Profissionais temporários atuarão na construção e monitoramento de creches e escolas em todo o país
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) realizou na última quarta-feira (5), em sua sede em Brasília, evento de admissão de 41 novos engenheiros – civis e elétricos – e arquitetos, todos contratados temporariamente pela União. Esses profissionais serão responsáveis pela implementação e monitoramento de projetos educacionais, incluindo a construção de creches e escolas da educação básica em todo o país. O tempo de vigência do contrato é de quatro anos, podendo ser prorrogado uma vez.
A presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba, destacou a importância dessa iniciativa e explicou o contexto da medida. “O motivo de vocês estarem aqui foi uma determinação do presidente Lula de enfrentar um dos maiores problemas do nosso Brasil, que é a quantidade de obras paralisadas e inacabadas na educação.”
Segundo ela, quando um pedido é negado, o impacto recai diretamente sobre as crianças – e não sobre prefeitos ou secretários. “Quando vemos esqueletos espalhados, não imaginamos quantas crianças poderiam ter acesso a uma creche, mas não tiveram porque o processo emperrou. Temos que ser criteriosos, claro, mas precisamos entender que no Brasil existe um desnível de força muito grande”, ponderou.
Pacobahyba citou o município de Bagre, no Marajó (Pará), como exemplo: “Bagre nunca teve uma creche, mas nesse mês de março será inaugurada a primeira. Era uma obra paralisada desde 2012, que foi retomada.” Ela também ressaltou a nova estratégia do FNDE, que, agora em parceria com a Caixa Econômica Federal, poderá focar na criação de estruturas mais adequadas às diversas realidades do país, como as escolas em áreas urbanas com terrenos limitados e as instituições indígenas e quilombolas.
Também presente no evento, Marcio Buzar, diretor de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais, enfatizou o compromisso com a melhoria da infraestrutura educacional em todo o território nacional. Ele explicou que os novos contratados passarão por uma formação específica para atender às necessidades do órgão. “Nosso objetivo é batalhar para que tenhamos infraestrutura educacional de qualidade em todo o país.”
Buzar lembrou dos esforços realizados por meio do Pacto pela Retomada, que visa reabilitar obras abandonadas em áreas remotas, transformando desânimo em esperança para as comunidades locais. Ele também mencionou o Novo PAC, agora em sua segunda fase, como um programa que demandará ainda mais a expertise dos técnicos especializados.
Expectativas dos novos profissionais
Entre os contratados, o sentimento de expectativa e comprometimento se fez presente. O engenheiro civil Felipe Magalhães Damasceno compartilhou sua visão: “Tenho uma expectativa muito grande. Com tantas obras paralisadas, temos a oportunidade de mudar a vida de muitas pessoas no Brasil, o que é gratificante. São crianças e adolescentes que esperam por uma educação de qualidade.”
Daiane dos Santos Costa, arquiteta, também expressou sua empolgação: “É a primeira vez que vou trabalhar em um órgão público, com uma visão totalmente diferente. Estou muito animada e curiosa sobre os projetos e desafios apontados aqui hoje.”
Já o engenheiro elétrico William Acioly Freire destacou a importância da eficiência energética nas escolas: “Vamos trabalhar, dentro do possível, em processos de geração de energias alternativas e realizando fiscalização in loco.”
Com a incorporação desses novos profissionais, o FNDE reforça seu compromisso de superar entraves burocráticos e revitalizar obras educacionais, promovendo a inclusão e o acesso a uma educação de qualidade para crianças e adolescentes em todo o Brasil.
Publicado originalmente pela Agência Gov em 06/03/2025
Por Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!