Lula voltará à China em maio

Lula aceita convite e viajará à China em maio / Foto: Ricardo Stuckert / PR

Presidente confirma presença no Foro Celac-China em maio, sua segunda viagem à Ásia em dois meses. Encontro reforça relações entre Brasil e Pequim


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou o convite do governo chinês para participar de um encontro entre países latino-americanos, que acontecerá em maio, em Pequim. Esta será sua segunda viagem à Ásia em um curto período, já que sua ida ao Japão está confirmada para os dias 25 e 26 de março.

Segundo o Globo, na capital chinesa, Lula será o principal convidado do Foro Celac-China, evento que reúne nações da América Latina. Inicialmente, Pequim demonstrou interesse em realizar a reunião no Brasil, mas o governo brasileiro alegou dificuldades para sediar mais um grande compromisso internacional neste ano.

A justificativa está na intensa agenda diplomática, que inclui a cúpula do Brics no Rio de Janeiro, em junho, e a COP30 em Belém, marcada para novembro. Dessa forma, Pequim foi escolhida como sede do evento, cuja data mais provável é 12 de maio.

Embora a reunião tenha caráter ministerial, Lula será um dos poucos chefes de Estado presentes. Entre os outros líderes esperados estão representantes de Honduras, último país a ocupar a presidência rotativa da Celac, e da Colômbia, que exerce essa função atualmente.

Criada em 2010, durante o primeiro governo Lula, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) tem como foco a integração regional e o desenvolvimento, princípios que se alinham à diplomacia chinesa. Um dos diferenciais da Celac é a exclusão de Estados Unidos e Canadá, tornando-se o primeiro organismo político a unir os 33 países da região.

Em 2014, por iniciativa da China, surgiu o Foro Celac-China. No entanto, em 2021, o Brasil suspendeu sua participação na Celac por decisão do então presidente Jair Bolsonaro. Na época, o governo criticava o grupo por incluir países com regimes não democráticos, como Cuba, Venezuela e Nicarágua, segundo declarações do então chanceler Ernesto Araújo.

Com a volta de Lula à Presidência, o Brasil retomou sua participação na Celac dois anos depois.

A viagem de Lula à China reforça os laços entre os dois países, sendo sua segunda visita ao país asiático desde o início do atual mandato.

Em novembro, o presidente chinês, Xi Jinping, esteve no Brasil e declarou que as relações entre as duas nações vivem seu melhor momento histórico. Xi deve retornar ao Brasil em junho, quando participará da cúpula do Brics no Rio de Janeiro.

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