O ministro da Defesa da França, Sébastien Lecornu, afirmou nesta quinta-feira, 7, que o país está fornecendo inteligência à Ucrânia.
A declaração ocorre um dia após o governo dos Estados Unidos anunciar a suspensão do compartilhamento de informações com Kiev, medida vista como uma forma de pressão sobre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Temos recursos de inteligência que usamos para ajudar os ucranianos”, disse Lecornu à rádio France Inter. Ele mencionou que a suspensão do compartilhamento de dados por Washington entrou em vigor na tarde de quarta-feira.
“Acho que para nossos amigos britânicos, que fazem parte de uma comunidade de inteligência com os Estados Unidos, a situação é mais complicada”, acrescentou.
A decisão dos Estados Unidos ocorre em meio a pressões para que Zelensky participe das tentativas de negociação promovidas pelo presidente Donald Trump. Desde a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022, Washington tem sido um dos principais fornecedores de apoio militar e logístico a Kiev.
Debate sobre arsenal nuclear francês
Lecornu também abordou o papel do arsenal nuclear da França, destacando que o estoque do país foi desenvolvido durante a Guerra Fria de forma independente das principais potências da época, Washington e Moscou.
A possibilidade de estender a proteção nuclear francesa a aliados europeus também foi mencionada pelo presidente Emmanuel Macron na quarta-feira. A declaração ocorreu às vésperas de uma cúpula de líderes europeus, que terá a segurança do continente e o conflito na Ucrânia entre os principais temas.
O fornecimento de inteligência e o papel da dissuasão nuclear francesa no contexto europeu seguem como pontos centrais das discussões diplomáticas diante da guerra em andamento.
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