Em resposta às sanções dos Estados Unidos, a China começou a retaliar e anunciou a suspensão das importações de madeira bruta americana, além de reduzir as compras de soja do país. A medida, que entrou em vigor imediatamente, pode beneficiar o Brasil, um dos maiores produtores globais desses produtos.
A Administração Geral das Alfândegas da China (GAC) justificou a suspensão da madeira bruta alegando riscos sanitários. Inspeções identificaram pragas como besouros de casca e besouros longicórneos em carregamentos vindos dos EUA, o que poderia prejudicar a produção agrícola e florestal chinesa.
Além disso, três grandes exportadoras americanas de soja — CHS Inc., Louis Dreyfus Company Grains Merchandising LLC e EGT LLC — perderam a qualificação para vender à China. Segundo as autoridades chinesas, lotes importados apresentaram contaminação por fungo ergot e grãos revestidos com pesticidas, comprometendo a segurança alimentar do país.
A decisão da China faz parte da escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Com as novas restrições, o Brasil deve se consolidar como principal fornecedor alternativo para Pequim. O país já é um dos maiores exportadores globais de soja e madeira bruta, e pode ampliar sua participação no mercado chinês com a saída de fornecedores americanos.
Autor: Global Times
Data: 4 de março de 2025
Fonte: Global Times
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