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Déficit comercial dos EUA atinge recorde bilionário em janeiro

O déficit comercial dos Estados Unidos registrou uma alta significativa em janeiro, alcançando um recorde histórico de US$ 131,4 bilhões, o maior valor já registrado para o mês, conforme dados divulgados pelo Departamento de Comércio nesta quinta-feira, 6. Este aumento de 34,0% em relação aos US$ 98,1 bilhões registrados em dezembro de 2024 foi o […]

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O déficit comercial dos Estados Unidos registrou uma alta significativa em janeiro, alcançando um recorde histórico de US$ 131,4 bilhões, o maior valor já registrado para o mês, conforme dados divulgados pelo Departamento de Comércio nesta quinta-feira, 6.

Este aumento de 34,0% em relação aos US$ 98,1 bilhões registrados em dezembro de 2024 foi o maior desde março de 2015, indicando uma possível desaceleração econômica no início de 2025.

Os números superaram as expectativas de economistas consultados pela Reuters, que previam um déficit de US$ 127,4 bilhões. O salto nas importações foi um dos principais fatores responsáveis pelo aumento no déficit, com as importações subindo 10,0%, a maior variação desde julho de 2020, totalizando US$ 401,2 bilhões.

De acordo com o Departamento de Comércio, as importações de bens foram as que mais contribuíram para o aumento, com um crescimento de 12,3%, somando US$ 329,5 bilhões.

Este aumento foi impulsionado, em grande parte, por um aumento nas importações de metais acabados, que provavelmente incluem grandes quantidades de ouro, no valor de US$ 23,1 bilhões.

Além disso, as importações de bens de consumo cresceram US$ 6,0 bilhões, com destaque para os produtos farmacêuticos, celulares e outros itens domésticos.

As importações de bens de capital também aumentaram US$ 4,6 bilhões, refletindo o crescimento nas compras de computadores, acessórios de informática e equipamentos de telecomunicações.

Por outro lado, as exportações dos Estados Unidos cresceram de forma mais modesta, com um aumento de 1,2%, alcançando US$ 269,8 bilhões. O aumento nas exportações de bens foi de 1,6%, totalizando US$ 172,8 bilhões.

Os bens de capital, como aeronaves civis, semicondutores, computadores e motores de aeronaves, foram os principais responsáveis pelo crescimento nas exportações de bens. As exportações de bens de consumo também subiram US$ 1,7 bilhão, impulsionadas por produtos como preparações farmacêuticas e joias.

O crescente déficit comercial, somado a uma desaceleração nos gastos do consumidor observada em janeiro, tem gerado preocupações entre os analistas sobre uma possível contração no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025.

A combinação de um déficit elevado e a redução nas despesas do consumidor aumenta o risco de um retrocesso no crescimento econômico, especialmente considerando que a guerra comercial iniciada pela administração Trump continua a afetar as relações comerciais dos EUA com outros países.

Nos últimos dias, o presidente Donald Trump impôs tarifas de 25% sobre as importações provenientes do México e do Canadá, além de dobrar as taxas sobre produtos chineses, elevando-as de 10% para 20%.

Essas medidas fazem parte de uma estratégia mais ampla de confronto comercial, que tem gerado incertezas quanto ao impacto na economia no longo prazo.

Apesar das dificuldades apontadas por alguns analistas, outros economistas ainda acreditam que os EUA possam experimentar um crescimento moderado no primeiro trimestre de 2025.

Eles argumentam que o aumento das importações de ouro, principalmente da Europa, pode ter contribuído de forma significativa para o aumento no déficit, e que este fator pode ser temporário.

O aumento no déficit comercial coloca mais pressão sobre a economia dos EUA, que já enfrenta desafios com a inflação e a desaceleração no crescimento dos gastos dos consumidores.

A relação entre importações e exportações continua a ser um tema central na análise da economia americana, e o impacto das políticas comerciais adotadas pelo governo será um fator determinante no rumo da economia nos próximos meses.

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