenta que Rocha se tornou um “bode expiatório” para aqueles que não aceitavam o resultado das urnas. “Diante da falta de investigação que comprovasse claramente os responsáveis, tentou-se, sem conseguir nenhuma prova na denúncia, atribuir a Carlos Rocha o papel de bode expiatório”, afirma o documento.
Carlos Rocha está entre os 34 denunciados pela PGR por participação na tentativa de golpe. Os denunciados têm até esta quinta-feira (6) para apresentar suas defesas ao STF, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A Procuradoria acusa Rocha de diversos crimes, como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!