O mercado de ações dos EUA afunda com nova liquidação no setor de tecnologia e incertezas sobre as tarifas comerciais impostas pelo governo Trump
As ações dos EUA caíram nesta quinta-feira (6), com uma nova liquidação no setor de tecnologia sacudindo um mercado já sobrecarregado por preocupações sobre o impacto das tarifas comerciais de Donald Trump na maior economia do mundo. O índice blue chip S&P 500 perdeu 1,5% no pregão da hora do almoço, com os setores de consumo cíclicos e financeiros entre os mais afetados.
O Nasdaq Composite, de alta tecnologia, perdeu 1,8%, com a fabricante de chips Marvell Technology despencando até 20% após seus resultados decepcionantes no primeiro trimestre.
As ações de Wall Street enfraqueceram nas últimas duas semanas, já que as tarifas de Trump sobre a China, o México e o Canadá geraram temores sobre o impacto no crescimento.
Eles reduziram brevemente as perdas na quinta-feira, depois que os EUA concederam o último alívio tarifário a seus parceiros comerciais antes de retomar seu declínio. A Casa Branca disse que todos os bens em conformidade com seu acordo comercial de 2020 com o Canadá e o México estariam isentos das taxas por um mês.
A oscilação desta quinta-feira é a mais recente em Wall Street nesta semana, enquanto os investidores avaliam as consequências das tarifas de Trump sobre os três maiores parceiros comerciais dos EUA, uma isenção de última hora para montadoras e a ameaça de tarifas mais abrangentes no mês que vem.
“Estamos em um mercado de pingue-pongue”, disse Mike Zigmont, codiretor de negociação do Visdom Investment Group. “No momento, o mercado [toma] o último soundbite da Casa Branca como fato, mas está pronto para ir para o outro lado em um piscar de olhos.”
As ações europeias, no entanto, continuaram um rali recente que as levou a superar Wall Street neste ano. O Europe Stoxx 600 fechou em alta de 0,1 por cento, enquanto o Dax da Alemanha, que subiu após um histórico pacote de gastos de € 500 bilhões de Berlim anunciado no início da semana, ganhou 1,6 por cento.
Com informações de Financial Times*